Padrão Corinthians
A torcida do Corinthians volta e meia critica Mano Menezes por um padrão que sempre se repete nos jogos do Timão: a equipe faz o gol e recua. Na verdade, Mano sempre gostou deste tipo de postura, desde os tempos de Grêmio. E se é verdade que a equipe paulista tem condições de se impor mais sobre os adversários, também é preciso dizer que tudo faz parte de uma estratégia que visa aproveitar melhor as características do time. O Corinthians faz gols cedo e se fecha porque prefere contragolpear a propor jogo. Foi assim nos jogos contra o Internacional e o Bragantino, por exemplo. E a história se repetiu hoje, contra o Atlético-MG.
Desta vez, o que não ocorreu foi a forte pressão inicial em Itaquera. Quem começou tomando a iniciativa foi o Galo. Mesmo mal escalado por Levir, que poderia ter em Guilherme um articulador com mais características de articulador, foi o time mineiro que dominou os minutos iniciais. As trocas de posição constantes entre Diego Tardelli e Luan confundiam a defesa paulista, mesmo que Jô fosse nulo e Carlos, desta vez, tenha rendido pouco. O Corinthians, diante de um time normalmente propositivo como o Atlético, jogava como mais gosta, de forma reativa. O gol cedinho, de Petros, só endossou ainda mais que a estratégia era a que deveria ser seguida.
Em determinado momento da etapa inicial, o Galo já somava oito conclusões, contra só duas do Timão. De fato, o Corinthians jogava pouco. Tinha dificuldades em conter o toque de bola do adversário especialmente porque não a retinha na frente, já que Luciano e Romero não formam exatamente a melhor das duplas de ataque. Tal problema só veio a ser corrigido no segundo tempo. Mano adiantou Petros para impedir as boas subidas de Marcos Rocha por um lado, enquanto Elias e Fagner bloqueavam Emerson Conceição e Guilherme, este já em campo, do outro. Sem a intensidade de seus bons tempos, o Atlético se viu amordaçado e sem alternativas. As chegadas eram esporádicas, e só vinham através de inversões surpreendentes de bola ou lançamentos buscando o cansado Tardelli (jogou duas vezes em um espaço de 45 horas), coisas raras.
A vitória é importantíssima não apenas porque recoloca o Corinthians no G-4, mas porque ele aproveita para derrotar um adversário direto, que empataria em pontos caso vencesse em Itaquera. Já o Atlético tem agora diante do Grêmio uma verdadeira decisão, caso não queira perder o contato com a ponta de cima. Afinal, receberá outro adversário direto, rival este que não poderá ser ultrapassado nem que perca no Independência. A tarefa não será fácil, pois o time de Luiz Felipe tem rendido bem mais jogando no contra-ataque, fora de casa, do que propondo o jogo. Como o Corinthians.
Ficha técnica
Campeonato Brasileiro - 20ª rodada
CORINTHIANS (1): Cássio; Fagner, Gil, Anderson Martins e Fábio Santos; Ralf, Elias, Petros (Bruno Henrique) e Renato Augusto; Romero (Guerrero) e Luciano (Malcom). Técnico: Mano Menezes
ATLÉTICO-MG (0): Victor; Marcos Rocha, Jemerson, Leonardo Silva e Emerson Conceição; Claudinei, Leandro Donizete (Eduardo) e Luan; Diego Tardelli, Jô (André) e Carlos (Guilherme). Técnico: Levir Culpi
Local: Arena Corinthians, São Paulo (SP); Data: quinta-feira, 11/09/2014; Horário: 19h30; Árbitro: Dewson Freitas Silva (PA); Público: 24.970; Renda: R$ 1.335.654,00; Gol: Petros 13 do 1º; Cartão amarelo: Elias, Petros e Leonardo Silva; Nota do jogo: 6; Melhor em campo: Petros
Desta vez, o que não ocorreu foi a forte pressão inicial em Itaquera. Quem começou tomando a iniciativa foi o Galo. Mesmo mal escalado por Levir, que poderia ter em Guilherme um articulador com mais características de articulador, foi o time mineiro que dominou os minutos iniciais. As trocas de posição constantes entre Diego Tardelli e Luan confundiam a defesa paulista, mesmo que Jô fosse nulo e Carlos, desta vez, tenha rendido pouco. O Corinthians, diante de um time normalmente propositivo como o Atlético, jogava como mais gosta, de forma reativa. O gol cedinho, de Petros, só endossou ainda mais que a estratégia era a que deveria ser seguida.
Em determinado momento da etapa inicial, o Galo já somava oito conclusões, contra só duas do Timão. De fato, o Corinthians jogava pouco. Tinha dificuldades em conter o toque de bola do adversário especialmente porque não a retinha na frente, já que Luciano e Romero não formam exatamente a melhor das duplas de ataque. Tal problema só veio a ser corrigido no segundo tempo. Mano adiantou Petros para impedir as boas subidas de Marcos Rocha por um lado, enquanto Elias e Fagner bloqueavam Emerson Conceição e Guilherme, este já em campo, do outro. Sem a intensidade de seus bons tempos, o Atlético se viu amordaçado e sem alternativas. As chegadas eram esporádicas, e só vinham através de inversões surpreendentes de bola ou lançamentos buscando o cansado Tardelli (jogou duas vezes em um espaço de 45 horas), coisas raras.
A vitória é importantíssima não apenas porque recoloca o Corinthians no G-4, mas porque ele aproveita para derrotar um adversário direto, que empataria em pontos caso vencesse em Itaquera. Já o Atlético tem agora diante do Grêmio uma verdadeira decisão, caso não queira perder o contato com a ponta de cima. Afinal, receberá outro adversário direto, rival este que não poderá ser ultrapassado nem que perca no Independência. A tarefa não será fácil, pois o time de Luiz Felipe tem rendido bem mais jogando no contra-ataque, fora de casa, do que propondo o jogo. Como o Corinthians.
Ficha técnica
Campeonato Brasileiro - 20ª rodada
CORINTHIANS (1): Cássio; Fagner, Gil, Anderson Martins e Fábio Santos; Ralf, Elias, Petros (Bruno Henrique) e Renato Augusto; Romero (Guerrero) e Luciano (Malcom). Técnico: Mano Menezes
ATLÉTICO-MG (0): Victor; Marcos Rocha, Jemerson, Leonardo Silva e Emerson Conceição; Claudinei, Leandro Donizete (Eduardo) e Luan; Diego Tardelli, Jô (André) e Carlos (Guilherme). Técnico: Levir CulpiLocal: Arena Corinthians, São Paulo (SP); Data: quinta-feira, 11/09/2014; Horário: 19h30; Árbitro: Dewson Freitas Silva (PA); Público: 24.970; Renda: R$ 1.335.654,00; Gol: Petros 13 do 1º; Cartão amarelo: Elias, Petros e Leonardo Silva; Nota do jogo: 6; Melhor em campo: Petros
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