Os próximos inimigos
O Atlético Nacional mereceu derrotar o Newell's Old Boys na última quinta-feira. Jogou bem mais: foram 18 chances contra 3, 20 finalizações contra 2. O time argentino não apresentou na Colômbia a mesma postura que o Grêmio teve no Uruguai, de enfrentar o rival de igual para igual - descontando o fato de que o Nacional colombiano é melhor que o uruguaio, claro.
Mas nada disso diminui o Newell's, que é um time extremamente perigoso. A crítica que se faz é que esta equipe poderia ter produzido bem mais, pelos nomes que tem. Ever Banega, Maxi Rodríguez, David Trezeguet... há qualidade de sobra em Rosário, mas ela foi pouco aproveitada. A equipe argentina foi dominada no primeiro tempo, de certa forma melhorou no segundo, mas sobreviveu de alguns lances isolados de Maxi Rodríguez. Muñoz, muito rápido e liso, entrou faltando 25 minutos e melhorou a movimentação da frente, mas ainda assim foi pouco.
Como se vê na figura abaixo, o Newell's atua num 4-3-3. Não chega a ser uma novidade de Alfredo Berti: o time de 2013, de Tata Martino, já jogava assim. Com três atacantes de movimentação, a equipe não chega a ter um meia criativo - Maxi e Figueroa recuam para fazer esta função. Villalba atua mais preso no meio, enquanto o veterano Bernardi e Banega ganham mais liberdade para chegarem à frente. É um time extremamente acostumado a jogar deste modo. Não é vulnerável por ser aberto, portanto.
Mas curioso, mesmo, foi o Atlético Nacional. A exemplo da seleção chilena dos tempos de Marcelo Bielsa, é um time sem laterais. Atua no 3-4-3 clássico, um esquema quase extinto, mas que voltou à moda recentemente. À frente dos três zagueiros, há o volante Mejía, fixo, formando um losango defensivo. Pelos lados, os volantes-meias-alas Bernal e Díaz, que marcam, apoiam e armam, tudo com competência. Adiante, o habilidoso Cardona, que tem quase em uma mesma linha que ele, pelas pontas, os atacantes Berrio e Cárdenas, que se movimentam e confundem a marcação virando também meias. No ataque o veteraníssimo Ángel, autor do gol solitário do Nacional na derrota para o Grêmio na final de 1995.
Cardona, aliás, merece destaque especial. Autor do gol da vitória, foi a grande figura em campo na quinta-feira. Conta com ótima visão de jogo, drible fácil, bom arremate de longe e uma impetuosidade juvenil que às vezes se confunde com violência. Tem o sangue quente dos craques colombianos. É sem dúvida o principal homem a ser marcado no Atlético Nacional.
Grêmio x Newell's
Os esquemas se parecem bastante, são quase idênticos. Ambos jogam com quatro atrás, um volante preso, dois mais soltos. A diferença está na frente: os argentinos jogam com dois pontas, como o Grêmio fez no Gre-Nal, com Zé Roberto pela direita. Em Montevidéu, ele atuou mais centralizado. Até o jogo de quinta, eu tinha a ideia de que o Newell's tentaria encarar o Grêmio de igual para igual, mesmo em Porto Alegre, pela qualidade de seus jogadores. Depois da partida de Medellín, fica difícil não vislumbrar um cenário bem diferente, com o time fechadinho, especialmente se conseguir vencer o Nacional uruguaio em Rosário.
Grêmio x Atlético Nacional
Talvez fora de casa, Bernal e Díaz recuem a ponto de quase virarem laterais. Equipes colombianas costumam vir ao Brasil fechadas, e é de se duvidar que o Nacional virá para cima do Grêmio na Arena. Isso pode dar campo para Ramiro e Riveros subirem mais. A tendência é que o Tricolor tome a iniciativa e enfrente um adversário ferozmente resguardado atrás, que virá na busca por um empate valioso. Em Medellín, a história será outra, certamente.
Mas nada disso diminui o Newell's, que é um time extremamente perigoso. A crítica que se faz é que esta equipe poderia ter produzido bem mais, pelos nomes que tem. Ever Banega, Maxi Rodríguez, David Trezeguet... há qualidade de sobra em Rosário, mas ela foi pouco aproveitada. A equipe argentina foi dominada no primeiro tempo, de certa forma melhorou no segundo, mas sobreviveu de alguns lances isolados de Maxi Rodríguez. Muñoz, muito rápido e liso, entrou faltando 25 minutos e melhorou a movimentação da frente, mas ainda assim foi pouco.
Como se vê na figura abaixo, o Newell's atua num 4-3-3. Não chega a ser uma novidade de Alfredo Berti: o time de 2013, de Tata Martino, já jogava assim. Com três atacantes de movimentação, a equipe não chega a ter um meia criativo - Maxi e Figueroa recuam para fazer esta função. Villalba atua mais preso no meio, enquanto o veterano Bernardi e Banega ganham mais liberdade para chegarem à frente. É um time extremamente acostumado a jogar deste modo. Não é vulnerável por ser aberto, portanto.
Mas curioso, mesmo, foi o Atlético Nacional. A exemplo da seleção chilena dos tempos de Marcelo Bielsa, é um time sem laterais. Atua no 3-4-3 clássico, um esquema quase extinto, mas que voltou à moda recentemente. À frente dos três zagueiros, há o volante Mejía, fixo, formando um losango defensivo. Pelos lados, os volantes-meias-alas Bernal e Díaz, que marcam, apoiam e armam, tudo com competência. Adiante, o habilidoso Cardona, que tem quase em uma mesma linha que ele, pelas pontas, os atacantes Berrio e Cárdenas, que se movimentam e confundem a marcação virando também meias. No ataque o veteraníssimo Ángel, autor do gol solitário do Nacional na derrota para o Grêmio na final de 1995.
Cardona, aliás, merece destaque especial. Autor do gol da vitória, foi a grande figura em campo na quinta-feira. Conta com ótima visão de jogo, drible fácil, bom arremate de longe e uma impetuosidade juvenil que às vezes se confunde com violência. Tem o sangue quente dos craques colombianos. É sem dúvida o principal homem a ser marcado no Atlético Nacional.
Grêmio x Newell's
Grêmio x Atlético Nacional
Talvez fora de casa, Bernal e Díaz recuem a ponto de quase virarem laterais. Equipes colombianas costumam vir ao Brasil fechadas, e é de se duvidar que o Nacional virá para cima do Grêmio na Arena. Isso pode dar campo para Ramiro e Riveros subirem mais. A tendência é que o Tricolor tome a iniciativa e enfrente um adversário ferozmente resguardado atrás, que virá na busca por um empate valioso. Em Medellín, a história será outra, certamente.
Comentários
O Tricolor ainda terá muito trabalho pela frente. Os dois jogos em casa não serão nada fáceis.