Uma noite inesquecível
Usando um termo gremista, nada pode ser maior do que ver Zidane (e tantos outros cracaços de bola) na Arena. A expectativa que eu tinha pelo dia de ontem, desde que o Jogo Contra a Pobreza foi anunciado para Porto Alegre, era imensa. Até porque eu tinha certeza de que seria meu primeiro jogo na Arena do Grêmio. Descrevo em tópicos, organizados por ordem alfabética, minhas impressões sobre esta noite histórica.
Acesso
Comprei selo para o estacionamento E2, o que fica ao lado do estádio. A chegada foi surpreendentemente tranquila. Vim pela Farrapos e A. J. Renner. Engarrafamento absolutamente normal, nada de parar tudo. Do início da Farrapos até estacionar o carro foram de 25 a 30 minutos. Tudo muito bem sinalizado e civilizado. O fato de ter chegado cedo pode ter colaborado. Como tudo era novidade para mim, valeu muito à pena gastar umas horinhas na Arena antes do jogo. Passaram voando.
Arena
É absolutamente impossível expressar em palavras o estádio. Qualquer adjetivo fica pequeno. Já tive a felicidade de visitar o Santiago Bernabéu, a Amsterdam Arena e o Estádio da Luz. Sem dúvida, a Arena do Grêmio não deve nada para nenhum deles - supera o do Ajax, com certa tranquilidade. Se ainda não está totalmente pronta, é inimaginável o nível em que estará quando chegar aos 100%. As rampas de acesso ao estádio são amplas, não há aglomerações que travem a saída do campo, o espaço entre as cadeiras é bem maior que o de qualquer estádio brasileiro. É facilíssimo entrar e sair do estádio. A atmosfera é completamente diferente. Havia cerca de 50 mil pessoas, pelo meu cálculo de olho, não dava a impressão de estar superlotado, devido à organização dos lugares pelas cadeiras. A acústica é muito diferente. O espaço para circulação é amplo.
Distância até o gramado
Meu lugar na Arena é nas cadeiras superiores, mas meu ingresso de ontem era nas inferiores. Nunca fiquei tão próximo de um gramado. Para quem comprou seu assento permanente nas fileiras mais próximas aos gramados, a noção de perspectiva diminui bastante. O jogo fica quase em 2D. Ontem me sentei, um pouco mais para trás, a visão era mais geral do campo, ao mesmo tempo em que ficávamos muito próximos. Mesmo nas cadeiras superiores, a distância até o campo é certamente menor que em qualquer lugar do Estádio Olímpico.
Entorno
Muita coisa precisa ser feita. Em torno do estádio, fora de seu complexo, ainda há algum barro onde deveria haver concreto, e as avenidas precisam ser alargadas.
Gramado
Ainda pode ser evidentemente melhorado. Mesmo assim, já está bem melhor que no jogo de estreia da Arena, quando visivelmente não tinha condições de receber um jogo de futebol competitivo como foi Grêmio x Hamburgo. Desta vez, nenhum naco grama se soltou. O piso ainda parecia um pouco seco, e por isso a grama ainda não está a pleno. Culpa da falta de chuvas - tanto que o gramado foi molhado no intervalo. Em janeiro deve estar ainda melhor.
Instalações
Os bares ainda são poucos em funcionamento, o que aumenta sobremaneira as filas. Os banheiros possuem uma porta de entrada e outra de saída, o que aumenta muito a facilidade de circulação. Falta, ainda, a cultura de termos duas portas por banheiro, pois muitos torcedores entravam pela saída e vice-versa. Mesmo assim, foi o banheiro de estádio mais limpo que já vi no Brasil, com perfeito funcionamento.
Jogo
Foi em ritmo de amistoso, mas ao mesmo tempo muito interessante. Ver Zico, Ronaldo, Neymar e Bebeto tabelarem no primeiro gol da partida foi a chance de ver quatro gerações do futebol brasileiro tabelando. Algo fantástico.
Saída do complexo Arena
Bem mais complicada que a entrada, pois todos os carros saem ao mesmo tempo. Os organizadores que sobraram na hora de orientar os motoristas na chegada à Arena faltaram na saída. Como cheguei cedo e estacionei um pouco mais próximo da saída do estádio, não fiquei tanto tempo preso no engarrafamento ocorrido dentro do estacionamento. Levei cerca de uma hora e meia para chegar em casa, tempo um pouco maior, quase o mesmo, que nos tempos de Olímpico em jogos cheios. Destes 90 minutos, 70 foram dentro do estacionamento da Arena. Ao sair pela Voluntários da Pátria, o trânsito fluiu como nunca Azenha, Princesa Isabel ou Érico Veríssimo me permitiram. As pistas amplas da Voluntários ajudam. O estreitamento de pista montado pela Brigada e pela EPTC (o qual não pude ver o motivo de ter sido montado) atrapalhou um pouco o fluxo. E a falta de mais opções de saídas do estacionamento, principalmente, também.
Torcida
Os dois primeiros jogos da Arena foram festivos. É normal que o público torça de um jeito diferente, mais festivo e contemplativo, menos agressivo que em jogos competitivos. Isso deve mudar com Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
Vaias
São normais, embora não combinassem com o clima do jogo. Ninguém deve cobrar racionalidade de torcedores de futebol. Danrlei seria provavelmente vaiado no Beira-Rio, bem como Paulinho no Palestra Itália ou Figo no Camp Nou. Desde que não se descambe para a violência ou não se vá contra a lei (racismo, especialmente), toda manifestação de torcedores deve ser compreendida. Ver gremistas e colorados juntos, com suas camisas azuis e vermelhas, de forma civilizada e lado a lado, é que precisa ser ressaltado. Um dos pontos altos da noite, sem dúvida.
