Cronologia Tática: Corinthians 3 x 1 Grêmio

Uma semana depois de mostrarmos o ferrolho armado por Vanderlei Luxemburgo no Pacaembu para segurar um empate em 0 a 0 com o Palmeiras, a série Cronologia Tática volta ao mesmo cenário, também com o Grêmio, mas em um panorama totalmente oposto. Na derrota para o Corinthians, Luxa foi obrigado a jogar o time para frente desde o início. Se com o Verdão a equipe chegou a atuar sem nenhum atacante durante boa parte do segundo tempo, contra o Timão atuou sem nenhum volante por 34 minutos.

0 a 21 minutos: Grêmio com dois volantes
O Grêmio entrou praticamente completo em campo, sem qualquer erro na escalação proposta por Vanderlei Luxemburgo. No entanto, entrou desligado e foi surpreendido pelo Corinthians, que abriu 2 a 0 em 10 minutos. Martínez caía às costas de Edílson através de tabelamentos com Edenílson, o vértice esquerdo da segunda linha do losango proposto por Tite. O segundo gol foi uma tabela entre ele e Guilherme, o vértice destro.

21 a 45 minutos: sai Souza, entra Marquinhos
Vendo que seu time nada criava e que Danilo era sub-utilizado no Corinthians, Luxemburgo retirou o marcador do meia corintiano, Souza, e colocou Marquinhos pela esquerda, centralizando Zé Roberto e puxando Elano mais para a direita. Com isso, Fernando passou a acompanhar mais Danilo e os laterais seguraram um pouco os avanços, para auxiliar na marcação aos atacantes corintianos. No entanto, Martínez e Romarinho trocavam de lado constantemente, confundindo a marcação. As subidas de Guilherme e Edenílson, dada a boa marcação feita em Danilo, também surpreendiam o Grêmio, mesmo que isso significasse deixar Elano e Marquinhos, em determinados momentos, desacompanhados - Alessandro e Fábio Santos faziam bem essa cobertura para que os volantes se soltassem.

45 a 56 minutos: Luxemburgo inverte os laterais
Com Edílson constantemente envolvido por Martínez, Luxemburgo fez apenas uma alteração de posicionamento no intervalo: trocou ele de lado com Pará. O Grêmio passou a sofrer menos defensivamente e conseguia pressionar melhor o Corinthians, mas ainda faltava qualidade na criação. Elano e Zé Roberto estavam longe de seus melhores dias.

56 a 90 minutos: saem Fernando e André Lima, entram Leandro e Marco Antônio
Luxemburgo parte para o tudo ou nada: troca um atacante de referência por um de velocidade e tira o único volante do time para colocar um meia. Com isso, Zé Roberto e Marquinhos são recuados e tentam controlar Danilo e dar uma saída de bola qualificada à equipe. O gol de Leandro, logo após sua entrada, animou a equipe, que chegou a ensaiar uma pressão. Mas o Corinthians se reassentou no jogo e, nos 15 minutos finais, a bola só saía da defesa para o ataque gremista na base do chutão, já que nenhum volante vinha buscá-la junto a zagueiros e laterais para fazer a distribuição adequada aos meias. Ou seja: mesmo com quatro criadores, o Grêmio criou pouco. E ainda sofreu mais um gol no fim.

Em suma: o apagão inicial e a má atuação de Elano e Zé Roberto foram os principais motivos da derrota do Grêmio. O apagão, obviamente, pelos dois gols-relâmpago sofridos; e a fraca atuação dos meias foi a responsável pela dificuldade da equipe em agredir o Corinthians e reagir no jogo. Por outro lado, a atuação fraca de Danilo impediu que o Timão goleasse a equipe gaúcha e proporcionou a Luxemburgo a chance de arriscar tudo. Se ele estivesse em jornada inspirada, nada disso seria possível, pois a preocupação em marcar seria obrigatoriamente maior, ou uma goleada histórica teria ocorrido no Pacaembu.

Não criamos mais um quadro para explicar as alterações de Tite porque o técnico corintiano simplesmente substituiu jogadores por outros de mesma função, não alterando a estrutura tática de sua equipe em momento algum da partida.

Comentários

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