Santa recuperação
Depois de oito anos penando em divisões inferiores do Campeonato Brasileiro, o Santa Cruz vem consolidando uma arrancada que lhe deixa vivíssimo na briga para voltar à primeira divisão nacional. A goleada de 5 a 1 aplicada sobre o Vila Nova representa a quarta vitória seguida e a quinta em sete jogos, nos quais está invicto. Com 51 pontos, o time pernambucano é candidato forte a subir: tem um ponto a menos que o Avaí, atual 4º colocado, mas com um jogo ainda a mais por fazer. Em aproveitamento, já supera o time catarinense.
A campanha recente é arrasadora, como a goleada de ontem. Caso confirme a promoção, o Santa Cruz pode fechar um período de ascensão e queda dramático, um dos mais sofridos da história do futebol nacional. Alguns jogadores que ontem disputaram a partida na Arena Pernambucano fizeram parte de toda esta retomada - casos especialmente do goleiro Tiago Cardoso e do atacante Flávio Caça-Rato, dois dos símbolos da ascensão do clube nos últimos quatro anos.
O otimismo que toma conta da sempre esperançosa torcida coral deve-se, além da recuperação fantástica e ao fato de a equipe ainda ter um jogo atrasado por cumprir (foi este contra o Vila Nova, pela 33ª rodada o clube joga sábado, em casa, contra o América-RN), a que na 37ª rodada haja um confronto direto com o próprio Avaí, marcado para Recife. Depois de jogar contra a equipe de Natal, o Santa terá dois jogos fora de casa (Náutico e Bragantino), podendo perder a 4ª colocação neste período. Enfrentar os catarinenses em Pernambuco pode ser a chance de ultrapassá-los de novo - ou de suplantá-los de vez.
A briga pelo acesso parece já nem incluir Joinville (1º, 63) e Ponte Preta (2º, 61), praticamente promovidos. Mas Vasco (55 pontos, 32 jogos), Avaí (52, 33), Santa (51, 32), Ceará (50, 32), Atlético Goianiense (49, 32), Boa Esporte (47, 32) e Sampaio Corrêa (47, 32) estão no páreo. Isso sem falar em outro time com história semelhante à do Santa Cruz: o América-MG, com 48 pontos em 32 jogos. Também militou em divisões inferiores ao seu tamanho no cenário nacional, chegou a cair para a segundona mineira uns anos atrás, perdeu seis pontos no STJD na atual Série B, mas segue vivo. Se tivesse sua pontuação de campo computada, ocuparia hoje a 4ª colocação. Tem bola, motivação e pontuação para incomodar até o final.
O Santa Cruz, ano a ano
2005: com uma ótima campanha, consegue o vice-campeonato da Série B e volta à primeira divisão, da qual não participava desde 2001.
2006: faz a então pior campanha da história do Brasileiro de pontos corridos e volta para a segundona.
2007: o clube mergulha na crise financeira de vez e cai mais uma vez, agora para a Série C.
2008: a equipe decepciona novamente. Para na segunda fase, desempenho insuficiente para manter-se na terceira divisão em 2009. Como a CBF cria a Série D, nem um possível título estadual no ano seguinte lhe manteria na terceira divisão.
2009: lanterna de uma chave que continha também Sergipe, CRB e Central, o Santa não passa nem para a segunda fase da quarta divisão. Tem de fazer um grande estadual em 2010 para disputar alguma divisão nacional no ano seguinte.
2010: semifinalista do estadual, o Santa volta a disputar a Série D. Desta vez passa de fase, mas é eliminado pelo Guarany de Sobral nas oitavas e não consegue o acesso - nem a garantia de disputar o torneio no ano seguinte.
2011: o ano do início da recuperação. Campeão estadual depois de seis anos, o Santa faz ótima campanha na Série D e enfim consegue o acesso para a terceira divisão nacional, na terceira tentativa. Nem a derrota para o Tupi na final, no Arruda lotado, frustrou a festa coral.
2012: a equipe faz campanha mediana. Não consegue passar para a segunda fase, mas evita uma nova queda para a Série D. No Pernambucano, consegue o bicampeonato.
2013: tricampeão estadual de forma incontestável, o Santa Cruz arrasa na Série C. Com a melhor campanha desde o início, conquista o acesso à segunda divisão de forma arrasadora.
2014: de volta à segunda divisão após sete anos, o objetivo do Santa, que não chegou ao tetracampeonato estadual, é ao menos manter-se na Série B. Depois de um começo mediano, conquista uma sequência incrível de vitórias que o colocou, ontem, no G-4 por aproveitamento.
A queda da Lusa
O previsível rebaixamento da Portuguesa para a Série C de 2015 confirmou-se ontem, com a derrota por 3 a 0 para o Oeste. Mergulhada em uma crise financeira gravíssima, a Lusa já teria problemas para se manter na Série A mesmo que fosse absolvida no Caso Héverton. Com receita de TV menor e dívidas cada vez maiores, a queda para a terceira divisão era absolutamente esperada. É o pior momento da história do clube, que tentará se reerguer na Terceirona, a partir do ano que vem. Só que sem uma imensa torcida ao lado, ao contrário do Santa Cruz, embora ela seja tão apaixonada pelo clube quanto os corais.
