O início de uma nova era
A II Era Felipão na seleção brasileira começa hoje à tarde, na noite de Wembley. É um amistoso recheado de interesse e simbolismos. Foi precisamente contra a Inglaterra que Luiz Felipe obteve a mais emblemática vitória de sua passagem pela amarelinha, entre 2001 e 2002. A histórica virada por 2 a 1 em Shizuoka, nas quartas de final da Copa do Mundo, abriu caminho para o pentacampeonato e é tão ou ainda mais lembrada que os 2 a 0 diante dos alemães na decisão.
Felipão chega em um momento parecido com o que assumiu em 2001. Embora a fase em campo não seja tão ruim como naquela época, a pressão para vencer uma Copa no Brasil será bem maior do que a que ele já sofrera doze anos antes. Sua primeira convocação, como todas em toda a história da seleção, desperta ódios e paixões. Mas mesmo que possamos questionar alguns retornos, como Júlio César, Ronaldinho ou Luís Fabiano, a volta da experiência precisa ser saudada. Mano Menezes sucumbiu, entre tantos outros motivos, por ser um técnico jovem repleto de jogadores jovens ao redor. Juventude é sempre bom, assim como experiência, mas ambas precisam ser mescladas, estarem na dosagem certa. Seleção brasileira não é time master, mas também não é time júnior.
O time escalado para hoje em Wembley é mais ofensivo que o de Mano Menezes. No meio, sai Kaká, entra Ronaldinho, que marca bem menos. Discordo da convocação do gaúcho por entender que ele não tem o comprometimento necessário para liderar tecnicamente a seleção até a Copa. Mas cabe lembrar que Felipão o comandou em 2002. O gringo sabe os atalhos para tirar de Ronaldinho o que ele ainda tem a oferecer de melhor. É uma aposta. Na frente, Luís Fabiano nunca foi um centroavante excepcional ou tão acima da média a ponto de poder, com 33 anos, ser titular do Brasil. Fred, por exemplo, vive momento bem melhor. Na zaga, Dante ocupa uma vaga que deverá ser de Thiago Silva, enquanto Adriano substitui o também titular Marcelo. Há lugar em aberto no gol.
A Inglaterra de Roy Hodgson é um ótimo teste. Vem sofrendo um processo de renovação também, e ninguém sabe exatamente o nível potencial da equipe, que não faz uma grande campanha nas eliminatórias (está atrás de Montenegro em sua chave e levou 4 a 2 da Suécia em amistoso recente). Hart, Johnson, Ashley Cole, Gerrard e Rooney são os nomes mais antigos do time. Ainda assim, uma boa base.
Tarde cheia
Faltando 16 meses para o início da Copa do Mundo, os amistosos entre grandes seleções se intensificam. 2013 será ano cheio, com eliminatórias pegando fogo. Todos precisam de testes fortes. É por isso que a Alemanha visitará a França, o Uruguai enfrentará a Espanha, a Holanda se defrontará com a Itália e a Argentina pegara a Suécia. Isso sem falar nas eliminatórias mesmo: hoje, Honduras e Estados Unidos abrem o sempre equilibrado hexagonal final da Concacaf. E há, ainda, as semifinais da Copa Africana de Nações, entre Burkina Faso x Nigéria e Mali x Gana.
Três motivos
O Grêmio acerta em cheio ao colocar seu time titular hoje à tardinha, no Olímpico, contra o São José. Primeiro, pela situação na tabela: a equipe está longe da zona de classificação às quartas de final da Taça Piratini. Seria um fiasco, mesmo priorizando a Libertadores, ficar fora dos mata-matas. Isso sem falar que, hoje, o Tricolor estaria entre os rebaixados no Gauchão.
O segundo motivo é o adversário: o São José lidera o Grupo B. É o único time com 100% de aproveitamento no estadual. Colocar reservas/juniores de novo certamente aumentaria muito as chances de derrota.
Em terceiro e último lugar, é importante preservar os titulares para a Libertadores, mas o próximo jogo, contra o Huachipato, é só no dia 14. É interessante dar-lhes ritmo de competição. Jogar uma vez por semana é uma boa medida entre a priorização da competição mais importante e evitar deixar os jogadores parados, o que em excesso faz mal.
Adriano e Welliton
Adriano é uma boa contratação gremista. Trata-se de um volante firme na marcação, que ajudará muito sempre que Vanderlei Luxemburgo quiser fechar o time. Marca melhor que Léo Gago e tem experiência de já ter ganhado uma Libertadores em 2011, na qual foi peça importante para diminuir a faceirice daquele Santos ultra-ofensivo. Já Welliton, confirmado agora pela manhã, é muito bom atacante, veloz e de boa conclusão. Há tempo não o vejo jogar, mas foi muito bem no Goiás, entre 2005 e 2006 (lembram da despedida do Inter para o Mundial?). Só não sei se terá espaço num elenco já repleto de opções ofensivas, tanto velozes quanto posicionadas. Hoje, o elenco tricolor tem sete atacantes: Vargas, Bertoglio e Leandro, de velocidade; Moreno, André Lima e Willian José, de conclusão; e Kleber, que atua tanto pelo lado do campo como dentro da área. Alguém será liberado. Leandro e Bertoglio são os favoritos.
Repetição
Dunga acerta ao repetir o time que vem jogando. O Inter tem apenas o Gauchão até abril, mas só colocará os titulares "na boa" no estadual, sem desgastá-los. Quem estiver bem, joga; do contrário, será poupado. O Lajeadense é um compromisso complicado, ainda mais fora de casa. Noite para ver se Gilberto pode dar boa resposta como substituto de Forlán. Mas, mesmo que dê, é preciso trazer alguém mais confiável para ser reserva no ataque.