Zidane
Um monstro. Tê-lo visto jogar foi um dos pontos altos de minha vida como apreciador de futebol. Merci, Zizou!
Acesso
Comprei selo para o estacionamento E2, o que fica ao lado do estádio. A chegada foi surpreendentemente tranquila. Vim pela Farrapos e A. J. Renner. Engarrafamento absolutamente normal, nada de parar tudo. Do início da Farrapos até estacionar o carro foram de 25 a 30 minutos. Tudo muito bem sinalizado e civilizado. O fato de ter chegado cedo pode ter colaborado. Como tudo era novidade para mim, valeu muito à pena gastar umas horinhas na Arena antes do jogo. Passaram voando.
Arena
É absolutamente impossível expressar em palavras o estádio. Qualquer adjetivo fica pequeno. Já tive a felicidade de visitar o Santiago Bernabéu, a Amsterdam Arena e o Estádio da Luz. Sem dúvida, a Arena do Grêmio não deve nada para nenhum deles - supera o do Ajax, com certa tranquilidade. Se ainda não está totalmente pronta, é inimaginável o nível em que estará quando chegar aos 100%. As rampas de acesso ao estádio são amplas, não há aglomerações que travem a saída do campo, o espaço entre as cadeiras é bem maior que o de qualquer estádio brasileiro. É facilíssimo entrar e sair do estádio. A atmosfera é completamente diferente. Havia cerca de 50 mil pessoas, pelo meu cálculo de olho, não dava a impressão de estar superlotado, devido à organização dos lugares pelas cadeiras. A acústica é muito diferente. O espaço para circulação é amplo.
Distância até o gramado
Meu lugar na Arena é nas cadeiras superiores, mas meu ingresso de ontem era nas inferiores. Nunca fiquei tão próximo de um gramado. Para quem comprou seu assento permanente nas fileiras mais próximas aos gramados, a noção de perspectiva diminui bastante. O jogo fica quase em 2D. Ontem me sentei, um pouco mais para trás, a visão era mais geral do campo, ao mesmo tempo em que ficávamos muito próximos. Mesmo nas cadeiras superiores, a distância até o campo é certamente menor que em qualquer lugar do Estádio Olímpico.
Entorno
Muita coisa precisa ser feita. Em torno do estádio, fora de seu complexo, ainda há algum barro onde deveria haver concreto, e as avenidas precisam ser alargadas.
Gramado
Ainda pode ser evidentemente melhorado. Mesmo assim, já está bem melhor que no jogo de estreia da Arena, quando visivelmente não tinha condições de receber um jogo de futebol competitivo como foi Grêmio x Hamburgo. Desta vez, nenhum naco grama se soltou. O piso ainda parecia um pouco seco, e por isso a grama ainda não está a pleno. Culpa da falta de chuvas - tanto que o gramado foi molhado no intervalo. Em janeiro deve estar ainda melhor.
Instalações
Os bares ainda são poucos em funcionamento, o que aumenta sobremaneira as filas. Os banheiros possuem uma porta de entrada e outra de saída, o que aumenta muito a facilidade de circulação. Falta, ainda, a cultura de termos duas portas por banheiro, pois muitos torcedores entravam pela saída e vice-versa. Mesmo assim, foi o banheiro de estádio mais limpo que já vi no Brasil, com perfeito funcionamento.
Jogo
Foi em ritmo de amistoso, mas ao mesmo tempo muito interessante. Ver Zico, Ronaldo, Neymar e Bebeto tabelarem no primeiro gol da partida foi a chance de ver quatro gerações do futebol brasileiro tabelando. Algo fantástico.
Saída do complexo Arena
Bem mais complicada que a entrada, pois todos os carros saem ao mesmo tempo. Os organizadores que sobraram na hora de orientar os motoristas na chegada à Arena faltaram na saída. Como cheguei cedo e estacionei um pouco mais próximo da saída do estádio, não fiquei tanto tempo preso no engarrafamento ocorrido dentro do estacionamento. Levei cerca de uma hora e meia para chegar em casa, tempo um pouco maior, quase o mesmo, que nos tempos de Olímpico em jogos cheios. Destes 90 minutos, 70 foram dentro do estacionamento da Arena. Ao sair pela Voluntários da Pátria, o trânsito fluiu como nunca Azenha, Princesa Isabel ou Érico Veríssimo me permitiram. As pistas amplas da Voluntários ajudam. O estreitamento de pista montado pela Brigada e pela EPTC (o qual não pude ver o motivo de ter sido montado) atrapalhou um pouco o fluxo. E a falta de mais opções de saídas do estacionamento, principalmente, também.
Torcida
Os dois primeiros jogos da Arena foram festivos. É normal que o público torça de um jeito diferente, mais festivo e contemplativo, menos agressivo que em jogos competitivos. Isso deve mudar com Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
Vaias
São normais, embora não combinassem com o clima do jogo. Ninguém deve cobrar racionalidade de torcedores de futebol. Danrlei seria provavelmente vaiado no Beira-Rio, bem como Paulinho no Palestra Itália ou Figo no Camp Nou. Desde que não se descambe para a violência ou não se vá contra a lei (racismo, especialmente), toda manifestação de torcedores deve ser compreendida. Ver gremistas e colorados juntos, com suas camisas azuis e vermelhas, de forma civilizada e lado a lado, é que precisa ser ressaltado. Um dos pontos altos da noite, sem dúvida.
Zidane
Um monstro. Tê-lo visto jogar foi um dos pontos altos de minha vida como apreciador de futebol. Merci, Zizou!
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