Taça, goleada e olé
Alex e D'Alessandro eram os dois remanescentes no time titular do Inter da última goleada que havia sido aplicada em Gre-Nais, também por 4 a 1 - ambos marcaram gols também naquele 28 de setembro de 2008. Eles, ao lado do técnico Abel Braga, são também os nomes desta inusitadamente desparelha final do Gauchão 2014. Abelão, pela leitura que fez do jogo na Arena, quando mexeu e fez o Colorado virar e ficar perto da taça; D'Alessandro, pelo gol decisivo - foi o 1 a 0 dele hoje no Centenário que mudou a perspectiva de um jogo então ruim para o Inter; e Alex pelo show imposto nos primeiros 12 minutos da etapa final, que deram a goleada e o sabor tão especial ao tetracampeonato gaúcho colorado.
O Grêmio entrou no Centenário precisando de dois gols. Sem Luan seria difícil consegui-lo, e a opção de Enderson Moreira por Alán Ruiz, que já havia se mostrado equivocada na vitória sobre o Nacional, voltou a fracassar. Ruiz não tem a criatividade nem a intensidade de Luan. O time ficou previsível, e embora tenha controlado a maior parte do primeiro tempo, penou para criar oportunidades. Dudu era quem fazia algo diferente, mas tinha pouca parceria (Wendell esteve empenhado marcando o chileno Aránguiz e pouco pôde apoiar). Assim, normalmente o time dava um chutão buscando Barcos na área, mas Dida, com seus 1,96m de altura, era soberano.
O Internacional jogou pouco no primeiro tempo, mas calculadamente. Primeiro, tratou de não deixar o Grêmio jogar, e isso conseguiu estupendamente. Gilberto e Fabrício tinham cobertura desta vez, ao contrário do clássico na Arena, e conseguiam conter as investidas gremistas. Willians, à frente da área, foi muito eficiente. E o melhor: a equipe soube jogar no erro gremista. Tanto que o gol nasce de um chutão de Dida que Rafael Moura aproveita falha do inseguro Werley para escorar para o chute de D'Alessandro.
No segundo tempo, Enderson arriscou tudo, e pagou por isso. A retirada de Edinho foi incorreta: o Grêmio já sofria com os contra-ataques do Inter desde o primeiro tempo, perdia a principal proteção contra a maior arma colorada. Alán Ruiz, sem intensidade, poderia facilmente ter deixado o time para a entrada de Maxi Rodríguez por um dos lados, como ele fez contra o Nacional, o que faria o time voltar ao 4-3-3 dos tempos de Luan. A mexida errada ajuda muito a explicar os três gols marcados pelo Inter, entre os 4 e os 12 minutos do segundo tempo, que definiram de vez o título e causaram toda a humilhação sofrida no Centenário.
O Internacional é campeão sem qualquer tipo de ressalva. Já havia feito muito mais pontos do que o Grêmio, ganhou os dois clássicos das finais, e por uma larga vantagem somada de 6 a 2. Esta é a diferença de qualidade entre os dois eternos rivais? Não, é claro. O Tricolor prova na Libertadores que tem uma equipe forte, que foi goleada hoje por circunstâncias atípicas (ainda que totalmente na bola) de uma partida decisiva. Tampouco podemos apontar o Colorado como um timaço, pois embora tenha goleado um dos melhores times da Libertadores, ainda foi pouco testado em 2014. A goleada e o título dão grande moral, mas há ainda o que acertar e qualificar para o Brasileirão, competição que exige um elenco mais numeroso. O desempenho diante do rival pressupõe, porém, que as coisas estão no caminho certo para um bom Brasileiro.
Quanto ao Grêmio, mais grave do que uma goleada em Gre-Nal é ela vir duas semanas depois de outra derrota para o rival, como é o caso de agora. A diferença de atuações da equipe da Libertadores para as finais do estadual é gritante. Como o Inter não tem um time largamente superior a Newell's e Atlético Nacional, como as diferenças de rendimento do Tricolor podem deixar a entender, uma hipótese provável é a falta de foco da equipe no campeonato estadual, mesmo que Enderson tenha escalado os titulares na maioria dos jogos. Outra é a de que o jovem time gremista tenha sentido o peso diante de um Inter mais experimentado.
