Em time que está ganhando...
A proposta de Luxemburgo é muito interessante, e a hora de testar é correta. Por mais que seja jogo eliminatório, e de Copa do Brasil, dificilmente uma mudança de esquema seria catastrófica a ponto de fazer o Grêmio correr risco de desclassificação para o River Plate/SE, que precisa fazer 2 a 0 em pleno Olímpico.
Bertoglio anda fazendo mesmo por merecer uma chance entre os titulares. Durante o Carta na Mesa de ontem, comentávamos que sua entrada no lugar de Marco Antônio poderia ser um problema, pois o argentino não é um organizador de jogadas, e sim um meia-atacante. Luxemburgo, então, ousou: na manhã de hoje, desfez o esquema que vinha dando certo, com três volantes. Tirou Léo Gago do time e escalou Bertoglio como atacante pela direita, mudando o esquema para o 4-3-3 e mantendo Marco Antônio na equipe.
Mudar algo que vem dando certo é sempre complicado, mas a hora é boa para arriscar. O Grêmio vinha tendo consistência defensiva com o esquema de losango no meio, mas menos por causa de Léo Gago, que frequentemente não fazia a cobertura de forma adequada. O jogador retirado do time, portanto, é realmente o correto - até por ser o de menor qualidade técnica do meio-campo. Mas o primeiro risco da troca é justamente o de piorar a cobertura à zaga, que é ainda insegura, mesmo que tenha sofrido só um gol nos últimos dois jogos.
Para que isto não ocorra, terá de haver uma mudança grande na forma de jogar dos laterais. Se no esquema de Roger eles tinham grande importância ofensiva (para não deixar Marco Antônio sozinho na armação), agora precisarão ter mais resguardos defensivos que ímpeto para atacar, justamente para auxiliarem na cobertura. A entrada de Pará no lugar de Júlio César tem claramente este objetivo, embora eu discorde da saída de Júlio por duas razões básicas: é mais jogador e vinha contribuindo bem defensivamente, até melhor que em termos ofensivos, pois tem cruzado muito mal.
O segundo risco potencial deste novo esquema é tirar Kleber de dentro da área. Luxemburgo terá de achar um modo para que o Gladiador não atue longe do gol, onde ele é realmente perigoso. Não se pode repetir o crime que Celso Roth fez com Rafael Sobis em 2010, tornando um perigoso atacante em um meia perdido e jogando a 40 metros da área.
Luxemburgo, portanto, tem uma boa ideia em mente. Esperou o time crescer coletivamente para alterá-lo e tentar dar sua cara à equipe. Mas ele precisa ter ciência de que está mexendo nas duas coisas que mais deram certo no Grêmio até agora em 2012: o esquema do Gre-Nal e o posicionamento de Kleber. É uma hora boa para testar, são os melhores em campo, vale o teste; mas não me surpreenderei se não der certo.
Bertoglio anda fazendo mesmo por merecer uma chance entre os titulares. Durante o Carta na Mesa de ontem, comentávamos que sua entrada no lugar de Marco Antônio poderia ser um problema, pois o argentino não é um organizador de jogadas, e sim um meia-atacante. Luxemburgo, então, ousou: na manhã de hoje, desfez o esquema que vinha dando certo, com três volantes. Tirou Léo Gago do time e escalou Bertoglio como atacante pela direita, mudando o esquema para o 4-3-3 e mantendo Marco Antônio na equipe.
Mudar algo que vem dando certo é sempre complicado, mas a hora é boa para arriscar. O Grêmio vinha tendo consistência defensiva com o esquema de losango no meio, mas menos por causa de Léo Gago, que frequentemente não fazia a cobertura de forma adequada. O jogador retirado do time, portanto, é realmente o correto - até por ser o de menor qualidade técnica do meio-campo. Mas o primeiro risco da troca é justamente o de piorar a cobertura à zaga, que é ainda insegura, mesmo que tenha sofrido só um gol nos últimos dois jogos.
Para que isto não ocorra, terá de haver uma mudança grande na forma de jogar dos laterais. Se no esquema de Roger eles tinham grande importância ofensiva (para não deixar Marco Antônio sozinho na armação), agora precisarão ter mais resguardos defensivos que ímpeto para atacar, justamente para auxiliarem na cobertura. A entrada de Pará no lugar de Júlio César tem claramente este objetivo, embora eu discorde da saída de Júlio por duas razões básicas: é mais jogador e vinha contribuindo bem defensivamente, até melhor que em termos ofensivos, pois tem cruzado muito mal.
O segundo risco potencial deste novo esquema é tirar Kleber de dentro da área. Luxemburgo terá de achar um modo para que o Gladiador não atue longe do gol, onde ele é realmente perigoso. Não se pode repetir o crime que Celso Roth fez com Rafael Sobis em 2010, tornando um perigoso atacante em um meia perdido e jogando a 40 metros da área.
Luxemburgo, portanto, tem uma boa ideia em mente. Esperou o time crescer coletivamente para alterá-lo e tentar dar sua cara à equipe. Mas ele precisa ter ciência de que está mexendo nas duas coisas que mais deram certo no Grêmio até agora em 2012: o esquema do Gre-Nal e o posicionamento de Kleber. É uma hora boa para testar, são os melhores em campo, vale o teste; mas não me surpreenderei se não der certo.
Comentários
Também acho que a tentativa é a correta. O esquema deu certo, mas Léo Gago em si nunca se justificou, e Bertoglio pede passagem. O ruim é que o Grêmio, escalando os melhores da frente, volta a ser um time sem opções de mudar o jogo no seu decorrer.