Mais dureza

O Grêmio acaba de vir de uma sequência de cinco jogos contra adversários que têm se mostrado diretos na tabela. Diante de Corinthians, Internacional, Coritiba, Bahia e Cruzeiro, foram 7 pontos conquistados em 15, menos de 50%, e com três destes cinco confrontos na Arena. O aproveitamento não foi dos melhores, mas as últimas duas vitórias foram importantes e reanimaram o Tricolor. O tão comemorado 4º lugar só foi possível porque, enfim, todos os rivais tropeçaram também.

Agora, abre-se uma nova série de jogos bem dura. Serão três jogos fora de casa, um deles pela Copa do Brasil, quarta que vem, diante do Santos. Hoje é o Vasco, sábado que vem tem o Flamengo, em Brasília. Isso sem falar na volta diante do Santos, em Porto Alegre. Aí sim, uma sequência um pouco mais amena, para fechar o turno, com Ponte Preta, Goiás e Portuguesa. Ainda assim, sequências amenas precisam ser de pontuação alta. Ou seja: para aproveitá-las, nem assim se tem refresco. É o primeiro turno mais equilibrado da história dos pontos corridos - imaginem o segundo!

Considerado candidato ao rebaixamento antes do campeonato começar, o Vasco hoje vive realidade diferente. Dorival Júnior acertou o time, repetiu escalações e adquiriu soluções a partir disso. Há muitos problemas (Guiñazu, Bernardo e Sandro Silva não jogam), mas também há um trio qualificado de Juninho, Éder Luís e André na frente. E há São Januário, onde o Grêmio não vence há simplesmente 20 anos. Não que seja uma obrigação ganhar: três pontos seriam excelentes, mas um empate já é aceitável, ao menos antes de conhecermos as circunstâncias que a partida vai oferecer.

Renato, por sua vez, começa a repetir um esquema. Sai Bressan, suspenso, entra Gabriel. Volta Riveros, um jogador fundamental no 3-5-2, pois sabe fazer dupla função de volante e meia, sai Ramiro, que será mais um dos tantos 12º titulares que têm este time. Ainda sem Elano, Zé Roberto e Vargas à disposição, o Grêmio entra em campo com uma formação que tem trazido resultados, embora o esquema que tenha ganhado o jogo de quarta-feira tenha sido o 4-4-2, com Guilherme Biteco no meio ao lado de Maxi Rodríguez. A melhor formação para jogar hoje seria esta que terminou a partida diante do Cruzeiro. Até porque será esta quando Elano e Zé Roberto estiverem de volta.

Vale G-4
Cruzeiro e Vitória fazem o jogo mais interessante do sábado, mais que o de São Januário, no Mineirão. Os desfalques estão por todos os lados, nos dois times, e em todos os setores. Com apenas um ponto obtido nas últimas duas rodadas, a Raposa precisa vencer, e a tendência é essa: além de ser muito forte no Mineirão, o Cruzeiro enfrenta um adversário que não conseguiu ganhar nenhuma fora, e está com uma das piores campanhas como visitante. Ao time baiano, um empate seria valioso. Na Arena Pernambuco jogam o desesperado Náutico e o titubeante Fluminense de Vanderlei Luxemburgo, também às 18:30. Só Vasco x Grêmio é no obsceno horário das 21:00.

O jogão de Chapecó
O melhor jogo da 16ª rodada da Série B ocorre na Arena Condá, entre a vice-líder Chapecoense e o Paraná, quarto colocado. Ontem, o Sport fez 3 a 2 no Atlético Goianiense e fixou-se de vez no G-4, em 3º, com 30. O líder Palmeiras pode alcançar a marca dos 40 pontos se derrotar o Paysandu, no Pacaembu.

Séries C e D
Jogo importante na caminhada do Caxias hoje à tarde. Vice-líder do Grupo B, com 18 pontos, o time grená visita o Macaé, 4º colocado, com 15. É a abertura do returno. Amanhã, pela Série D, o Juventude visita o Marcílio Dias e o Lajeadense precisa ganhar em casa do Metropolitano.

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