Fernandinho entra. Para ficar?

Vejo Fernandinho como a principal contratação do Grêmio deste meio de ano, inclusive mais importante que Giuliano. É certo que o time de Enderson Moreira precisava há um bom tempo de alguém que organizasse as coisas pelo meio, mas o ex-atleticano é um jogador diferenciado: atua por qualquer uma das pontas, é veloz, habilidoso, faz aproximação com meia e centroavante e tem um chute potente. Se às vezes não pecasse pelo individualismo, poderia ter chances na seleção brasileira, pela bola que joga. No Atlético, sempre substituiu Bernard à altura.

A estreia do ponta será neste domingo, contra o Coritiba. Neste caso, uma substituição: sai Alán Ruiz, lesionado. A parada do argentino deve ser de 15 dias, ou duas rodadas. É o tempo escasso que Fernandinho terá para provar que merece a titularidade. A tarefa não é tão simples: embora costume causar impacto imediato nos clubes que passa, precisará superar uma concorrência pesada sem ter ainda o condicionamento e entrosamento ideais com seus companheiros.

Mas com quem Fernandinho disputa posição? A meu ver, com Luan. Ele é completamente o oposto de Alán Ruiz, um jogador mais lento e criativo - o Grêmio deve mudar bastante de característica diante do Coritiba, devendo ser um time mais rápido e agressivo. Além disso, o argentino vem tendo boas atuações desde a parada para a Copa, e é titularíssimo neste momento. Já Luan parece ainda não ter se encontrado. A meu ver, anda mal escalado: não é um meia, mas um atacante. É mais centroavante que criador, inclusive. Tem jogado recuado demais, longe do gol e da grande área, onde costuma ser mais perigoso. Longe desta região, é dispersivo e improdutivo.

Na verdade, o ideal seria Enderson rever a ideia do 4-2-3-1, já que Alán Ruiz, apesar do bom rendimento, não é jogador para atuar aberto, nem Luan é o ideal para voltar tanto. Se o argentino é titular, o 4-4-2 é a melhor saída. Neste caso, Fernandinho, Luan e Dudu ficam como opções para o ataque, junto de Barcos e Lucas Coelho. O certo é que Enderson Moreira não tem desculpa: há meias e atacantes em grande número, de ótima qualidade e diferentes características para formar time forte e dar opções de mudar o rumo de uma partida no decorrer da mesma. É questão de encaixar as peças da melhor maneira possível e fazê-las jogar.

Mais consistência
No noticiário colorado, uma manchete tem sido recorrente: "Alex será o substituto de Aránguiz contra o Bahia". Notem bem: é um ou outro no time. No primeiro semestre, ambos jogavam juntos, ao lado de Willians, D'Alessandro e Alan Patrick. Quem entrou nesta formação e não deve sair mais é Wellington. Abel pensa corretamente: no Brasileirão, é preciso mais gente de marcação no meio. Aquele Inter do primeiro semestre estava ótimo para Gauchão, mas aberto demais para uma competição longa, diante de equipes bem mais fortes.

A touca e o prêmio infame
O Sport se tornou freguês do Paysandu. Depois da humilhante eliminação em 2012, quando levou 4 a 1 em plena Ilha do Retiro e 6 a 2 no conjunto dos dois jogos, o Leão ontem caiu fora da Copa do Brasil ao fazer 3 a 2 nos paraenses. Como o Papão venceu na ida por 2 a 1, garantiu vaga pelo saldo qualificado. Com a eliminação precoce, o Sport carimbou sua vaga na Copa Sul-Americana deste ano. Mais uma do estúpido regulamento que premia quem dá fiasco na Copa do Brasil.

Mais uma besteira em breve
Mergulhado em uma das piores crises de sua história, o Flamengo não deixa a megalomania de lado. Agora, a ideia "genial" é repatriar Robinho e achar investidores que banquem seu salário de R$ 900 mil. Aos 30 anos e bem distante de seus melhores dias, o atacante está de longe de valer essa grana toda.

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