A pergunta que realmente importa
Quem tem mais a perder com o Gre-Nal? Esta é a pergunta que realmente vale, a que dá ao clássico o verdadeiro grau de tensão que ele acarreta. Ela pesa mais, ao menos sobre os ombros dos torcedores, do que a também famosa "quem chega melhor para o Gre-Nal?". Porque quase todos nós adoramos o clássico pelo grau de emoção que ele carrega, mas absolutamente todos nós o odiamos até que ele comece, pela expectativa. Gre-Nal sempre traz mudanças, e mudanças alteram o ambiente, uma ideia em princípio desconfortável para nós, seres sedentários.
Para este domingo, a resposta para a pergunta-que-realmente-importa é clara: o Grêmio é quem tem mais a perder. O Gre-Nal não poderia vir em pior hora: num momento de tentativa de afirmação da mecânica de jogo da equipe, e apenas quatro dias antes da dura estreia na Libertadores, em Montevidéu, contra o Nacional. Uma derrota hoje na Arena escancarará um clima de desconfiança que a torcida tricolor já nutre desde que Enderson Moreira foi contratado e reforços de mais categoria não vieram. Uma desesperança quanto ao futuro deste time que somente uma grande partida no Parque Central seria capaz de acalmar. E uma falta de confiança que pode até mesmo prejudicar o começo da caminhada no torneio continental. Dureza.
Para o Inter, por outro lado, o clássico cai bem. É verdade que ele poderia vir um pouco mais tarde, com o time já tendo disputado mais partidas, e não apenas uma, como agora. No entanto, em caso de derrota, se poderá fazer um diagnóstico bem cedo, no começo de fevereiro, sobre os reais problemas que este time apresenta. O Grêmio é o único adversário realmente forte que o Colorado enfrentará até a estreia no Brasileirão, em 20 de abril. Este é o jogo que deverá balizar as avaliações até lá. E, se vier vitória, a confiança para tocar o trabalho crescerá. Será possível realizar este momento inicial da temporada com maior tranquilidade.
O que a pergunta mais importante esconde é que, normalmente, quem tem mais a perder também é quem tem mais a ganhar com o clássico, se ele for bem sucedido. E isto se aplica: o Grêmio, com mais confiança, poderá amenizar esta desconfiança inicial e ir para Montevidéu com moral - e qualquer ponto fora de casa nesta chave difícil será valioso. Vencer o Gre-Nal pode ser a arrancada para um ano vitorioso. Para o Inter, como dissemos, abre um caminho de tranquilidade até abril, algo não tão significativo assim.
Tudo isso, claro, é de importância simbólica. Não necessariamente significa que o vencedor terá uma temporada coberta de louros e o derrotado está condenado ao fracasso. A história até prova o contrário: o Grêmio perdeu os primeiros Gre-Nais que disputou nos dois anos mais gloriosos de sua história, 1983 e 1995. O Inter perdeu um Gauchão para o rival no começo de seu histórico 2006. Às vezes, o clássico também ajuda o perdedor a lamber suas ferias e descobrir caminhos para o sucesso. Um grupo realmente vencedor sabe usar até um fracasso em Gre-Nal como lição e estímulo. Que Enderson ou Abelão demonstrem esta sabedoria, caso saiam derrotados.
E quem chega melhor?
Difícil dizer. Falar que é o Inter, pelos 100% de aproveitamento, é falácia: o time titular, que jogará o Gre-Nal, colaborou com apenas 3 dos 18 pontos desta campanha. O resto foram as equipes reserva e sub-23 que conquistaram, e o grupo deste ano é até inferior em termos de opções ao do fracassado em 2013. O Grêmio parece chegar com mais possibilidades: joga em casa, tem mais ritmo de jogo (disputou três jogos no ano, contra um do rival) e mantém uma base desde o ano passado. É um time que se conhece melhor, e que tem bons resultados há dois anos. Mas não convence pelo futebol que apresenta.
Quem será o títular?
Fred está lesionado, mas desta vez o Fluminense está bem servido de centroavante. Walter, em sua estreia, já ajudou o time a golear o Flamengo no clássico por 3 a 0, marcando um dos gols da partida. A briga pela 9 do Tricolor será ótima, isso se ambos não jogarem juntos. E o Flamengo viveu uma noite que os gremistas esperam não ocorrer hoje: derrota em clássico antes de jogar pela Libertadores. Goleada, então, esculhamba a casa.
E nada de Luisito
O Chelsea assumiu a liderança do Campeonato Inglês ao fazer 3 a 0 no Newcastle, mas o destaque da rodada foi a supergoleada de 5 a 1 do Liverpool sobre o Arsenal. Em 20 minutos, o placar de Anfield marcava 4 a 0. O resultado aproxima o Liverpool dos líderes: a distância até o Chelsea é de 6 pontinhos. E Suárez nem marcou gols ontem.
