Preteou o olho da gateada



Um empate já complicaria a situação do São Paulo na Libertadores. Afinal, a equipe terá que visitar o razoável Strongest na altitude de La Paz para depois receber o Atlético-MG, simplesmente o melhor time da competição até agora, no Morumbi. Mas a derrota por 2 a 1 para o Arsenal de Sarandí é muito, muito pior. O risco de eliminação é sério e real. Talvez seja, inclusive, a hipótese mais provável.

À exceção do Palmeiras, o São Paulo está um degrau atrás dos demais concorrentes brasileiros nesta Libertadores em termos de elenco, e isso ficou provado hoje à noite. Sem Luís Fabiano, expulso de forma infantil após o apito final do jogo da semana passada, o Tricolor abusou do direito de errar gols. Aloísio, autor do único gol da equipe, não merece elogios por isso: perdeu dois imperdíveis, um deles sozinho, sem goleiro, na pequena área. Campestrini foi um goleiro monstruoso, a zaga argentina tirou várias em cima da linha, mas nada justifica tanta displicência.

O pior de tudo é que o Arsenal não foi tão inferior assim. Fez um primeiro tempo equilibrado com o time paulista e foi quem buscou a vitória após Aloísio ter conseguido o 1 a 1. A equipe parece ter aprendido com a goleada que sofreu em casa para o Atlético-MG: sem se atirar para cima do time de Ney Franco, jogou de forma séria, sólida e organizada, sem afobação. Jogando assim, sabendo de suas limitações, conseguiu um resultado que lhe recoloca na briga.

O trágico para o São Paulo é a pontuação. The Strongest e Atlético-MG ganharam do Arsenal, e o São Paulo não. Conquistou só um pontinho contra os argentinos. Ainda é vice-líder pelo saldo de gols, mas agora visitará o Strongest na altitude, e precisa da vitória. Perdendo, os bolivianos o ultrapassam, indo a 6 pontos, contra 4 do Tricolor e do Arsenal, que deve perder em Belo Horizonte. Restaria, neste caso, a última rodada, e com ela uma necessidade desesperadora de ganhar do Galo. Para quem não ganhou nenhum do Arsenal e suou sangue para derrotar o Strongest em casa, a perspectiva não é nada animadora.

É o Boca
O Boca mais fraco das últimas Libertadores ainda assim é o Boca. Foi a Montevidéu, fez 1 a 0 no favorito e líder Nacional, e já é vice-líder do Grupo 1, com 6 pontos. Recebe o Barcelona-EQU na Bombonera e segue vivíssimo na briga. Ganhou as duas fora e perdeu ambas em casa. Pelo grupo corintiano, o San José ajudou o Timão: fez 2 a 0 no Millonarios e deixa os colombianos quase fora da briga.

Há vida sem Bale?
A importância de Gareth Bale para o Tottenham ficou ainda mais escancarada hoje. Sem o craque galês, a equipe levou 3 a 0 da Internazionale e foi forçada a disputar uma prorrogação após golear o time de Milão em casa, semana passada, pela Liga Europa. Nos 30 minutos extras, um empate de 1 a 1 classificou o time de Londres, mas houve um terrível sofrimento. Outro time de Londres também passou raspando: o Chelsea fez 3 a 1 no valerosíssimo Steaua Bucuresti após perder na Romênia e está entre os oito.

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