Noite para superação

Talvez esse discurso já esteja cansando os jogadores do Internacional, afinal, Dunga deve repeti-lo semanalmente. No entanto, hoje é mesmo uma noite para o Colorado mostrar superação. Só com muita concentração, esforço e sabedoria a equipe conseguirá obter um resultado interessante diante da grande surpresa do futebol brasileiro de 2013, que é este Atlético-PR de Vagner Mancini. Superação que o Inter, por sinal, tem demonstrado contra equipes de ponta - os fracassos maiores vêm contra times piores que ele próprio.

Qualquer vantagem em um mata-mata equilibrado como o que este promete ser é boa. Por isso, não acho que seja ruim o Inter ganhar tomando gols, por exemplo. Na Copa do Brasil, existe uma neura de não tomar gol em casa que muitas vezes prejudica aquele que deve ser o principal objetivo de qualquer mandante, que é buscar a vitória em seus domínios. A ponto de muita gente se iludir que ganhar em casa de 2 a 1 é pior que empatar em 0 a 0, um absurdo.

Mesmo assim, no caso de hoje, seria importante Dunga pensar o time de trás para frente. Não só para tentar ganhar sem tomar gols, mas principalmente para evitar perder. Este Inter de 2013, que leva gols demais, embora também os faça, tem tudo para ser vazado hoje pelo bem armado e equilibrado Furacão, um time que ataca e se defende em bloco, como manda o futebol moderno. Uma equipe pouco compactada, que se defende mal e sobrevive de individualidades na frente, caso do Colorado, corre sérios riscos, seja em casa ou fora.

Por isso, é importante proteger-se mais, não se atirar para cima, mesmo que o ataque seja o que o Inter tem de melhor. E por isso que não gosto da escalação que foi treinada e deve ser utilizada hoje à noite. Willians e Josimar são volantes que não protegem a defesa. Saem demais, não guardam posição, e tendem a abrir espaços valiosos a serem aproveitados por Paulo Baier, Marcelo, Everton e Ederson. Ygor seria uma figura mais fixa, centralizada, o cão de guarda de que o time tanto precisa.

Também não gosto de Jorge Henrique atuando tão recuado, onde ele perde seu potencial ofensivo. Seria melhor uma segunda linha do meio com Josimar e Fabrício, este último notadamente um melhor meio-campista que lateral, até por ser mais robusto fisicamente. O time ganharia em equilíbrio e força física assim. Não terá nada disso, e provavelmente dependerá de mais uma jornada iluminada de D'Alessandro para sair com a vitória.

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