Feliz ano velho

2012 começa para a seleção brasileira como foi 2011 e tem sido a Era Mano Menezes: com más atuações. A Bósnia é uma seleção razoável, está entre as 20 primeiras do Ranking da FIFA, mas o Brasil devia uma atuação melhor. Neymar e Ganso decepcionaram, Júlio César falhou. E a vitória só veio com um gol contra, no fim.

Entre os pontos negativos, claro, Ronaldinho merece parágrafo só para ele. Diante de mais uma atuação pífia, será que Mano seguirá convocando o meia do Flamengo? Porque a boa atuação diante do México, no último jogo de 2011, era o único argumento minimamente válido para mantê-lo entre os convocados. Mas nem isso serve de justificativa. Ronaldinho não está nem na seleção dos melhores da Taça Guanabara. E não é força de expressão: ao menos dois meias de clubes rivais (Diego Souza e Thiago Neves) têm feito muito mais por merecer uma chance na seleção do que ele. Com Ronaldinho no time, Mano perde a chance de testar uma alternativa realmente válida em nome de uma aposta em alguém que não quer mais ser jogador profissional.

A hora seria boa para testar nomes para a seleção olímpica. Por isso (muito mais do que pelo vem jogando), Ganso deveria receber mais chances. Mas para titular do time principal, não. Hernanes, que começou hoje, vive momento muito superior, por exemplo. A expulsão contra a França, sempre lembrada por quem quer vê-lo longe da seleção, é muito menos grave que o desempenho ridículo de Ronaldinho em 90% dos amistosos que participa. Ou, ao menos, deveria ser, se o mundo do futebol fosse de fato justo.

Como sempre, o texto sobre o jogo do Brasil se encerra da mesma forma: Mano Menezes ainda terá muito trabalho para tornar este um time confiável. O problema é que o tempo até é cada vez mais curto. Tanto o tempo até a Copa como o tempo de Mano à frente da esquadra canarinho.

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