Em tempo:
- Bra-Pel televisionado para todo o estado. Bela homenagem para o maior clássico do interior, que volta ao Gauchão 16 anos depois.
Para este domingo, a resposta para a pergunta-que-realmente-importa é clara: o Grêmio é quem tem mais a perder. O Gre-Nal não poderia vir em pior hora: num momento de tentativa de afirmação da mecânica de jogo da equipe, e apenas quatro dias antes da dura estreia na Libertadores, em Montevidéu, contra o Nacional. Uma derrota hoje na Arena escancarará um clima de desconfiança que a torcida tricolor já nutre desde que Enderson Moreira foi contratado e reforços de mais categoria não vieram. Uma desesperança quanto ao futuro deste time que somente uma grande partida no Parque Central seria capaz de acalmar. E uma falta de confiança que pode até mesmo prejudicar o começo da caminhada no torneio continental. Dureza.
Para o Inter, por outro lado, o clássico cai bem. É verdade que ele poderia vir um pouco mais tarde, com o time já tendo disputado mais partidas, e não apenas uma, como agora. No entanto, em caso de derrota, se poderá fazer um diagnóstico bem cedo, no começo de fevereiro, sobre os reais problemas que este time apresenta. O Grêmio é o único adversário realmente forte que o Colorado enfrentará até a estreia no Brasileirão, em 20 de abril. Este é o jogo que deverá balizar as avaliações até lá. E, se vier vitória, a confiança para tocar o trabalho crescerá. Será possível realizar este momento inicial da temporada com maior tranquilidade.
O que a pergunta mais importante esconde é que, normalmente, quem tem mais a perder também é quem tem mais a ganhar com o clássico, se ele for bem sucedido. E isto se aplica: o Grêmio, com mais confiança, poderá amenizar esta desconfiança inicial e ir para Montevidéu com moral - e qualquer ponto fora de casa nesta chave difícil será valioso. Vencer o Gre-Nal pode ser a arrancada para um ano vitorioso. Para o Inter, como dissemos, abre um caminho de tranquilidade até abril, algo não tão significativo assim.
Tudo isso, claro, é de importância simbólica. Não necessariamente significa que o vencedor terá uma temporada coberta de louros e o derrotado está condenado ao fracasso. A história até prova o contrário: o Grêmio perdeu os primeiros Gre-Nais que disputou nos dois anos mais gloriosos de sua história, 1983 e 1995. O Inter perdeu um Gauchão para o rival no começo de seu histórico 2006. Às vezes, o clássico também ajuda o perdedor a lamber suas ferias e descobrir caminhos para o sucesso. Um grupo realmente vencedor sabe usar até um fracasso em Gre-Nal como lição e estímulo. Que Enderson ou Abelão demonstrem esta sabedoria, caso saiam derrotados.
E quem chega melhor?
Difícil dizer. Falar que é o Inter, pelos 100% de aproveitamento, é falácia: o time titular, que jogará o Gre-Nal, colaborou com apenas 3 dos 18 pontos desta campanha. O resto foram as equipes reserva e sub-23 que conquistaram, e o grupo deste ano é até inferior em termos de opções ao do fracassado em 2013. O Grêmio parece chegar com mais possibilidades: joga em casa, tem mais ritmo de jogo (disputou três jogos no ano, contra um do rival) e mantém uma base desde o ano passado. É um time que se conhece melhor, e que tem bons resultados há dois anos. Mas não convence pelo futebol que apresenta.
Quem será o títular?
Fred está lesionado, mas desta vez o Fluminense está bem servido de centroavante. Walter, em sua estreia, já ajudou o time a golear o Flamengo no clássico por 3 a 0, marcando um dos gols da partida. A briga pela 9 do Tricolor será ótima, isso se ambos não jogarem juntos. E o Flamengo viveu uma noite que os gremistas esperam não ocorrer hoje: derrota em clássico antes de jogar pela Libertadores. Goleada, então, esculhamba a casa.
E nada de Luisito
O Chelsea assumiu a liderança do Campeonato Inglês ao fazer 3 a 0 no Newcastle, mas o destaque da rodada foi a supergoleada de 5 a 1 do Liverpool sobre o Arsenal. Em 20 minutos, o placar de Anfield marcava 4 a 0. O resultado aproxima o Liverpool dos líderes: a distância até o Chelsea é de 6 pontinhos. E Suárez nem marcou gols ontem.
Em tempo:
- Bra-Pel televisionado para todo o estado. Bela homenagem para o maior clássico do interior, que volta ao Gauchão 16 anos depois.
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