Gre-Nal das indefinições

O Gre-Nal deste domingo é cheio de indefinições, e não apenas em relação ao número de ingressos que cada torcida receberá, mas dentro de campo. Clemer e Renato contam com voltas importantes aos seus times titulares, mas também algumas perdas, que indefinem completamente as escalações e esquemas táticos de ambos os lados. Aqui, tentamos analisar algumas das alternativas dos treinadores de Inter e Grêmio para o clássico deste domingo. Somente trazemos possibilidades já utilizadas por eles em outras partidas desta temporada, para que as alternativas não se transformem em infinitas.

INTERNACIONAL
Alternativa 1: time aberto
D'Alessandro e Leandro Damião são titulares absolutos de Clemer, e dificilmente deixarão a equipe. Como Otávio tem tido bom rendimento e Forlán da seleção uruguaia voltou realizando bons treinos, esta escalação é possível. Trata-se de um time mais aberto, disposto a atacar, mas que provocaria uma pequena mudança no posicionamento de Otávio: ele costuma atuar mais pela direita, e teria que se deslocar para o lado oposto, já que Forlán preferencialmente joga pela ala destra. É um 4-4-2 com jeitão de 4-3-3 quando o time tem a bola.
Alternativa 2: mais consistência defensiva
É minha aposta de time do Inter para este Gre-Nal. A única mudança em relação ao time exposto na alternativa 1 é a saída de Forlán para a entrada de Jorge Henrique. O uruguaio há algum tempo não atua, Clemer já o colocou na reserva e Jorge Henrique daria maior poder de combatividade ao meio. Contra um Grêmio seguramente forte neste setor, seria interessante. Por outro lado, deixaria o time franzino demais.
Alternativa 3: Scocco e Otávio
Após seu primeiro jogo como técnico do Inter, contra o Fluminense, Clemer declarou que Scocco era um titular do seu time ideal. Portanto, não dá para descartarmos a presença do argentino no clássico. Neste caso, o Internacional jogaria num 4-2-3-1, com Otávio e o argentino entrando na área e batendo de fora, o que daria maior poder de fogo. No entanto, vejo esta possibilidade mais como uma alternativa para segundo tempo do que para primeiro.
Alternativa 4: a surpresa chamada Alex
Alex corre por fora na briga por titularidade, mas é um jogador de pé esquerdo e bons chutes de longe (alternativa valiosa contra defesas fortes). Pode pintar no meio, sim. Ao lado de Otávio ou de Jorge Henrique. Só ele e D'Alessandro, com dois atacantes, é improvável. Deixaria o time vulnerável na marcação à saída de bola adversária.
Alternativa 5: losango e dois atacantes
Possibilidade que retiraria Otávio da equipe. João Afonso faria o limpa-trilhos, Willians e Jorge Henrique comporiam a segunda linha do meio, no vaivém, D'Alessandro trabalharia na criação e o time teria dois atacantes, que podem Forlán ou Scocco ao lado de Damião. Como esta formação não obteve bons resultados, é uma chance mais remota.
GRÊMIO
Alternativa 1: 3-5-2 com três volantes
Se Rhodolfo está lesionado, Saimon entra em seu lugar. Assim, o Grêmio manteria o seu tradicional 3-5-2 com três volantes, esquema mais bem sucedido da equipe fora de casa em 2013.
Alternativa 2: 4-3-3
Com Vargas retornando da seleção chilena e Kleber voltando de suspensão, Renato pode implantar o 4-3-3, outra formação que trouxe resultados longe da Arena (em três jogos fora na mesma semana, o Grêmio não sofreu gols jogando assim). Neste caso, Vargas entraria no lugar do lesionado Rhodolfo, e o resto da equipe permaneceria idêntico. Porém, com os alas menos projetados, daria para explorar menos as costas dos laterais do Inter, que andam falhando bastante na marcação - especialmente Gabriel.
Alternativa 3: Maxi Rodríguez na criação
Contra o Corinthians, Renato mudou a história do jogo retirando um zagueiro e apostando na criatividade do uruguaio Maxi Rodríguez. É uma possibilidade que não pode ser descartada, embora costume ser mais utilizada em jogos fora de casa. Com Maxi, um estrangeiro teria que deixar o time. Vargas é o primeiro da lista, Riveros é o segundo.
Alternativa 4: Riveros sobra, parte I
Se Renato optar pela não utilização de Riveros devido ao excesso de estrangeiros, há duas alternativas. A primeira é a entrada de Adriano na vaga de Souza, e Souza na do paraguaio, formando o time no 3-5-2. Esta composição não tem muitas chances de ocorrer, já que Vargas e Maxi Rodríguez, neste caso, seriam reservas. Dificilmente Renato abrirá mão de um estrangeiro para colocar outros dois no banco.
Alternativa 5: Riveros sobra, parte II
A outra formação sem Riveros é o 4-3-3, com Vargas e Barcos em campo, Adriano começando o meio e Maxi Rodríguez no banco. Também é improvável, visto que deixaria um estrangeiro entre os reservas. Mas tanto esta quanto a alternativa 4 permitem um meio com Adriano, um volante com saída de jogo pouco qualificada, mas muito marcador, que poderia colar em D'Alessandro.

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