Felipão chega em um momento parecido com o que assumiu em 2001. Embora a fase em campo não seja tão ruim como naquela época, a pressão para vencer uma Copa no Brasil será bem maior do que a que ele já sofrera doze anos antes. Sua primeira convocação, como todas em toda a história da seleção, desperta ódios e paixões. Mas mesmo que possamos questionar alguns retornos, como Júlio César, Ronaldinho ou Luís Fabiano, a volta da experiência precisa ser saudada. Mano Menezes sucumbiu, entre tantos outros motivos, por ser um técnico jovem repleto de jogadores jovens ao redor. Juventude é sempre bom, assim como experiência, mas ambas precisam ser mescladas, estarem na dosagem certa. Seleção brasileira não é time master, mas também não é time júnior.
O time escalado para hoje em Wembley é mais ofensivo que o de Mano Menezes. No meio, sai Kaká, entra Ronaldinho, que marca bem menos. Discordo da convocação do gaúcho por entender que ele não tem o comprometimento necessário para liderar tecnicamente a seleção até a Copa. Mas cabe lembrar que Felipão o comandou em 2002. O gringo sabe os atalhos para tirar de Ronaldinho o que ele ainda tem a oferecer de melhor. É uma aposta. Na frente, Luís Fabiano nunca foi um centroavante excepcional ou tão acima da média a ponto de poder, com 33 anos, ser titular do Brasil. Fred, por exemplo, vive momento bem melhor. Na zaga, Dante ocupa uma vaga que deverá ser de Thiago Silva, enquanto Adriano substitui o também titular Marcelo. Há lugar em aberto no gol.
A Inglaterra de Roy Hodgson é um ótimo teste. Vem sofrendo um processo de renovação também, e ninguém sabe exatamente o nível potencial da equipe, que não faz uma grande campanha nas eliminatórias (está atrás de Montenegro em sua chave e levou 4 a 2 da Suécia em amistoso recente). Hart, Johnson, Ashley Cole, Gerrard e Rooney são os nomes mais antigos do time. Ainda assim, uma boa base.
Tarde cheia
Faltando 16 meses para o início da Copa do Mundo, os amistosos entre grandes seleções se intensificam. 2013 será ano cheio, com eliminatórias pegando fogo. Todos precisam de testes fortes. É por isso que a Alemanha visitará a França, o Uruguai enfrentará a Espanha, a Holanda se defrontará com a Itália e a Argentina pegara a Suécia. Isso sem falar nas eliminatórias mesmo: hoje, Honduras e Estados Unidos abrem o sempre equilibrado hexagonal final da Concacaf. E há, ainda, as semifinais da Copa Africana de Nações, entre Burkina Faso x Nigéria e Mali x Gana.
Três motivos
O Grêmio acerta em cheio ao colocar seu time titular hoje à tardinha, no Olímpico, contra o São José. Primeiro, pela situação na tabela: a equipe está longe da zona de classificação às quartas de final da Taça Piratini. Seria um fiasco, mesmo priorizando a Libertadores, ficar fora dos mata-matas. Isso sem falar que, hoje, o Tricolor estaria entre os rebaixados no Gauchão.
O segundo motivo é o adversário: o São José lidera o Grupo B. É o único time com 100% de aproveitamento no estadual. Colocar reservas/juniores de novo certamente aumentaria muito as chances de derrota.
Em terceiro e último lugar, é importante preservar os titulares para a Libertadores, mas o próximo jogo, contra o Huachipato, é só no dia 14. É interessante dar-lhes ritmo de competição. Jogar uma vez por semana é uma boa medida entre a priorização da competição mais importante e evitar deixar os jogadores parados, o que em excesso faz mal.
Adriano e Welliton
Adriano é uma boa contratação gremista. Trata-se de um volante firme na marcação, que ajudará muito sempre que Vanderlei Luxemburgo quiser fechar o time. Marca melhor que Léo Gago e tem experiência de já ter ganhado uma Libertadores em 2011, na qual foi peça importante para diminuir a faceirice daquele Santos ultra-ofensivo. Já Welliton, confirmado agora pela manhã, é muito bom atacante, veloz e de boa conclusão. Há tempo não o vejo jogar, mas foi muito bem no Goiás, entre 2005 e 2006 (lembram da despedida do Inter para o Mundial?). Só não sei se terá espaço num elenco já repleto de opções ofensivas, tanto velozes quanto posicionadas. Hoje, o elenco tricolor tem sete atacantes: Vargas, Bertoglio e Leandro, de velocidade; Moreno, André Lima e Willian José, de conclusão; e Kleber, que atua tanto pelo lado do campo como dentro da área. Alguém será liberado. Leandro e Bertoglio são os favoritos.
Repetição
Dunga acerta ao repetir o time que vem jogando. O Inter tem apenas o Gauchão até abril, mas só colocará os titulares "na boa" no estadual, sem desgastá-los. Quem estiver bem, joga; do contrário, será poupado. O Lajeadense é um compromisso complicado, ainda mais fora de casa. Noite para ver se Gilberto pode dar boa resposta como substituto de Forlán. Mas, mesmo que dê, é preciso trazer alguém mais confiável para ser reserva no ataque.
Comentários
Achei temerário terem dispensado o Anderson Pico e o Marquinhos sem terem encaminhado substituição.
Acho que, se confirmar o rumor da saída do André Lima, o time sairá no prejuízo, pois ele estava num nível melhor que os demais reservas (Leandro, William José) e era o único centroavante que poderia fazer sombra ao Moreno.