Sem resistência

Foi 5 a 0 e ficou barato. Se o Internacional quisesse forçar mais o ritmo, alcançaria tranquilamente 7 ou 8 gols. Mas o dever foi absolutamente cumprido: a equipe de Dorival Júnior definiu o jogo no começo, não se cansou e ainda fez saldo de gols sobre um adversário fraco, sempre um dever de quem sabe que a Libertadores é traiçoeira e pode ser decidida por critérios de desempate.

Os gols no começo facilitaram muito. Surgiram por méritos do Inter, que forçou no começo, e por fragilidades evidentes do Strongest. Cada vez que colocava um mínimo de objetividade nas jogadas, o Colorado chegava. Oscar achou Dagoberto livre, Dátolo cruzou na medida para Damião e em 7 minutos já tínhamos 2 a 0. O primeiro tempo foi uma chatice, nada aconteceu. Alguns murmúrios da torcida se justificavam: estava fácil, e era preciso aproveitar a chance para fazer escore largo.

No segundo tempo, um pouco mais intenso, o Inter patrolou. Não há muito o que destacar em termos táticos. Apenas elogios à ótima partida de Oscar e Dagoberto. Dátolo esteve no mesmo nível. Pode ser titular em breve, aliás, pois sempre entra bem e é mais regular que ambos os citados neste mesmo parágrafo - já que D'Alessandro não sai do time nem por decreto, e é plenamente justificável que assim seja.

Já Leandro Damião demonstrou o quão apressadas eram as críticas ao seu momento de poucos gols há algumas semanas. Períodos mais escassos de gols são normais na vida de qualquer atacante, por melhor que ele seja. Mesmo assim, Damião não vinha jogando mal em suas "vacas magras". Agora, marca pelo quinto jogo seguido. É o artilheiro desta Libertadores, o maior goleador do clube na história da competição e fez seu sexto hat-trick nos últimos 12 meses, Indiscutível.

Cabe agora ao Inter não superestimar a altitude de La Paz. Ela pesa sim, é inegável. Mas hoje o Strongest demonstrou que o abismo técnico entre ele e o time de Dorival Júnior é absurdo, imenso. Ou alguém lembra de algum time que tenha tomado 5 a 0 do Inter ao natural, sem forçar a barra, no Gauchão deste ano?

Taça Libertadores da América 2012 - Fase de Grupos - Grupo 1 - 3ª rodada
13/março/2012
INTERNACIONAL 5 x THE STRONGEST 0
Local: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Antonio Arias (PAR)
Público: 25.098
Renda: R$ 722.045,00
Gols: Dagoberto 4 e Leandro Damião 7 do 1º; Leandro Damião 10 e 28 e Jô 36 do 2º
Cartão amarelo: Kleber, Cristaldo, Parada e Mendez
INTERNACIONAL: Muriel (5), Nei (5,5), Rodrigo Moledo (5,5), Índio (5,5) e Kleber (5); Guiñazu (6), Tinga (6) (Bolatti, 33 do 2º - sem nota), Dátolo (6,5) (Gilberto, 33 do 2º - sem nota) e Oscar (7,5); Dagoberto (7) e Leandro Damião (8) (Jô, 35 do 2º - 6,5). Técnico: Dorival Júnior (7)
THE STRONGEST: Vaca (5), Parada (4) (Solís, intervalo - 4,5), Ojeda (3,5) e Mendez (4); Torrico (3), Marchesini (5), Chumacero (4,5), Lima (4) (Paz, intervalo - 4) e Cristaldo (4,5); González (4) (Melgar, 34 do 2º - sem nota) e Escobar (5). Técnico: Mauricio Soria (2)


Comentários

Pedro Heberle disse…
SEIS HAT TRICKS??

Lembro de ontem, do Palmeiras... e de mais nenhum.

Me ajudem, amigos.
Vine disse…
Também só lembrei desses.

E pra mim Pablo Escobar tem bola pra jogar um times maiores (nada a ver com a mística do nome)
Vicente Fonseca disse…
Errei. Foram SÓ cinco.

Teve contra o Pelotas (3 a 2), Caxias (3 a 3), Ypiranga (4 a 0) e Palmeiras (3 a 3), além de ontem.