Baita exemplo

Marco Aurélio Cunha podia ser folclórico, mas era também competente. Desde que deixou o São Paulo para se tornar vereador na capital paulista, o futebol do Tricolor naufraga - não apenas em termos de resultados, mas de diretrizes. No período em que Cunha dava as cartas, os treinadores tinham mais tempo para mostrar serviço. Ricardo Gomes, que nunca chegou a empolgar ninguém, ficou um ano no Morumbi, por exemplo.

De Marco Aurélio Cunha, Juvenal Juvêncio tem apenas o folclore. Hoje pela manhã, demitiu Emerson Leão após uma conversa de 30 segundos. Retirou o técnico em meio ao treinamento. Zero de profissionalismo e negativo em termos de respeito. Por mais que o trabalho de Leão não viesse obtendo bons resultados, é uma conduta inadmissível.

Leão lembrou bem: ele foi o técnico que mais durou no São Paulo desde a demissão de Ricardo Gomes, em agosto de 2010. Foram oito meses de permanência. Carpegiani durou seis meses; Adílson Batista, quatro. Para quem já foi exemplo de gestão moderna de futebol, o Tricolor Paulista voltou aos tempos da pedra lascada.

Em tempo:
- O Soccernomics ensina: o pior momento para contratar um jogador é após torneios como a Eurocopa, Jogos Olímpicos ou Copas do Mundo. O valor do passe dos atletas sobe às alturas, e nem sempre é correspondente com sua qualidade. Casos como o de Fabio Grosso e Milan Baros são alguns dos mais célebres nos últimos anos. Hoje, o Bayern München contratou Mandzukic, artilheiro croata na Euro, junto ao Wolfsburg, por 13 milhões de euros. Resta ver se a teoria se confirma.


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