Domingos cada vez mais decisivos

Hoje está sendo concluído o segundo terço do Campeonato Brasileiro. Costumo considerar esta 25ª rodada sempre como um marco. Afinal, praticamente todos os jogos de agora em diante costumam ganhar um caráter decisivo e tenso. As brigas de tabela estão muito bem definidas, todos têm objetivos cada vez mais sólidos e, para azar de alguns e sorte do campeonato, nem todos estão conseguindo atingi-los, o que torna a obrigação pelas vitórias maior e aumenta a competitividade e a emoção do certame. É só dar uma olhada no que temos pela frente neste último domingo de inverno.

Náutico (14º, 28) x Atlético-MG (2º, 51): a derrota do Fluminense ontem atiça o Galo, que pode retomar a liderança hoje, e com um jogo a menos. A parada, no entanto, é duríssima. O Náutico já viveu dias melhores, mas é um time organizado e que precisa do resultado para não se aproximar da zona de rebaixamento. A distância atual é de apenas cinco pontinhos.

Flamengo (16º, 27) x Grêmio (3º, 47): situação semelhante à do jogo nos Aflitos. O Grêmio precisa aproveitar o vacilo do Flu para entrar de cabeça na luta pelo título. Já o Flamengo, que só perde há quatro jogos e não vence há seis, já começa a correr risco de rebaixamento. Jogo para o time gaúcho ter calma, aproveitar a ansiedade carioca e se impor, pois hoje é bem mais time.

Cruzeiro (8º, 34) x Vasco (4º, 42): talvez a última chance do Cruzeiro dizer que é candidato à Libertadores. Vencer o Vasco significaria encerrar ou dar trégua à crise que o time vive e ficar a cinco pontos do G-4. Aos cariocas, um empate não é mau resultado.

Ponte Preta (10º, 32) x Botafogo (6º, 38): o Botafogo entrará em campo sabendo do resultado do Vasco. Caso o rival perca para o Cruzeiro, deve adotar postura ofensiva para derrotar a Ponte Preta com ainda mais vigor. Mas é jogo complicado e que promete equilíbrio. A Ponte é dos poucos times que não tem muito o que fazer no campeonato, mas por méritos dela própria, que entrou como postulante a cair.

Internacional (7º, 36) x Sport (17º, 23): jogar no Beira-Rio é um tiro no pé que o Inter está dando, mas é inegável o azar colorado neste Brasileiro. Assim como no domingo passado, chove demais em Porto Alegre, o que espanta público (dificilmente teríamos mais de 3 mil pessoas se não houvesse promoção) e dificulta a vida de quem precisa ganhar. O Sport virá fechado, mas, se o campo estiver muito molhado, terá dificuldade em buscar o contra-golpe. Empate, apesar de aparentemente ser bom, é mau negócio para os pernambucanos, afundados na zona de rebaixamento.

Palmeiras (19º, 20) x Corinthians (9º, 32): é o jogo mais tenso do domingo. No ano em que é campeão da Libertadores, o Corinthians tem a chance de afundar seu mais tradicional rival na lama da Série B. O Palmeiras precisa demais do resultado, não apenas para ficar um pouco mais perto da salvação, mas também porque ganhar um clássico assim pode ser o início de reação histórica. Em 2007, o Corinthians estava nesta situação, ganhou do campeão brasileiro São Paulo... mas caiu igual.

Coritiba (13º, 28) x Santos (11º, 30): jogo interessa mais ao Coxa, que está se recuperando na tabela. Vencendo, praticamente se livra do risco de rebaixamento, que já é pequeno. Mas um clube que caiu duas vezes na última década não pode desprezá-lo.

Bahia (15º, 28) x Figueirense (18º, 22): jogo importante na briga lá de baixo. Uma vitória deixa o Bahia tranquilo e quase salvo, mas uma derrota não só o recoloca a perigo como traz o Figueirense para a luz, depois de quase um campeonato inteiro na zona de rebaixamento.

Série B
O jogaço do sábado foi Ceará x Joinville. O Vozão abriu 2 a 0, levou a virada, mas virou de novo: ganhou por 4 a 3 e ganha moral. Sobe para o 7º lugar, com 41 pontos, e já está a cinco do G-4. Mesmo pontuação do Joinville, que vem em queda. Outra partida importante foi a vitória do Goiás (3º, 49) sobre o Atlético-PR (5º, 43), 3 a 2. O líder Vitória (54) ficou no 0 a 0 com o Guarani (11º, 35), em Campinas.

FICHA TÉCNICA
GOIÁS (3): Harlei; Vítor, Valmir Lucas, Ernando e Egídio; Amaral, Thiago Mendes, Ramon (Marcos Paulo) e Renan Oliveira (Felipe Amorim); Ricardo Goulart e Walter (Júnior Viçosa). Técnico: Enderson Moreira
ATLÉTICO-PR (2): Weverton; Maranhão (Felipe), Cléberson, Naldo (Luiz Alberto) e Botelho; Deivid, João Paulo Silva, Henrique e Elias (Derley); Marcelo e Marcão. Técnico: Ricardo Drubscky
Local: Estádio Serra Dourada, Goiânia (GO); Data: sábado, 15/09/2012, 16h; Árbitro: Péricles Bassols Cortez (RJ); Público: 18.179; Renda: R$ 122.945,00; Gols: Walter 2 e Valmir Lucas 25 do 1º; João Paulo 5, Marcelo 16 e Ricardo Goulart 41 do 2º; Cartão amarelo: Ricardo Goulart e Marcão

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