A dureza do desafio de Assunção
Sai Bernard, suspenso, entra Luan. O Atlético-MG muda em nomes para a primeira partida da final da Libertadores, hoje à noite, mas não em característica, que é a velocidade. E ela será necessária. Afinal, o time paraguaio naturalmente tentará tomar a iniciativa do jogo no Defensores del Chaco, para abrir uma vantagem que lhe assegure atuar resguardado no Mineirão - quando Bernard estará de volta, é bom lembrar.
O jogo de hoje é complicadíssimo para o Galo, e embora externamente haja um sentimento de que o pior já passou após a equipe eliminar o Newell's Old Boys, duvido que o grupo de Cuca pense assim. A América inteira conhece a força do Olímpia. Em casa, nesta Libertadores, a equipe paraguaia só não venceu, curiosamente, o time mais fraco que enfrentou: o Deportivo Lara, ainda na fase de grupos. Newell's e Universidad de Chile foram goleados. O time de Ever Hugo Almeida marcou 15 gols em 6 partidas em Assunção, média de 2,5 por jogo. O poder de fogo é inegável jogando como mandante, e o Atlético-MG, sabemos, é um time leva gols quase sempre. Como visitante, foram 10 em 6 jogos, 1,7 por partida. É bom entrar com respeito.
A partida contra o Newell's, em Rosário, deu pistas a Cuca de o que fazer e o que não fazer. Lá, seu time quase não teve contra-ataques. Hoje, é questão de sobrevivência tê-los, para que a equipe possua um escape e não precise novamente buscar uma epopeia em Belo Horizonte. Bernard fará falta por isso também: além de ser exímio nas jogadas em velocidades, ele muitas vezes assume o papel de armador, ao lado de Ronaldinho, algo que Luan não consegue dar. Anular Ronaldinho é secar uma fonte geradora de 60% dos gols do Galo nesta Libertadores. O Olímpia não tem um grande sistema defensivo, mas deve atuar adiantado, e com jogadores suficientes atrás para neutralizar esta jogada. Se ele for a única saída do time mineiro, a coisa complica. Diego Tardelli, Luan, Marcos Rocha e Jô precisarão se movimentar bastante para causar problemas aos paraguaios.
É o começo da grande final, que durará 180 minutos e não terá saldo qualificado. Resultado bom hoje não garante nada. Em 2009, o Cruzeiro saiu com esta sensação de La Plata e foi surpreendido pelo Estudiantes no Mineirão. O Olímpia tem tradição de buscar resultados improváveis fora de casa, especialmente contra brasileiros. O Galo é tecnicamente melhor, mas a parada é duríssima. Ninguém chega à final da Libertadores por acaso.
Em tempo:
- O Defensores del Chaco não tem capacidade para 40 mil pessoas, mas será usado na final. O Independência também não, mas não poderá ser usado. O regulamento vale para uns e não para outros. Na verdade, é um exagero da Conmebol exigir 40 mil lugares para a final. 30 mil já estaria de ótimo tamanho. O Independência, ainda assim, ficaria de fora, mas a Arena da Baixada, um dos estádios modernos do continente em 2005, não pôde, forçando o Atlético-PR a enfrentar o São Paulo, naquela ocasião, no neutro e gelado Beira-Rio.
O jogo de hoje é complicadíssimo para o Galo, e embora externamente haja um sentimento de que o pior já passou após a equipe eliminar o Newell's Old Boys, duvido que o grupo de Cuca pense assim. A América inteira conhece a força do Olímpia. Em casa, nesta Libertadores, a equipe paraguaia só não venceu, curiosamente, o time mais fraco que enfrentou: o Deportivo Lara, ainda na fase de grupos. Newell's e Universidad de Chile foram goleados. O time de Ever Hugo Almeida marcou 15 gols em 6 partidas em Assunção, média de 2,5 por jogo. O poder de fogo é inegável jogando como mandante, e o Atlético-MG, sabemos, é um time leva gols quase sempre. Como visitante, foram 10 em 6 jogos, 1,7 por partida. É bom entrar com respeito.
A partida contra o Newell's, em Rosário, deu pistas a Cuca de o que fazer e o que não fazer. Lá, seu time quase não teve contra-ataques. Hoje, é questão de sobrevivência tê-los, para que a equipe possua um escape e não precise novamente buscar uma epopeia em Belo Horizonte. Bernard fará falta por isso também: além de ser exímio nas jogadas em velocidades, ele muitas vezes assume o papel de armador, ao lado de Ronaldinho, algo que Luan não consegue dar. Anular Ronaldinho é secar uma fonte geradora de 60% dos gols do Galo nesta Libertadores. O Olímpia não tem um grande sistema defensivo, mas deve atuar adiantado, e com jogadores suficientes atrás para neutralizar esta jogada. Se ele for a única saída do time mineiro, a coisa complica. Diego Tardelli, Luan, Marcos Rocha e Jô precisarão se movimentar bastante para causar problemas aos paraguaios.
É o começo da grande final, que durará 180 minutos e não terá saldo qualificado. Resultado bom hoje não garante nada. Em 2009, o Cruzeiro saiu com esta sensação de La Plata e foi surpreendido pelo Estudiantes no Mineirão. O Olímpia tem tradição de buscar resultados improváveis fora de casa, especialmente contra brasileiros. O Galo é tecnicamente melhor, mas a parada é duríssima. Ninguém chega à final da Libertadores por acaso.
Em tempo:
- O Defensores del Chaco não tem capacidade para 40 mil pessoas, mas será usado na final. O Independência também não, mas não poderá ser usado. O regulamento vale para uns e não para outros. Na verdade, é um exagero da Conmebol exigir 40 mil lugares para a final. 30 mil já estaria de ótimo tamanho. O Independência, ainda assim, ficaria de fora, mas a Arena da Baixada, um dos estádios modernos do continente em 2005, não pôde, forçando o Atlético-PR a enfrentar o São Paulo, naquela ocasião, no neutro e gelado Beira-Rio.
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