Jogar não jogando
O jogo de hoje à noite promete ser difícil para o Grêmio. Não apenas porque é fora de casa, contra um adversário que precisa da vitória, após uma longa viagem até o outro extremo da América do Sul. Estes fatores são apenas agravantes ao péssimo gramado do Estádio Olímpico de la UCV. O piso, sim, é o maior problema que o Tricolor enfrentará hoje.
O Grêmio historicamente marcado pela força física não existe em 2013. Embora conte com jogadores robustos em todos os setores, a equipe de Vanderlei Luxemburgo chama a atenção principalmente pela técnica. Os cruzamentos são menos importantes que trocas rápidas de passes. Contra este mesmo Caracas, semana passada, na Arena, Elano, Vargas, Zé Roberto e Barcos, por vezes até mesmo reforçados por Pará e André Santos, apresentaram um estilo tipicamente argentino, do mais genuíno toco y me voy, com triangulações e tabelas envolventes, que empolgaram os torcedores. Nada disso poderá ser visto hoje à noite.
O perigo, porém, está justamente nisso: no Grêmio abdicar de ao menos tentar jogar e virar, voluntariamente, um time sem criatividade. Não dá para confundir as coisas. Luxemburgo fez bem em treinar situações que exijam menos toque e mais ligações diretas e bolas altas, mas a movimentação intensa do setor ofensivo precisa ser mantida. Quando a bola for lançada para o domínio e posterior parede de Barcos, é preciso haver opções para que o argentino escore e recue para alguém chegar batendo, já que tabelas serão raridade. Aliás, o reconhecimento do gramado é importantíssimo também por isso. Certamente há pontos do piso não tão ruins, onde haverá condição de tramar algo pelo chão. É preciso saber explorá-los também.
De todo modo, fica evidente que a grama equilibra as coisas, o que é ótimo para quem tem menos qualidade, no caso o Caracas. O que não dá é o Grêmio entrar derrotado por conta disso, com a desculpa na ponta da língua. Em todos os jogos haverá algum tipo de percalço: pressão da torcida, objetos jogados ao gramado, vestiário acanhado, altitude, viagem longa. É preciso saber enfrentar as dificuldades com o brio que a Libertadores, especialmente os jogos fora de casa, exige.
Em tempo:
- Outros três jogos marcam esta terça-feira de Libertadores, todos confrontos diretos e importantíssimos. Vélez e Peñarol fazem o partidaço da noite, em Buenos Aires. Quem vencer encaminha classificação. Em Santiago, o Newell's precisa da vitória diante da Universidad de Chile, sob pena de ficar com chances mínimas de passar de fase. Em Lima, Sporting Cristal e Libertad fazem jogo importante para os rumos do Palmeiras, que torce pelos paraguaios.
- Ontem, no Carta na Mesa, apostamos todos na eliminação do Barcelona. Será que não estamos duvidando demais dos catalães? Resposta no imperdível jogo das 16:45 de hoje, no Camp Nou.
O Grêmio historicamente marcado pela força física não existe em 2013. Embora conte com jogadores robustos em todos os setores, a equipe de Vanderlei Luxemburgo chama a atenção principalmente pela técnica. Os cruzamentos são menos importantes que trocas rápidas de passes. Contra este mesmo Caracas, semana passada, na Arena, Elano, Vargas, Zé Roberto e Barcos, por vezes até mesmo reforçados por Pará e André Santos, apresentaram um estilo tipicamente argentino, do mais genuíno toco y me voy, com triangulações e tabelas envolventes, que empolgaram os torcedores. Nada disso poderá ser visto hoje à noite.
O perigo, porém, está justamente nisso: no Grêmio abdicar de ao menos tentar jogar e virar, voluntariamente, um time sem criatividade. Não dá para confundir as coisas. Luxemburgo fez bem em treinar situações que exijam menos toque e mais ligações diretas e bolas altas, mas a movimentação intensa do setor ofensivo precisa ser mantida. Quando a bola for lançada para o domínio e posterior parede de Barcos, é preciso haver opções para que o argentino escore e recue para alguém chegar batendo, já que tabelas serão raridade. Aliás, o reconhecimento do gramado é importantíssimo também por isso. Certamente há pontos do piso não tão ruins, onde haverá condição de tramar algo pelo chão. É preciso saber explorá-los também.
De todo modo, fica evidente que a grama equilibra as coisas, o que é ótimo para quem tem menos qualidade, no caso o Caracas. O que não dá é o Grêmio entrar derrotado por conta disso, com a desculpa na ponta da língua. Em todos os jogos haverá algum tipo de percalço: pressão da torcida, objetos jogados ao gramado, vestiário acanhado, altitude, viagem longa. É preciso saber enfrentar as dificuldades com o brio que a Libertadores, especialmente os jogos fora de casa, exige.
Em tempo:
- Outros três jogos marcam esta terça-feira de Libertadores, todos confrontos diretos e importantíssimos. Vélez e Peñarol fazem o partidaço da noite, em Buenos Aires. Quem vencer encaminha classificação. Em Santiago, o Newell's precisa da vitória diante da Universidad de Chile, sob pena de ficar com chances mínimas de passar de fase. Em Lima, Sporting Cristal e Libertad fazem jogo importante para os rumos do Palmeiras, que torce pelos paraguaios.
- Ontem, no Carta na Mesa, apostamos todos na eliminação do Barcelona. Será que não estamos duvidando demais dos catalães? Resposta no imperdível jogo das 16:45 de hoje, no Camp Nou.
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