Um jogaço para abrir os trabalhos

A fase de grupos da Libertadores começa nesta quarta para os times brasileiros em altíssimo estilo. Atlético Mineiro e São Paulo fazem na Arena Independência um jogaço que certamente será um dos definidores dos rumos que tomará o Grupo 3 da Libertadores. Cabe lembrar que, embora sejam os favoritos, os dois brasileiros vivem numa chave que ainda tem dois inconvenientes: o organizado e argentino Arsenal de Sarandí e o The Strongest e seus 3,6 mil metros de altitude. Portanto, não é apenas um duelo para ver simplesmente quem será o líder do grupo. Pode complicar e muito a vida de quem perder.

Para o Galo, começar bem é fundamental. Trata-se de um time que não joga a Libertadores desde 2000, e que não terá tempo para qualquer tipo de ambientação. O Independência não é o imponente Mineirão, mas pode servir com caldeirão contra os adversários. É preciso vencer não apenas porque o São Paulo é concorrente direto, mas porque o jogo é em casa e o próximo confronto já é na Argentina, dia 26. Fase de grupos não é mata-mata, mas ainda assim é tiro curto.

Em campo, sobram atrações. Além dos que já brilharam nos dois times em 2012, há o pentacampeão Lúcio pela equipe paulista e Diego Tardelli de volta ao Atlético. Um começo espetacular para uma Libertadores que promete ser espetacular. Aliás, ela já começou, e forma emocionante. Grêmio e LDU que o digam.

Rivais em campo. Campo?
Caracas e Fluminense fazem o outro jogo das 22:00, e que interessa diretamente ao Grêmio, que também faz parte do Grupo 8. Abel Braga foi apresentado ontem ao gramado do Estádio Olímpico da UCV e ficou revoltado com o péssimo estado do mesmo. Não é novidade: há quatro anos, a má qualidade do piso foi um fator que dificultou a vida do Grêmio nas quartas de final da Libertadores, contra este mesmo Caracas. A condição inóspita equilibra o jogo por baixo. Um 0 a 0 não seria má aposta.

De cara, o primeiro drama
O primeiro jogo da fase de grupos da Libertadores já deu a tônica de como deve ser a competição. Jogando em Montevidéu, o Nacional saiu perdendo por 2 a 0 para o bom time do Barcelona de Guayaquil, mas reagiu no segundo tempo e chegou ao empate nos descontos. Loco Abreu fez o primeiro e Recoba deu o passe para o segundo, de Alonso. Um jogaço. Rival do Barcelona, o Emelec, aliás, também estreou ontem, e foi bem: ganhou do favorito Vélez, em casa, por 1 a 0. Já a Universidad de Chile bateu o Deportivo Lara por 2 a 0, no grupo que ainda tem Olimpia e Newell's.

A lista
Kleber é um jogador de grande qualidade, mas inscrevê-lo para a fase de grupos em detrimento de Bertoglio foi um erro do Grêmio. O time perde o melhor substituto para Elano e Zé Roberto (embora diferente deles em termos de características), além de uma ótima opção de segundo tempo, para apostar em um atacante que só poderá voltar a jogar na metade de março, e que não é imprescindível num elenco que conta com Barcos, Moreno, Welliton e Vargas. Não que isso seja grave a ponto de custar a vaga ao Grêmio no fim das contas, mas a opção por inscrever Bertoglio agora e deixar Kleber se recuperar aos poucos, jogando só o Gauchão até as oitavas, era mais inteligente, pois aproveitaria melhor as peças que tem o elenco.

Noite de classificar (e sobreviver)
O time titular do Internacional terá seu teste mais forte no Gauchão até agora. O Caxias é melhor que o time B do Grêmio, lidera sua chave, é um dos únicos invictos do estadual e o jogo é no Centenário. Sem Willians e Dátolo, Dunga vai de Josimar e Elton no meio, mantendo o 4-2-2-2. A noite é para garantir a vaga às quartas de final, mas principalmente para ver o desempenho do time neste teste mais duro.

Já o Grêmio vai com seus suplentes encarar o Santa Cruz, e só a vitória interessa para o time se manter vivo neste primeiro turno do estadual. Mas, com estreia na fase de grupos da Libertadores à vista, não há qualquer drama a respeito da situação da equipe no campeonato.

De parar as máquinas
A Libertadores brindará a todos com um jogaço à noite em Belo Horizonte, mas o cardápio vespertino é igualmente especial. Real Madrid e Manchester United reeditam no Santiago Bernabéu um superclássico europeu que proporcionou momentos mágicos em 2000 e 2003. Imperdível, e totalmente sem favoritos. Ontem, o PSG encaminhou sua vaga ao vencer o Valencia, na Espanha, por 2 a 1. A Juventus, à moda italiana, jogou fechadinha e matou o Celtic nos contragolpes: 3 a 0, na Escócia.

Comentários

Chico disse…
Realmente, não tem lógica a inscrição do Kléber e não do Bertoglio na Copa.