Fim da sequência invicta

O Veranópolis era um teste forte que o Internacional de Dunga tinha pela frente. Uma equipe ascendente, mas que ainda corria riscos - ou seja, precisava da vitória. E foi com muita raça que o VEC conseguiu esta vitória tão importante, que lhe dá a classificação antecipada aos mata-matas mas, mais do que isso, evitou o rebaixamento de um clube que disputa o Gauchão há 20 anos seguidos. Na Terra da Longevidade, o Inter perde seus 12 jogos de invencibilidade no ano.

Neste teste, o Inter não passou. Novamente, assim como no Acre, a equipe não teve bom desempenho. Rafael Moura não substituiu Leandro Damião à altura mais uma vez. O Colorado, no primeiro tempo, quase não levou perigo. Criava pouco (Dátolo esteve mal novamente) e dava espaços que o time da casa por pouco não aproveitou para ampliar. No segundo, o panorama não mudou de forma significativa. O Veranópolis teve menos chegadas, trouxe o Inter para o seu campo, mas suportou bem a pressão. Fred entrou mal, e nem a entrada de Caio melhorou o Colorado: só a expulsão infantil de Itaqui, aos 36 minutos, é que propiciou ao time da capital uma pressão realmente forte no fim do jogo. De bom, apenas a atuação segura do zagueiro Alan.

Oscilações são normais para times em em formação, e o Inter até tem oscilado pouco, apresenta uma relativa regularidade de desempenho. Não fez nenhum jogo espetacular em 2013, mas nenhum jogo horroroso também. No entanto, é a segunda partida fraca da equipe em sequência. Mas tropeços são normais: ganhando do Juventude, o time termina na liderança do grupo e deve manter as vantagens para as fases posteriores. O que não estava nos planos, definitivamente, era esta aproximação do Grêmio na tabela deste segundo turno, o que pode levar um Gre-Nal para a Arena. A vantagem para o rival, que era de 3 pontos, é de apenas um gol de saldo agora.

Outro problema que Dunga terá que administrar é o temperamento de D'Alessandro. Já é o segundo jogo seguido onde o argentino é provocado e por pouco não foi às vias de fato com um adversário novamente, não fosse o árbitro salvá-lo do quebra-pau. Para um time que se mostra extremamente de seu camisa 10, perdê-lo por expulsão é complicado. Para jogos difíceis, quase trágico.

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