Apesar de doloroso, é possível aprender com os fiascos. Em 1983, uma eliminação vergonhosa para a Ferroviária de Araraquara em pleno Olímpico foi bem assimilada pelo Grêmio, alertando para problemas que a fase inicial do torneio continental encobria. O fiasco de hoje também pode valer da mesma forma. O Inter mostrou que retirar Edinho da frente da zaga é um problema, e que Werley, definitivamente, é o ponto frágil da defesa tricolor nesta temporada.
Em tempo:
- Melhor em campo ao lado de Alex, D'Alessandro ganha seu quinto estadual em seis anos pelo Internacional. Seu gol foi o sétimo em Gre-Nais. Somando as conquistas da Sul-Americana, Libertadores e Recopa, o argentino já conta oito taças oficiais pelo Colorado.
- Com a goleada de hoje, o Inter sobe para 8 o número de Gre-Nais invictos. A última vitória gremista foi em agosto de 2012, pelo Brasileiro, com gol de Elano no Beira-Rio.
- O Inter abriu hoje a maior diferença de títulos estaduais sobre o Grêmio dos últimos 30 anos. A última vez que o Colorado tinha sete Gauchões a mais havia sido em 1984, quando também foi tetra e abriu 29 a 22. Em 2001, o Tricolor chegou a empatar em 33 a 33, mas nos 13 anos seguintes o Colorado ganhou o Rio Grande dez vezes (sendo dois tetras e um bi), contra apenas 3 do rival.
FICHA
Campeonato Gaúcho 2014 - Final - Jogo de volta
INTERNACIONAL (4): Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Willians, Aránguiz, Alex (Juan), D'Alessandro (Jorge Henrique) e Alan Patrick (Ygor); Rafael Moura. Técnico: Abel Braga
GRÊMIO (1): Marcelo Grohe; Pará, Werley, Rhodolfo e Wendell; Edinho (Maxi Rodríguez), Riveros, Ramiro e Alán Ruiz (Léo Gago); Dudu e Barcos. Técnico: Enderson Moreira
Local: Centenário, Caxias do Sul (RS); Data: domingo, 13/04/2014, 16h; Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS); Público: 17.424; Renda: R$ 665.230,00; Gols: D'Alessandro 26 do 1º; Alex 4, Alan Patrick (pênalti) 10, Alex 12 e Ernando (contra) 21 do 2º; Cartão amarelo: Fabrício, D'Alessandro, Edinho, Riveros, Barcos e Léo Gago; Expulsão: Willians e Pará; Melhor em campo: D'Alessandro; Nota do jogo: 7
NÚMEROS
Chances de gol: Inter 7 x 6 Grêmio
Finalizações: Inter 8 x 10 Grêmio
Escanteios: Inter 5 x 6 Grêmio
Impedimentos: Inter 3 x 2 Grêmio
Faltas cometidas: Inter 22 x 19 Grêmio
Desarmes: Inter 32 x 20 Grêmio
Passes errados: Inter 26 x 18 Grêmio
Posse de bola: Inter 43% x 57% Grêmio
Análise: os números são em geral equilibrados, mas o Inter foi muito mais efetivo. O Grêmio, mesmo com muito mais posse de bola e correndo atrás em desvantagem o tempo todo, criou ainda menos chances de gol que o rival.
FUTEBOL DE BOTÃO
O Grêmio entrou no Centenário precisando de dois gols. Sem Luan seria difícil consegui-lo, e a opção de Enderson Moreira por Alán Ruiz, que já havia se mostrado equivocada na vitória sobre o Nacional, voltou a fracassar. Ruiz não tem a criatividade nem a intensidade de Luan. O time ficou previsível, e embora tenha controlado a maior parte do primeiro tempo, penou para criar oportunidades. Dudu era quem fazia algo diferente, mas tinha pouca parceria (Wendell esteve empenhado marcando o chileno Aránguiz e pouco pôde apoiar). Assim, normalmente o time dava um chutão buscando Barcos na área, mas Dida, com seus 1,96m de altura, era soberano.
