Pronto para a décima
Chelsea e Atlético de Madrid são equipes fortes, respeitáveis, capazes de bater qualquer gigante do Velho Continente. Tudo isso é verdade. Porém, o campeão europeu da temporada pintou em Munique. E o que dá ao Real Madrid o absoluto favoritismo para enfim levantar sua décima Liga dos Campeões não é sua constelação de craques, nem sua incrível tradição, mas o modo como a equipe eliminou o Bayern München: com uma goleada arrasadora, impiedosa, indubitável, conquistada em meros 33 minutos, na casa do adversário. O Bayern sentiu hoje o amargo gosto de uma eliminação vexatória dentro de casa, a mesma sensação que ele, Bayern, impôs ao Barcelona nas semifinais do ano passado.
O panorama inicial para a partida em Munique era o de uma continuação do que havia sido o jogo de Madrid: o Bayern com a posse de bola tentando furar a defesa do Real Madrid, que exploraria os contra-ataques sempre que possível. Já nos primeiros minutos era perceptível como a estratégia de Ancelotti tendia a se sobrepor à de Guardiola. Não que tenha havido algum nó tático: o fato é que a execução da estratégia espanhola era feita em nível muito superior à bavara, pois as atuações individuais dos jogadores madrilenhos era superior.
O Bayern não foi nunca o time que Guardiola tanto preza, de tocar a bola no campo de ataque e marcar o adversário de forma agressiva. Ao contrário, foi uma equipe lenta, previsível, sonolenta. As exaustivas trocas de passe nunca buscaram o jogo coletivo, mas o de individualidades bem marcadas: todas procuravam Robben numa ponta ou Ribery na outra, e sempre Coentrão de um lado, e Carvajal do outro, levavam vantagem. Nada disso absolve o técnico catalão: se todos vão mal, o coletivo vai mal também, e uma coisa puxa a outra. Pior: além de não ter alternativas para transpor o bloqueio defensivo madrilenho, o Bayern seguiu com o velho problema dos últimos jogos: esteve completamente exposto aos contragolpes, e justo contra o time mais mortal do mundo neste fundamento, tendo os velocíssimos e habilidosíssimos Bale e Cristiano Ronaldo, um de cada lado, sendo lançados por nomes muito técnicos como Alonso, Modric e Di María.
Quando marcou 1 a 0 através de um gol de cabeça de Sérgio Ramos após escanteio, o Real Madrid já era mais perigoso. O Bayern, que já ia mal, se desnorteou de vez com o gol sofrido. Ramos fez mais um de cabeça, prova de que a bola parada era também uma grande fraqueza alemã. E quando o time tentou reagir, abriu-se de vez, permitindo o contra-ataque mortal comandado por Bale e finalizado por Cristiano Ronaldo, o maior artilheiro em uma única edição de Liga dos Campeões de todos os tempos. Ronaldo, cabe lembrar, quase fez o terceiro cinco minutos antes, de forma muito parecida. Em 33 minutos, a parada estava resolvida.
O segundo tempo foi longo, chato, praticamente amistoso O Real Madrid, classificadíssimo, cuidava para não perder ninguém para decisão, principalmente após o terceiro amarelo de Xabi Alonso. O Bayern, impaciente, seguia com pouca imaginação tentando o golzinho de honra. O melhor, mesmo, aconteceu nos acréscimos, com o gol de falta de Cristiano Ronaldo por baixo da barreira, jogada que demonstra toda a sua genialidade. Foi seu 16º no torneio. A Liga dos Campeões é dele, e duvido que alguém consiga lhe tirar.
Em tempo:
- Entre tantos destaques no Real Madrid, vale citar Carvajal, perfeito na marcação, o gigante Pepe na defesa e, principalmente, Di María. O argentino esteve em todos os lados do campo, lançou, marcou, ajudou o ataque, deu assistências. Atuação de gala.
- Se o Chelsea passar, a final da Liga dos Campeões colocará frente a frente o Real Madrid e seu ex-técnico José Mourinho. Aliás, com Mourinho, Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão, atrativos não faltarão ao público que for ao Estádio da Luz, em Lisboa.
- Semana duríssima para Pep Guardiola, que perdeu o amigo Tito Vilanova e levou 4 a 0 do Real Madrid em questão de poucos dias.
Ficha técnica
Liga dos Campeões da Europa 2013/14 - Semifinal - Jogo de volta
29/abril/2014
BAYERN MÜNCHEN 0 x REAL MADRID 4
Local: Allianz Arena, Munique (ALE)
Árbitro: Pedro Proença (POR)
Público: 68.000
Gols: Ramos 15 e 19 e Cristiano Ronaldo 33 do 1º; Cristiano Ronaldo 44 do 2º
Cartão amarelo: Dante e Xabi Alonso
BAYERN MÜNCHEN: Neuer (4,5), Lahm (5), Boateng (4,5), Dante (4) e Alaba (4,5); Kroos (5), Schweinsteiger (5) e Müller (5) (Pizarro, 26 do 2º - 5); Robben (5), Mandzukic (4,5) (Martínez, intervalo - 5) e Ribery (4,5) (Götze, 26 do 2º - 5). Técnico: Pep Guardiola
REAL MADRID: Casillas (6,5), Carvajal (7), Ramos (9) (Varane, 29 do 2º - 5,5), Pepe (8,5) e Coentrão (6,5); Xabi Alonso (6,5), Modric (6,5) e Di María (7,5); Bale (6,5) (Casemiro, 39 do 2º - sem nota), Benzema (5,5) (Isco, 34 do 2º - sem nota) e Cristiano Ronaldo (9). Técnico: Carlo Ancelotti
O panorama inicial para a partida em Munique era o de uma continuação do que havia sido o jogo de Madrid: o Bayern com a posse de bola tentando furar a defesa do Real Madrid, que exploraria os contra-ataques sempre que possível. Já nos primeiros minutos era perceptível como a estratégia de Ancelotti tendia a se sobrepor à de Guardiola. Não que tenha havido algum nó tático: o fato é que a execução da estratégia espanhola era feita em nível muito superior à bavara, pois as atuações individuais dos jogadores madrilenhos era superior.
