A segunda chance para todo mundo

Amanhã começa a Taça Farroupilha. Por coincidência, é o Caxias, campeão da Taça Piratini, quem abre os trabalhos: enfrentará o Avenida, em Santa Cruz do Sul, às 18h30.

Abaixo, o que entendemos que os 16 clubes do Gauchão podem (e precisam) fazer neste segundo turno do Gauchão.

Avenida: começou bem, ganhando do Inter B, mas não deslanchou. Com uma campanha idêntica ao fracasso da Taça Piratini, escapa do rebaixamento. Mas terá que jogar mais, pois os adversários de chave são superiores aos do Grupo 1, enfrentados na Piratini. O alto nível do Grupo 2 (que tem Caxias, Novo Hamburgo, Grêmio e Cruzeiro) dificulta muito as chances de classificação.

Canoas: é o pior time do campeonato, com apenas 1 pontinho. Está sete atrás dos primeiros que não cairiam. Só não será rebaixado se se classificar, e em primeiro ou segundo do grupo. Ou se vencer a Taça Farroupilha, mas aí é delírio.

Caxias: campeão da Taça Piratini, o Caxias pode entrar de sangue doce. Enfrentará um grupo difícil, e precisará de concentração e esforços para se classificar. É difícil pensar que pode ser campeão antecipado, mas a chance existe.

Cerâmica: situação análoga à do Avenida. Joga num grupo muito difícil, que lhe dificultará muito a possibilidade de classificação, mas tem boas chances de escapar do rebaixamento. 

Cruzeiro: uma das grandes incógnitas. Fez um excelente primeiro turno, mas perdeu os pontos no tapetão. A tendência é que, se permanecer mobilizado, faça nova grande campanha e se classifique. Desde que não tenha caído em depressão por conta dos pontos subtraídos.

Grêmio: é o principal candidato ao título da Taça Farroupilha. Entrará mobilizado, jogando as fases iniciais da Copa do Brasil, que não exigirão poupança de titulares. Terminou a Taça Piratini jogando um bom futebol e deve vir com tudo para buscar participação na final com o Caxias. O perigo está justamente na qualidade dos adversários de grupo. Será preciso jogar bem.

Internacional: com a Libertadores correndo em paralelo, partidas difíceis e viagens longas forçarão Dorival Júnior a poupar titulares na maioria dos jogos. A chance é o time B garantir lugar entre os quatro primeiros da chave para os titulares assumirem a bronca nos mata-matas.

Juventude: com o Inter focado na Libertadores, é o principal candidato a terminar na liderança do Grupo 1. Tem time para fazer a decisão da Taça Farroupilha, ainda mais se jogar em casa nas quartas e nas semifinais.

Lajeadense: outro que pode pegar carona no projeto Libertadores do Inter e se classificar bem. Terá um único azar: o jogo contra o Colorado, no Alviazul, tem tudo para ser um dos únicos onde Dorival Júnior escalará os titulares. Será uma decisão, no dia 28 de março.

Novo Hamburgo: tem elenco, futebol e time para se classificar e chegar longe, como chegou na Taça Piratini. Resta saber como reagirá à perda do título para o Caxias.

Pelotas: começou muito mal a Taça Piratini, mas com Beto Almeida cresceu demais. A tendência é que faça um segundo turno diferente e possa almejar classificação. O grupo, no entanto, é complicado.

Santa Cruz: candidato à classificação. Veio pouco badalado para o Gauchão, mas não se classificou por pouco. Deve brigar por vaga nas quartas de final.

São José: o objetivo é repetir a Taça Piratini e se classificar à segunda fase. Dificilmente irá além disso.

São Luiz: depois de um período difícil, cresceu e quase se classificou. Tem time para brigar por vaga. O risco de cair, maior temor de todos em Ijuí, é mínimo.

Veranópolis: principal candidato a estragar a festa dos quatro favoritos do Grupo 2. Terminou à frente do Grêmio na primeira fase da Taça Piratini. 

Ypiranga: com apenas 3 pontinhos, tem que fazer campanha de classificado para não ser rebaixado. As dificuldades são imensas. A estreia, contra o Inter, no Beira-Rio, tem que ser ao menos com um empate.

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