O Internacional jogou pouco no primeiro tempo, mas calculadamente. Primeiro, tratou de não deixar o Grêmio jogar, e isso conseguiu estupendamente. Gilberto e Fabrício tinham cobertura desta vez, ao contrário do clássico na Arena, e conseguiam conter as investidas gremistas. Willians, à frente da área, foi muito eficiente. E o melhor: a equipe soube jogar no erro gremista. Tanto que o gol nasce de um chutão de Dida que Rafael Moura aproveita falha do inseguro Werley para escorar para o chute de D'Alessandro.
No segundo tempo, Enderson arriscou tudo, e pagou por isso. A retirada de Edinho foi incorreta: o Grêmio já sofria com os contra-ataques do Inter desde o primeiro tempo, perdia a principal proteção contra a maior arma colorada. Alán Ruiz, sem intensidade, poderia facilmente ter deixado o time para a entrada de Maxi Rodríguez por um dos lados, como ele fez contra o Nacional, o que faria o time voltar ao 4-3-3 dos tempos de Luan. A mexida errada ajuda muito a explicar os três gols marcados pelo Inter, entre os 4 e os 12 minutos do segundo tempo, que definiram de vez o título e causaram toda a humilhação sofrida no Centenário.
O Internacional é campeão sem qualquer tipo de ressalva. Já havia feito muito mais pontos do que o Grêmio, ganhou os dois clássicos das finais, e por uma larga vantagem somada de 6 a 2. Esta é a diferença de qualidade entre os dois eternos rivais? Não, é claro. O Tricolor prova na Libertadores que tem uma equipe forte, que foi goleada hoje por circunstâncias atípicas (ainda que totalmente na bola) de uma partida decisiva. Tampouco podemos apontar o Colorado como um timaço, pois embora tenha goleado um dos melhores times da Libertadores, ainda foi pouco testado em 2014. A goleada e o título dão grande moral, mas há ainda o que acertar e qualificar para o Brasileirão, competição que exige um elenco mais numeroso. O desempenho diante do rival pressupõe, porém, que as coisas estão no caminho certo para um bom Brasileiro.
Quanto ao Grêmio, mais grave do que uma goleada em Gre-Nal é ela vir duas semanas depois de outra derrota para o rival, como é o caso de agora. A diferença de atuações da equipe da Libertadores para as finais do estadual é gritante. Como o Inter não tem um time largamente superior a Newell's e Atlético Nacional, como as diferenças de rendimento do Tricolor podem deixar a entender, uma hipótese provável é a falta de foco da equipe no campeonato estadual, mesmo que Enderson tenha escalado os titulares na maioria dos jogos. Outra é a de que o jovem time gremista tenha sentido o peso diante de um Inter mais experimentado.
Apesar de doloroso, é possível aprender com os fiascos. Em 1983, uma eliminação vergonhosa para a Ferroviária de Araraquara em pleno Olímpico foi bem assimilada pelo Grêmio, alertando para problemas que a fase inicial do torneio continental encobria. O fiasco de hoje também pode valer da mesma forma. O Inter mostrou que retirar Edinho da frente da zaga é um problema, e que Werley, definitivamente, é o ponto frágil da defesa tricolor nesta temporada.
Em tempo:
- Melhor em campo ao lado de Alex, D'Alessandro ganha seu quinto estadual em seis anos pelo Internacional. Seu gol foi o sétimo em Gre-Nais. Somando as conquistas da Sul-Americana, Libertadores e Recopa, o argentino já conta oito taças oficiais pelo Colorado.
- Com a goleada de hoje, o Inter sobe para 8 o número de Gre-Nais invictos. A última vitória gremista foi em agosto de 2012, pelo Brasileiro, com gol de Elano no Beira-Rio.