O Bayern não foi nunca o time que Guardiola tanto preza, de tocar a bola no campo de ataque e marcar o adversário de forma agressiva. Ao contrário, foi uma equipe lenta, previsível, sonolenta. As exaustivas trocas de passe nunca buscaram o jogo coletivo, mas o de individualidades bem marcadas: todas procuravam Robben numa ponta ou Ribery na outra, e sempre Coentrão de um lado, e Carvajal do outro, levavam vantagem. Nada disso absolve o técnico catalão: se todos vão mal, o coletivo vai mal também, e uma coisa puxa a outra. Pior: além de não ter alternativas para transpor o bloqueio defensivo madrilenho, o Bayern seguiu com o velho problema dos últimos jogos: esteve completamente exposto aos contragolpes, e justo contra o time mais mortal do mundo neste fundamento, tendo os velocíssimos e habilidosíssimos Bale e Cristiano Ronaldo, um de cada lado, sendo lançados por nomes muito técnicos como Alonso, Modric e Di María.
Quando marcou 1 a 0 através de um gol de cabeça de Sérgio Ramos após escanteio, o Real Madrid já era mais perigoso. O Bayern, que já ia mal, se desnorteou de vez com o gol sofrido. Ramos fez mais um de cabeça, prova de que a bola parada era também uma grande fraqueza alemã. E quando o time tentou reagir, abriu-se de vez, permitindo o contra-ataque mortal comandado por Bale e finalizado por Cristiano Ronaldo, o maior artilheiro em uma única edição de Liga dos Campeões de todos os tempos. Ronaldo, cabe lembrar, quase fez o terceiro cinco minutos antes, de forma muito parecida. Em 33 minutos, a parada estava resolvida.
O segundo tempo foi longo, chato, praticamente amistoso O Real Madrid, classificadíssimo, cuidava para não perder ninguém para decisão, principalmente após o terceiro amarelo de Xabi Alonso. O Bayern, impaciente, seguia com pouca imaginação tentando o golzinho de honra. O melhor, mesmo, aconteceu nos acréscimos, com o gol de falta de Cristiano Ronaldo por baixo da barreira, jogada que demonstra toda a sua genialidade. Foi seu 16º no torneio. A Liga dos Campeões é dele, e duvido que alguém consiga lhe tirar.
Em tempo:
- Entre tantos destaques no Real Madrid, vale citar Carvajal, perfeito na marcação, o gigante Pepe na defesa e, principalmente, Di María. O argentino esteve em todos os lados do campo, lançou, marcou, ajudou o ataque, deu assistências. Atuação de gala.
- Se o Chelsea passar, a final da Liga dos Campeões colocará frente a frente o Real Madrid e seu ex-técnico José Mourinho. Aliás, com Mourinho, Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão, atrativos não faltarão ao público que for ao Estádio da Luz, em Lisboa.
- Semana duríssima para Pep Guardiola, que perdeu o amigo Tito Vilanova e levou 4 a 0 do Real Madrid em questão de poucos dias.
Ficha técnica
Liga dos Campeões da Europa 2013/14 - Semifinal - Jogo de volta
29/abril/2014
BAYERN MÜNCHEN 0 x REAL MADRID 4
Local: Allianz Arena, Munique (ALE)
Árbitro: Pedro Proença (POR)
Público: 68.000
Gols: Ramos 15 e 19 e Cristiano Ronaldo 33 do 1º; Cristiano Ronaldo 44 do 2º
Cartão amarelo: Dante e Xabi Alonso
BAYERN MÜNCHEN: Neuer (4,5), Lahm (5), Boateng (4,5), Dante (4) e Alaba (4,5); Kroos (5), Schweinsteiger (5) e Müller (5) (Pizarro, 26 do 2º - 5); Robben (5), Mandzukic (4,5) (Martínez, intervalo - 5) e Ribery (4,5) (Götze, 26 do 2º - 5). Técnico: Pep Guardiola
REAL MADRID: Casillas (6,5), Carvajal (7), Ramos (9) (Varane, 29 do 2º - 5,5), Pepe (8,5) e Coentrão (6,5); Xabi Alonso (6,5), Modric (6,5) e Di María (7,5); Bale (6,5) (Casemiro, 39 do 2º - sem nota), Benzema (5,5) (Isco, 34 do 2º - sem nota) e Cristiano Ronaldo (9). Técnico: Carlo Ancelotti
Comentários
o real enfrentará o seu ex-técnico mourinho e o chelsea o seu ex-técnico ancelotti, vale lembrar. 2 anos em londres.