Muitos clássicos, pouco público
Mesmo sem vencer o clássico, o Atlético-MG mostra força. Confirmou o título do primeiro turno, já igualou a melhor campanha da história de uma metade de campeonato, mesmo com um jogo a menos. Quarta, contra a Ponte Preta, jogará desfalcado de Bernard e Pierre. Mas é jogo em casa, e tudo indica que mais uma vitória está por vir.
O Cruzeiro, por certo, perderá o mando de campo por algumas rodadas. Confusão na chegada do Atlético-MG, copo atirado no árbitro, tudo isso pesará, se o STJD adotar uma postura séria. Clássico com torcida única é mesmo uma "grande ideia", certo?
São Paulo: no Pacaembu, 37 mil pessoas pareciam ver o mesmo filme dos últimos cinco anos: uma vitória fácil do Corinthians (12º, 24) sobre o São Paulo (5º, 31). Émerson abriu o placar cedo, mas dois gols de Luís Fabiano deram a virada ao Tricolor, que termina o turno perto do G-4, roubando o quinto lugar do Internacional.
Rio de Janeiro: o Flamengo (9º, 26) criou mais chances, mas não passou de um empate em 0 a 0 com o Botafogo (7º, 28), no Engenhão (19 mil). A partida caiu muito de ritmo no segundo tempo. O empate mantém ambos na zona média da tabela - posição que devem ocupar até o fim do certame, diga-se.
Recife: o goleiro Gideão, do Náutico (11º, 24) fez simplesmente nove boas defesas que garantiram o empate em 0 a 0 com o rival Sport (19º, 15), na Ilha do Retiro (19 mil). O Leão da Ilha não marca gols há sete rodadas. A última vez foi no empate em 1 a 1 com a Ponte Preta, dia 25 de julho.
Florianópolis: o Coritiba (15º, 19) repete 2009. Foi bem na Copa do Brasil, mas não a ganhou, e aí se perde no Brasileiro. O risco de rebaixamento passa a ser cada dia mais real, mesmo que o time tenha plenas condições de evitá-lo. Neste domingo, a equipe foi derrotada por 3 a 1 para o Figueirense (20º, 14), no Orlando Scarpelli (5 mil), um candidataço a cair. Aloísio foi o destaque, fazendo os três gols catarinenses. Anderson Aquino descontou.
Salvador: quase 11 mil pessoas conferiram o jogo menos atraente da rodada: o empate entre Bahia (16º, 17) e Atlético-GO (18º, 16), no Pituaçu, em 1 a 1. Mesmo sendo o pior jogo em tese, foi o que Sportv transmitiu, em meio a tantos ótimos clássicos. Desrespeito com quem assina o canal.
A rodada de clássicos teve a decepcionante média de público de 15,5 mil torcedores por jogo. Fruto das obras no Beira-Rio, Mineirão e Maracanã, que, se pudessem receber gente (ou mais gente, no caso da cancha colorada), alavancariam a média para acima dos 25 mil, com certeza. Com tantos estádios fechados, o Brasileirão fecha o turno com média de apenas 13.042 torcedores por jogo. Muito pouco, mas explicável.
Comentários
Sobre a torcida única em MG: a grande imprensa até reclama das consequências, mas blinda a CBF e o grupo de Aécio Neves...