- O Inter abriu hoje a maior diferença de títulos estaduais sobre o Grêmio dos últimos 30 anos. A última vez que o Colorado tinha sete Gauchões a mais havia sido em 1984, quando também foi tetra e abriu 29 a 22. Em 2001, o Tricolor chegou a empatar em 33 a 33, mas nos 13 anos seguintes o Colorado ganhou o Rio Grande dez vezes (sendo dois tetras e um bi), contra apenas 3 do rival.
FICHA
Campeonato Gaúcho 2014 - Final - Jogo de volta
INTERNACIONAL (4): Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Willians, Aránguiz, Alex (Juan), D'Alessandro (Jorge Henrique) e Alan Patrick (Ygor); Rafael Moura. Técnico: Abel Braga
GRÊMIO (1): Marcelo Grohe; Pará, Werley, Rhodolfo e Wendell; Edinho (Maxi Rodríguez), Riveros, Ramiro e Alán Ruiz (Léo Gago); Dudu e Barcos. Técnico: Enderson Moreira
Local: Centenário, Caxias do Sul (RS); Data: domingo, 13/04/2014, 16h; Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS); Público: 17.424; Renda: R$ 665.230,00; Gols: D'Alessandro 26 do 1º; Alex 4, Alan Patrick (pênalti) 10, Alex 12 e Ernando (contra) 21 do 2º; Cartão amarelo: Fabrício, D'Alessandro, Edinho, Riveros, Barcos e Léo Gago; Expulsão: Willians e Pará; Melhor em campo: D'Alessandro; Nota do jogo: 7
NÚMEROS
Chances de gol: Inter 7 x 6 Grêmio
Finalizações: Inter 8 x 10 Grêmio
Escanteios: Inter 5 x 6 Grêmio
Impedimentos: Inter 3 x 2 Grêmio
Faltas cometidas: Inter 22 x 19 Grêmio
Desarmes: Inter 32 x 20 Grêmio
Passes errados: Inter 26 x 18 Grêmio
Posse de bola: Inter 43% x 57% Grêmio
Análise: os números são em geral equilibrados, mas o Inter foi muito mais efetivo. O Grêmio, mesmo com muito mais posse de bola e correndo atrás em desvantagem o tempo todo, criou ainda menos chances de gol que o rival.
FUTEBOL DE BOTÃO
Comentários
Meu nome é Diego, sou gremista, e assíduo leitor do blog e ouvinte do Carta da Mesa.
Esses dois grenais acenderam o sinal amarelo com força no Grêmio. Primeiro, porque acho não se trataram de "acidentes", haja vista que aconteceu duas vezes em duas semanas. Eles escancararam alguns problemas sérios na equipe, principalmente com os volantes, e a dependência que o time tem do Dudu. Depois porque, consequentemente, se não foi um acidente, fatalmente vai acontecer de novo em um dos mata-matas da Libertadores, mais cedo ou mais tarde.
Mas o que achei pior foi a leitura errada do jogo por parte do Enderson e, principalmente, sua incapacidade de lidar com a adversidade e a pressão. Talvez a sua inexperiência em times grandes acabe pesando em algum momento Cheguei a sentir saudades do Renato durante o jogo de hoje.
Abraço tricolor!
Acho que o Gre-Nal de hoje teve placar elástico muito pelas circunstâncias do jogo. O primeiro tempo, por exemplo, foi equilibrado. A saída do Edinho é que, a meu ver, foi decisiva para a goleada do Inter, pois tirou a proteção que a zaga precisava. Ainda assim, é como disse o Abel, isso é raro de acontecer.
O que não é acidental foi o fato de que o Enderson foi mal no primeiro Gre-Nal (demorou a mexer e mexeu errado) e neste segundo (mexeu errado), sempre após o intervalo. O que contrasta bastante com a Libertadores, onde na maioria dos jogos o Grêmio vai melhor no segundo tempo que no primeiro. Outro ponto que me preocupa é a ausência do Luan. Contra o Nacional e hoje, o Grêmio teve bem menos criatividade sem ele.
