Vira o disco!
Já está repetitivo comentar jogos do Internacional. Tudo o que se viu nos últimos seis jogos da equipe no Campeonato Brasileiro se repetiu ontem, por mais que as circunstâncias fossem totalmente diferentes: era jogo da Copa do Brasil, contra um adversário da quarta divisão nacional, com vários jogadores diferentes na equipe titular. Ainda assim o Inter marcou gols, sofreu gols (tudo no plural), mostrou capacidade de reação (fez o segundo gol logo após sofrer o empate), teve problemas na bola aérea e saiu... com mais um empate.
A melhor coisa que o Inter tirou desta viagem a Salgueiro foi descansar alguns titulares veteranos em Porto Alegre. Manter D'Alessandro, Forlán, Juan e Kleber em Porto Alegre, deixando-os novos em folha para o jogo contra o Coritiba, bem mais importante para o time do que um cumprimento de tabela no sertão nordestino, foi um acerto. Outros pontos positivos (e novos) foram o primeiro gol de Alex em seu retorno e a grande defesa de Alisson no pênalti: a cobrança não foi ruim, foi rasteira, no canto, com certa força, mas o goleiro colorado saiu antes e, com uma mão, fez grande defesa. Mas ainda é cedo para dizer que ele é superior a Muriel, mesmo que este venha falhando demais.
Certo, mesmo, é que o Inter precisa evoluir, e muito, para superar o Atlético Paranaense na próxima fase. Tivemos uma mostra do que pode ser este confronto há 20 dias: um suadíssimo empate em 2 a 2 no Vale, jogo que o Colorado não perdeu por pouco. Ainda assim, dentro de casa, é um resultado ruim dentro da Copa do Brasil. Mas apontar o Furacão como favorito é exagero: por mais que o Atlético venha em momento melhor que o Inter, é o time gaúcho que possui mais jogadores capazes de decidir um jogo na base da qualidade. E outro detalhe: falta um mês para o jogo de ida. Até lá, o Atlético poderá ter diminuído seu incrível ritmo atual e Dunga poderá ter corrigido seu cada vez mais falho sistema defensivo, embora nenhuma dessas duas hipóteses pareça perto de ocorrer hoje.
Muito equilíbrio
As quartas de final da Copa do Brasil devem ocorrer nos dias 25 de setembro e 23 de outubro. Há um mês para o próximo jogo, e um mês entre o jogo de ida e o de volta, ou seja: muita coisa pode mudar nesse caminho. Ainda assim, é impossível não considerarmos o grande equilíbrio que a próxima fase nos reserva. Além de Inter x Atlético Paranaense, que comentamos acima, nenhum jogo tem favorito destacado.
Corinthians x Grêmio é o duelo mais chamativo. O Timão ainda tem o melhor grupo do país, é um time que quase não sofre gols e é muito sólido. Mas o Grêmio também tem um dos melhores elencos brasileiros, e evolui nas mãos de Renato. Como estarão esses dois times daqui a um mês no Brasileiro? É outra variável que pode influenciar. A tendência é que ambos estejam disputando a liderança, mas para o Grêmio é mais importante ganhar a Copa do Brasil do que para o Corinthians, dada a sede do Tricolor por grandes títulos. Impossível apontar favoritismo.
Em Vasco x Goiás, temos o time goiano hoje jogando um futebol levemente superior, mas o equilíbrio técnico entre as equipes é muito grande também - assim como em Corinthians x Grêmio, mas em um nível mais baixo. E o outro confronto é um clássico: Botafogo x Flamengo. Hoje, o Fogão é superior. Mas não terá Vitinho daqui para a frente. Fora o fator clássico.
Nesse equilíbrio todo, o que parece certo é que o lado em que a Dupla Gre-Nal está da chave é mais forte e complicado. Mas era isso, a volta de grandes jogos, que todos queriam com o retorno dos melhores times do país à Copa do Brasil, certo?
Liga dos Campeões
Alguns jogaços estão previstos para a fase de grupos, que começa em três semanas. Mesmo assim, a maioria das chaves apresenta forças equilibradas, normalmente com um favorito mais claro, uma segunda força razoavelmente definida e dois outros clubes que brigam pela vaga na Liga Europa ou, com sorte, pegar a vice-liderança.
Barcelona e Milan, mais uma vez, caíram na mesma chave - junto com Ajax e Celtic, formam o grupo mais equilibrado de todos. Outro enfrentamento interessante será o de Arsenal, Borussia Dortmund, Napoli e Olympique, este sim o verdadeiro grupo da morte. De resto, alguns grandes jogos previstos: Real Madrid x Juventus e Bayern x Manchester City são os melhores. Quem deu sorte mesmo foi o Paris Saint-Germain, que não deve ter problemas para passar por Benfica, Anderlecht e Olympiacos.
Comentários
Só eu acho isso completamente nonsense?