Semifinal retrô
Mesmo assim, olhando para o que ocorreu na vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, há motivos para animação. Nos últimos cinco jogos que disputou, o Grêmio teve boa atuação em quatro deles. Só contra o Fortaleza, em casa, foi molenga. Até mesmo na derrota para o Vasco, com time misto, jogou bem. Sempre a partir de seu estilo histórico, que Luxemburgo curiosamente faz questão de manter e respeitar, mesmo sendo ele um apreciador de outro tipo de jogo: marcação forte, adiantada, velocidade e objetividade.
Falcão apostou em um Bahia veloz. Retirou o centroavante Júnior e escalou um ataque com Lulinha e Ciro, para surpreender nos contra-ataques puxados por Gabriel. Este até foi bem em alguns momentos, mas não foi o suficiente para incomodar um Grêmio firme, de atuação muito sólida defensivamente e muito intenso no ataque. As chegadas vinham pelos lados de Edilson e Pará, pelo meio, com Marco Antônio, em infiltrações dos volantes ou em opções dadas por Miralles e Marcelo Moreno. O gol aos 12 minutos (em posição duvidosa de Miralles) facilitou, claro.
Faltava, ainda, matar o jogo. O que o time só conseguiu aos 10 minutos do segundo tempo, com Moreno, após defesas espetaculares de Marcelo Lomba, que salvaram o Bahia de uma goleada. Falcão ainda tentou dar força ao ataque com Zé Roberto e Júnior, mas o Grêmio continuou se impondo e poderia ter até ampliado o placar.
O Bahia mostrou-se um time vários degraus abaixo do Grêmio. Isso não é demérito gremista, afinal, é uma equipe da primeira divisão. Mas falta aos gaúchos, ainda, um teste contra um adversário do mesmo nível nesta Copa do Brasil. O Palmeiras é esta equipe. Embora talvez o Grêmio seja um pouco superior hoje, é um clássico nacional, contra Felipão (de quem o Grêmio nunca venceu), numa semifinal. Briga de cachorro grande. Em 8 partidas contra equipes inferiores, o time de Luxa ganhou todas e fez o que dele se esperava. Chega numa crescente para o duelo. Domingo já teremos um interessante aperitivo.
Libertadores empolgante e equilibrada
Dos quatro confrontos das semifinais da Libertadores, dois foram decididos nos pênaltis e os outros só não foram por gols em cima da hora. Ontem foi a vez da marca da cal decidir tudo. Santos e Universidad de Chile são mesmo melhores que Vélez e Libertad, mas penaram para seguir adiante.
Na Vila, o Vélez era melhor até ter o goleiro Barovero corretamente expulso. O time argentino segurou o Santos até onde pôde, 32 minutos do segundo tempo. Nos pênaltis, não resistiu. Já La U só tirou o duríssimo Libertad nos pênaltis, após novo 1 a 1, desta vez em Santiago.
Os quatro melhores chegam: Santos x Corinthians, Universidad de Chile x Boca Juniors. Duas semifinais sensacionais e sem favoritos, de uma Libertadores espetacular. Alguém se arrisca a dizer quem passa?
Em tempo:
- Se o Inter não puder mesmo mais atuar no Beira-Rio por causa das obras para a Copa de 2014, onde jogará?
- Nova-velha seção do Carta, o Tabelão está de volta. Desta vez, remodelado. Ali vocês podem acompanhar tudo o quanto é campeonato ao redor do mundo, inclusive com resultados ao vivo.
Comentários
No mais, as boas atuações de Edilson e Gabriel nos provam: a sombra de um craque (no caso, Tony) sempre faz bem.
Lourenço: é preciso mesmo controlar o otimismo. É jogo equilibrado na semifinal, sem favoritismo. E o Felipão, não custa lembrar, nunca perdeu para o Grêmio.