Acho que não se pode colocar por água abaixo um trabalho que é muito bem feito na principal competição do ano, onde o Grêmio fez grandes jogos e obteve excepcionais resultados contra adversários reconhecidamente fortes. Porém, vimos que há ainda o que melhorar. Em jogos decisivos esses erros técnicos e leituras erradas não serão perdoados.
Grande abraço!!
Eu só vi isso agora que tu falou, fiquei abismado. Até porque o Marcílio Dias não corria nenhum risco de cair. Reação desproporcional, meio difícil de entender...
E quanto a qualidade dos times acho que O Inter é bem melhor, zaga dos dois mais ou menos o mesmo nivel, laterias iguais ataque igual e o meio colorado muito melhor. Se o Gremio nao trouxer um volante de qualidade que marque e chegue bem na frente e um meia decente vai penar e muito nesse brasileirao.
Diego
Este grupo complicado que o Grêmio enfrentou é um parâmetro sim, não podemos achar que a Libertadores engana quando estamos falando de um grupo reconhecido por todos como o mais complicado, em que o Grêmio sofreu só um gol e se manteve invicto. Não acho que o Inter, por exemplo, teria facilidades em passar pelo grupo do Grêmio, se levarmos em conta que Atlético-MG e Cruzeiro, que são os dois melhores times brasileiros da atualidade, tiveram dificuldades maiores que as do Grêmio em grupos menos complicados.
Não estou querendo dizer que o Grêmio é um supertime vitimado por um acaso, mas acho que as circunstâncias pesaram para o placar elástico, especialmente o deste Gre-Nal. Acho que o que dá para tirar desses clássicos é que o Inter está em um bom nível para o Brasileirão, mais do que achar que o Grêmio, por tê-los perdido, está mal das pernas.
E dá-lhe, Inter!
não só pelos dois grenais, mas por ter conseguido reconstruir um time inteiro.
a defesa é outra, completamente diferente da do ano passado. algo que não acontecia no inter há muito tempo...
mas, mais que isso, conseguiu devolver o futebol de inúmeros jogadores.
apostou em algumas peças e depositou confiança necessária para que voltassem a funcionar. e deu certo com uma exceção (jorge henrique). também não foi teimoso (como foram seus antecessores - o otávio só ganhou lugar no time por acaso) e o substituiu, conseguindo fazer com que o futebol do alex evoluísse ainda mais.
soube usar o grupo inteiro e deixar todo mundo feliz (aparentemente). tá todo mundo correndo pelo cara.
resta só ver como isso vai funcionar com uma sequência de adversários mais fortes. se as alternativas irão funcionar.
abraço saudoso aos companheiros!
Nosso treinador veio do Goiás e continua "verde". Oxalá, sirva de lição.
P.S.: Não agüento mais perder para o Colorado. E isso que moro fora. Só imagino os gremistas que estão no RS...
Concordo com a leitura do Rodrigo e também a do Sancho. O Abel ganhou o título recuperando jogadores como Fabrício, Alex e Rafael Moura (sobre os quais ainda tenho desconfiança quanto ao que podem fazer no Brasileirão, por diferentes motivos) e o Enderson perdeu o título ao mexer mal (ou não mexer) nos dois intervalos. Ontem, jogou o Grêmio para cima se arriscando a tomar uma goleada, e tomou.
Quanto aos Gre-Nais recentes, Sancho, o que pesa mesmo são esses dois últimos clássicos, pois antes o Inter não ganhava dos titulares do Grêmio desde 2012, num festival de empates a seguir. Aqueles dois Gre-Nais que o Tricolor enfrentou com reservas no início de 2013 não chegam a pesar tanto como grandes derrotas, mas entram na estatística, claro. E agora, somando eles, são oito Gre-Nais sem vitórias gremistas.
Ademais, nós estamos perdendo quando importa e EMPATANDO quando não importa. Não tem refresco.