Os três nomes da vitória



O nível de comemoração do sub-23 gremista após os 2 a 1 sobre o Lajeadense deixam claro que a gurizada estava precisando de um resultado positivo, depois da má campanha no Gauchão do ano passado e da derrota para o São José na estreia. Ele veio sem um grande futebol coletivo, demonstrando que este time B do Grêmio ainda é imaturo, não só pela idade, mas taticamente também. Mas algumas individualidades ajudaram a garantir os três pontos.

A primeira delas é o lateral esquerdo Breno, que já havia sido um dos que salvaram no jogo do Passo d'Areia. Apoia fácil, tem drible vertical e qualidade na construção de jogadas. Dele surgiu o primeiro gol, de Everton, que teve boa atuação, mas não foi o melhor do ataque. Este pequeno título coube a Luan, que jogou na Arena bem mais que contra o Zequinha, criando belas jogadas com visão de jogo e vitória pessoal. No segundo tempo, entrou o terceiro destaque: Leandro Canhoto, que fez o gol de pênalti que definiu a partida - pênalti este sofrido por Luan, em jogada criada pelo próprio Canhoto.

Ainda assim houve problemas, e eles se concentram principalmente na defesa. O goleiro Follmann, por exemplo, não passa nenhuma segurança nas saídas de bola. Parece tímido com as bolas alçadas na área, um pecado mortal para qualquer goleiro, que deve ser sempre protagonista neste tipo de lance. Canavesio não havia ido bem na estreia, mas Cleylton não melhorou muito a zaga. Ele e Thyere viram o zagueiro Gabriel Atz, do Lajeadense, ganhar simplesmente cinco vezes pelo alto em cobranças de escanteios. Numa delas, aos 32 do segundo tempo, a bola entrou e veio o empate que quase arruinou a noite. Este gol era pedra cantada desde a etapa inicial.

Falando no Lajeadense, fiquei bem decepcionado com a atuação da equipe alviazul, que veio de três bons estaduais de 2011 para cá. Talvez por ser começo de ano, o time se deixou dominar pela gurizada gremista em boa parte do primeiro tempo e, no segundo, até foi melhor e criou chances para empatar, mas sempre em bolas alçadas para a área, quase nada em jogadas trabalhadas. Faltou imaginação para chegar ao gol do Grêmio, ambição para buscar a virada (o Tricolor tonteou após sofrer o empate) e segurança para não tomar o segundo gol. A facilidade com que Canhoto e Luan envolveram a zaga no lance do pênalti que originou o 2 a 1 foi grande.

Em tempo:
- Apenas 5.029 torcedores viram o jogo desta quinta, com time sub-23 e calorão insuportável mesmo às 19:30. É o menor público da curta história da Arena do Grêmio até agora.

Uma Colômbia menor
O argentino José Pekerman faz um excelente trabalho à frente da Colômbia, mas o time perderá muito sem Falcao García, seu grande diferencial técnico, na Copa do Mundo. O artilheiro mantém as esperanças de jogar o Mundial, mas mesmo que consiga dificilmente chegará ao Brasil em condições normais. Estes próximos cinco meses serão recheados de notícias assim: um craque se machuca por seu clube e desfalcará sua seleção na Copa. E lamentaremos, como neste caso de Falcao.

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