À beira do constrangimento
O Grêmio tem suas razões para não dar importância ao Campeonato Gaúcho. Mas ficar fora da segunda fase da Taça Piratini, quando quatro entre oito equipes passam adiante, é no mínimo um constrangimento. E a possibilidade é real: se é verdade que os dois jogos contra Santa Cruz e Veranópolis serão em casa, é igualmente conveniente lembrar que a campanha do time B gremista no estadual é vexatória. Ao todo, em cinco jogos, foram quatro derrotas e uma única vitória, na estreia, contra o Esportivo.
O time que atuou ontem em Caxias do Sul não era só de guris. Havia Marcelo Grohe, Tony, Werley, Fernando, Marco Antônio e Willian José, sem falar em Bertoglio, que entrou no segundo tempo. Talvez por isso, o desempenho foi superior ao de jornadas anteriores, como contra Canoas e São Luiz, por exemplo. A derrota para o Juventude não foi um fiasco, tampouco resultado de uma atuação desastrada, como em Ijuí, semana passada. O Grêmio não jogou mal, mas de igual para igual. E perdeu no detalhe - tanto que vencia até os 34 minutos do segundo tempo. O que está em questão não é o jogo do Alfredo Jaconi, mas a campanha toda.
A situação do Grêmio no Grupo A é delicada: caiu para fora da zona de classificação, ficando dois pontos atrás do Cerâmica. E quem decidirá a sorte será mesmo o time B, afinal, o jogo contra o Santa Cruz é na véspera da estreia na fase de grupos da Libertadores, contra o Huachipato, e o confronto com o Veranópolis antecede o importantíssimo duelo com o Fluminense, no Rio de Janeiro, em apenas três dias. O dia para vencer e tranquilizar a situação era ontem. Isso se o Grêmio realmente dá alguma relevância ao estadual, que não é exatamente o que parece.
A situação do Grêmio no Grupo A é delicada: caiu para fora da zona de classificação, ficando dois pontos atrás do Cerâmica. E quem decidirá a sorte será mesmo o time B, afinal, o jogo contra o Santa Cruz é na véspera da estreia na fase de grupos da Libertadores, contra o Huachipato, e o confronto com o Veranópolis antecede o importantíssimo duelo com o Fluminense, no Rio de Janeiro, em apenas três dias. O dia para vencer e tranquilizar a situação era ontem. Isso se o Grêmio realmente dá alguma relevância ao estadual, que não é exatamente o que parece.
Grandes notícias
É o terceiro jogo do time principal do Inter na temporada, e a terceira atuação satisfatória. Desta vez, o time foi além: goleou o Pelotas com naturalidade, apresentou um ótimo futebol e muitos destaques. Fred, Fabrício, Willians, todos foram muito bem. Mas a principal novidade é Diego Forlán, craque do jogo. Jogou três vezes no ano e marcou três gols. A pré-temporada parece ter feito muito bem ao uruguaio, que pode (e precisa) ser o diferencial que o time não teve no ano passado.
A classificação está encaminhada, mas isso é o de menos. Quarta é noite para mais uma apresentação e conferir se o Inter está mesmo evoluindo. Em Novo Hamburgo, a equipe apresentou um futebol dinâmico, de imposição, "estressado". Marcou o Pelotas de cima e jogou futebol o tempo todo, com trocas de passe em velocidade, de alta qualidade. O comecinho de Dunga no Colorado promete.
É o terceiro jogo do time principal do Inter na temporada, e a terceira atuação satisfatória. Desta vez, o time foi além: goleou o Pelotas com naturalidade, apresentou um ótimo futebol e muitos destaques. Fred, Fabrício, Willians, todos foram muito bem. Mas a principal novidade é Diego Forlán, craque do jogo. Jogou três vezes no ano e marcou três gols. A pré-temporada parece ter feito muito bem ao uruguaio, que pode (e precisa) ser o diferencial que o time não teve no ano passado.
A classificação está encaminhada, mas isso é o de menos. Quarta é noite para mais uma apresentação e conferir se o Inter está mesmo evoluindo. Em Novo Hamburgo, a equipe apresentou um futebol dinâmico, de imposição, "estressado". Marcou o Pelotas de cima e jogou futebol o tempo todo, com trocas de passe em velocidade, de alta qualidade. O comecinho de Dunga no Colorado promete.
Bom sinal
Fred salvou o Fluminense de uma derrota no finzinho do jogo. O 1 a 1 tem gosto amargo na boca dos vascaínos, mas por outro lado demonstra que nem tudo são espinhos em São Januário. Para o combalido Vasco, sair lamentando empate com o atual campeão brasileiro é um bom sinal.
Fred salvou o Fluminense de uma derrota no finzinho do jogo. O 1 a 1 tem gosto amargo na boca dos vascaínos, mas por outro lado demonstra que nem tudo são espinhos em São Januário. Para o combalido Vasco, sair lamentando empate com o atual campeão brasileiro é um bom sinal.
Comentários
Constrangimento? Pode até ser. Mas eu não acho que o Grêmio deva mudar qualquer coisa que seja em nome de uma vaga na próxima fase do Gauchão. Acho inclusive que deveríamos aceitar com mais naturalidade o fato de que um ou ambos os clubes da Dupla ignorem o Gauchão de quando em vez - é parte fruto da dimensão desses clubes, parte fruto da estupidez de um calendário que não leva isso em conta. Para um clube como Novo Hamburgo ou Veranópolis, por ex, ganhar um dos turnos do Gauchão seria um acontecimento maravilhoso: para Grêmio ou Inter, é algo tão banal que só é lembrado como tarefa quando não é cumprida. Errado ninguém está, é que as coisas são assim atualmente. Então na boa, se o Grêmio não entrar na fase decisiva, para mim será algo ligeiramente chato, no mesmo grau de importância de uma derrota fora de casa no começo do Brasileirão. Não mais do que isso.
O pior de tudo é que o jogo para usar os titulares seria o de quarta. O Santa Cruz é muito mais perigoso que o Veranópolis. Claro, com o time jogando na terça, não tem como voltar a campo no dia seguinte. Então, vão os reservas.
No domingo, os reservas deveriam ser suficientes. Ainda mais se for o mesmo time que enfrentou o Papo.
O bravo é que Cruzeiro e Cerâmica também jogam as duas em casa. E se é fato que eles enfrentam, respectivamente, Inter e Juventude, os outros dois adversários são Esportivo e Canoas.
Nossas chances passam por ganhar do Santa Cruz. Com 4 derrotas no lombo, difícil acreditar.
Não é nada diferente do que acabar na zona do rebaixamento do Brasileiro por estar disputando a Libertadores. Evidente que não é uma posição em que gostaria de estar, mas é um preço que sabe poder pagar. Alterar o planejamento pode resultar em nada naquilo que se pretende arrumar e ainda acabar com as chances no torneio principal.
Quando chega-se numa situação como a do Grêmio, lamenta-se, mas não se desespera. As alterações, aliás, já foram feitas. O time B foi reforçado e mudou o treinador. Atitudes que condizem com alguém que, sim, dá bola para o que está acontecendo no Estadual.
Só não há interesse em ir além disso.
Em suma: o Grêmio dá bola para o estadual, mas só até certo ponto - não atrapalhar em nada a Libertadores. Culpa menos do Grêmio e bem mais do calendário. Mas aí é questão já conversamos 1482 vezes por aqui, Sancho. :)
Sobre o planejamento ter falhado, é mais pelos resultados obtidos que qualquer outra coisa. O Grêmio jamais sonhou chegar na sexta rodada com seis pontos; mesmo com os guris, mesmo com os reservas.