Duvidar sim, condenar não
Eu não duvido do jogador Adriano. Aliás, tenho certeza: é craque. Ou foi craque. O tempo verbal é a grande dúvida. Porque o profissional Adriano é a dúvida - uma dúvida tão grande que é quase uma certeza de que não dará certo.
Não condeno o Internacional por tentar o Imperador. Conseguindo reabilitá-lo, terá no elenco o melhor centroavante do Brasil (e dois dos cinco melhores, talvez, se Leandro Damião ficar). Dunga já demonstrou vontade em tentar recuperá-lo. Talvez seja este o seu grande projeto no Inter, caso o Imperador assine mesmo com o Colorado. Algo como um dia, no futuro, a gente lembrar da passagem de Dunga como técnico no Beira-Rio pela reabilitação de Adriano.
Ao mesmo tempo em que não condeno, duvido demais que a empreitada dará certo. Adriano já teve diversas chances de se reabilitar, e não aproveitou nenhuma delas. Não porque não quisesse, mas porque o alcoolismo, esta terrível doença confundida às vezes com sem-vergonhice, não deixou. "Faltou força de vontade", argumentarão alguns, com boa dose de razão até. Eu diria que talvez tenha faltado estrutura para que uma pessoa com tantos problemas pessoais pudesse superar esta doença.
O que não dá é apostar alto que Adriano vá dar resposta, e não digo imediata, mas em 2013 mesmo - e aí talvez nem valha à pena esperar 2014, dependendo dos esforços. Ele precisará passar por um longo recondicionamento, depois ganhar ritmo de jogo, e só daí voltar a atuar. É um caminho tortuoso, que, sinceramente, duvido que ele consiga superar. Torço muito pelo ser humano Adriano, mas ao mesmo a instituição Internacional precisa pensar em um contrato de risco, sem altos valores ou longos vínculos. Dunga precisa pensar seu time sem Adriano, como se não contasse com ele, porque provavelmente não vai contar mesmo. O que vier é lucro.
Goleada de 1 a 6
O gol do Taiti foi tão comemorado pelo Mineirão como talvez se o Brasil marcasse. A festa dos jogadores com a façanha que foi balançar as redes da Nigéria foi emocionante, daquelas coisas que só o futebol é capaz de nos proporcionar. Já valeu a vinda deles para cá, seguramente.
O jogo em si foi bem dentro do esperado. A Nigéria, desgastada por chegar na véspera do jogo ao Brasil e cheia de problemas internas, enfiou 6 a 1 com muita facilidade. Abriu saldo de gols, algo que o Uruguai deverá fazer no próximo domingo, para aí sim decidir a vaga contra os nigerianos podendo, quem sabe, até empatar. Não duvido de uma vitória ainda mais elástica da Celeste, ainda mais que o grande objetivo taitiano, que era marcar um gol, já foi cumprido.
Não condeno o Internacional por tentar o Imperador. Conseguindo reabilitá-lo, terá no elenco o melhor centroavante do Brasil (e dois dos cinco melhores, talvez, se Leandro Damião ficar). Dunga já demonstrou vontade em tentar recuperá-lo. Talvez seja este o seu grande projeto no Inter, caso o Imperador assine mesmo com o Colorado. Algo como um dia, no futuro, a gente lembrar da passagem de Dunga como técnico no Beira-Rio pela reabilitação de Adriano.
Ao mesmo tempo em que não condeno, duvido demais que a empreitada dará certo. Adriano já teve diversas chances de se reabilitar, e não aproveitou nenhuma delas. Não porque não quisesse, mas porque o alcoolismo, esta terrível doença confundida às vezes com sem-vergonhice, não deixou. "Faltou força de vontade", argumentarão alguns, com boa dose de razão até. Eu diria que talvez tenha faltado estrutura para que uma pessoa com tantos problemas pessoais pudesse superar esta doença.
O que não dá é apostar alto que Adriano vá dar resposta, e não digo imediata, mas em 2013 mesmo - e aí talvez nem valha à pena esperar 2014, dependendo dos esforços. Ele precisará passar por um longo recondicionamento, depois ganhar ritmo de jogo, e só daí voltar a atuar. É um caminho tortuoso, que, sinceramente, duvido que ele consiga superar. Torço muito pelo ser humano Adriano, mas ao mesmo a instituição Internacional precisa pensar em um contrato de risco, sem altos valores ou longos vínculos. Dunga precisa pensar seu time sem Adriano, como se não contasse com ele, porque provavelmente não vai contar mesmo. O que vier é lucro.
Goleada de 1 a 6
O gol do Taiti foi tão comemorado pelo Mineirão como talvez se o Brasil marcasse. A festa dos jogadores com a façanha que foi balançar as redes da Nigéria foi emocionante, daquelas coisas que só o futebol é capaz de nos proporcionar. Já valeu a vinda deles para cá, seguramente.
O jogo em si foi bem dentro do esperado. A Nigéria, desgastada por chegar na véspera do jogo ao Brasil e cheia de problemas internas, enfiou 6 a 1 com muita facilidade. Abriu saldo de gols, algo que o Uruguai deverá fazer no próximo domingo, para aí sim decidir a vaga contra os nigerianos podendo, quem sabe, até empatar. Não duvido de uma vitória ainda mais elástica da Celeste, ainda mais que o grande objetivo taitiano, que era marcar um gol, já foi cumprido.
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