Nasce um candidato

Candidatos a título em competições de mata-mata não necessariamente são os melhores times tecnicamente na competição. Tendo tradição neste tipo de torneio, uma camisa respeitada, jogadores experientes e apresentando crescimento diante de adversidades, eles já podem começar a ser construídos.

É o caso do Nacional-URU. Alertamos ontem que a noite seria difícil. Na ida, o campeão uruguaio levara 2 a 0 do modesto Deportes Iquique, fora de casa. Precisaria de uma goleada no Parque Central para não cair justo na primeira fase do torneio. E a conseguiu, na base de muita pressão, insistência, com uma torcida pulsante, em um típico caldeirão sul-americano.

Eram cinco minutos quando Rolín, de cabeça, fez 1 a 0. O gol cedo é sempre um bem valioso neste tipo de confronto. O Iquique, claro, sentiu. Ficou ainda mais retraído. Levou 2 a 0 no finzinho do primeiro tempo, gol do jovem Bueno. Logo antes do intervalo, tudo se igualava, o que faria um daqueles segundos tempos épicos, onde se vê quem é que tem bala na agulha. O terceiro gol ainda era preciso, mas um gol chileno obrigaria o quarto.

O Nacional decidiu por continuar a pressão, e foi premiado aos 40 minutos, em uma jogada que por anos impediu que a seleção uruguaia desse fiascos maiores do que já dava: a cobrança de falta perfeita de Recoba. No fim, Vecino ainda ampliou e fechou os 4 a 0 finais. O Nacional passa de fase, pegará Liga de Loja ou Monarcas, e cresce. Não é o melhor time da Sul-Americana em qualidade técnica, assim como o Independiente de 2010 também não era - inclusive, tinha menos time o rojo. Então, por que não?


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