A campanha recente é arrasadora, como a goleada de ontem. Caso confirme a promoção, o Santa Cruz pode fechar um período de ascensão e queda dramático, um dos mais sofridos da história do futebol nacional. Alguns jogadores que ontem disputaram a partida na Arena Pernambucano fizeram parte de toda esta retomada - casos especialmente do goleiro Tiago Cardoso e do atacante Flávio Caça-Rato, dois dos símbolos da ascensão do clube nos últimos quatro anos.
O otimismo que toma conta da sempre esperançosa torcida coral deve-se, além da recuperação fantástica e ao fato de a equipe ainda ter um jogo atrasado por cumprir (foi este contra o Vila Nova, pela 33ª rodada o clube joga sábado, em casa, contra o América-RN), a que na 37ª rodada haja um confronto direto com o próprio Avaí, marcado para Recife. Depois de jogar contra a equipe de Natal, o Santa terá dois jogos fora de casa (Náutico e Bragantino), podendo perder a 4ª colocação neste período. Enfrentar os catarinenses em Pernambuco pode ser a chance de ultrapassá-los de novo - ou de suplantá-los de vez.
A briga pelo acesso parece já nem incluir Joinville (1º, 63) e Ponte Preta (2º, 61), praticamente promovidos. Mas Vasco (55 pontos, 32 jogos), Avaí (52, 33), Santa (51, 32), Ceará (50, 32), Atlético Goianiense (49, 32), Boa Esporte (47, 32) e Sampaio Corrêa (47, 32) estão no páreo. Isso sem falar em outro time com história semelhante à do Santa Cruz: o América-MG, com 48 pontos em 32 jogos. Também militou em divisões inferiores ao seu tamanho no cenário nacional, chegou a cair para a segundona mineira uns anos atrás, perdeu seis pontos no STJD na atual Série B, mas segue vivo. Se tivesse sua pontuação de campo computada, ocuparia hoje a 4ª colocação. Tem bola, motivação e pontuação para incomodar até o final.
O Santa Cruz, ano a ano
2005: com uma ótima campanha, consegue o vice-campeonato da Série B e volta à primeira divisão, da qual não participava desde 2001.
2006: faz a então pior campanha da história do Brasileiro de pontos corridos e volta para a segundona.
2007: o clube mergulha na crise financeira de vez e cai mais uma vez, agora para a Série C.
2008: a equipe decepciona novamente. Para na segunda fase, desempenho insuficiente para manter-se na terceira divisão em 2009. Como a CBF cria a Série D, nem um possível título estadual no ano seguinte lhe manteria na terceira divisão.
2009: lanterna de uma chave que continha também Sergipe, CRB e Central, o Santa não passa nem para a segunda fase da quarta divisão. Tem de fazer um grande estadual em 2010 para disputar alguma divisão nacional no ano seguinte.
2010: semifinalista do estadual, o Santa volta a disputar a Série D. Desta vez passa de fase, mas é eliminado pelo Guarany de Sobral nas oitavas e não consegue o acesso - nem a garantia de disputar o torneio no ano seguinte.
2011: o ano do início da recuperação. Campeão estadual depois de seis anos, o Santa faz ótima campanha na Série D e enfim consegue o acesso para a terceira divisão nacional, na terceira tentativa. Nem a derrota para o Tupi na final, no Arruda lotado, frustrou a festa coral.
2012: a equipe faz campanha mediana. Não consegue passar para a segunda fase, mas evita uma nova queda para a Série D. No Pernambucano, consegue o bicampeonato.
2013: tricampeão estadual de forma incontestável, o Santa Cruz arrasa na Série C. Com a melhor campanha desde o início, conquista o acesso à segunda divisão de forma arrasadora.
2014: de volta à segunda divisão após sete anos, o objetivo do Santa, que não chegou ao tetracampeonato estadual, é ao menos manter-se na Série B. Depois de um começo mediano, conquista uma sequência incrível de vitórias que o colocou, ontem, no G-4 por aproveitamento.
A queda da Lusa
O previsível rebaixamento da Portuguesa para a Série C de 2015 confirmou-se ontem, com a derrota por 3 a 0 para o Oeste. Mergulhada em uma crise financeira gravíssima, a Lusa já teria problemas para se manter na Série A mesmo que fosse absolvida no Caso Héverton. Com receita de TV menor e dívidas cada vez maiores, a queda para a terceira divisão era absolutamente esperada. É o pior momento da história do clube, que tentará se reerguer na Terceirona, a partir do ano que vem. Só que sem uma imensa torcida ao lado, ao contrário do Santa Cruz, embora ela seja tão apaixonada pelo clube quanto os corais.
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