Ansiedade, o mal gremista do século XXI
Caio Júnior não faz um bom trabalho. Ou não fez, já que, ao que parece, está de saída. São apenas 54% de aproveitamento no Gauchão, uma classificação que só ocorreu porque o Cruzeiro/RS foi punido de forma injusta. Num começo de trabalho, dada a má campanha, já haverá um Gre-Nal no Beira-Rio, onde uma derrota pode arruinar a já pouca tranquilidade que paira sobre o Estádio Olímpico. É motivo para demissão do técnico?
Claro que não. O Grêmio começou a jogar oficialmente com Caio Júnior há apenas quatro semanas. São 28 dias desde aquela má estreia no Gauchão, contra o Lajeadense. São oito jogos. É muito pouco tempo, ao menos para diagnosticar que o problema das más exibições e pífios resultados é o treinador, por mais que ele esteja mal neste começo de temporada.
É possível elencar vários erros de Caio Júnior neste mês à frente do Tricolor: não define a escalação do time, nem sequer seu esquema tático; insiste em colocar Leandro numa função que ele não rende, quando em sua posição original ele já é contestável; mexeu mal no time contra o São José; bradou publicamente contra o desempenho do time após o primeiro tempo do jogo com o Ypiranga. Mas se é verdade que o começo tem sido complicado, ainda é pouco para dizer que ele é o problema de tudo.
Por exemplo: que culpa tem Caio Júnior se o Grêmio não tem sequer um zagueiro confiável em seu elenco? Se para a articulação ele teve à disposição nestes primeiros jogos Marquinhos (bom jogador, mas sempre cansado) e Marco Antônio? E principalmente: que culpa tem Caio Júnior se o Grêmio não ganha nada de relevância há 11 anos? Porque é evidente que ele sairá por conta de um imediatismo causado pela impaciência de uma torcida e de dirigentes que querem ver o time ganhar algo importante logo. A ansiedade é o principal fator para sua provável queda. Só que não se transforma um time novo em um time confiável sem tempo e sem planejamento.
Paulo Pelaipe, contratado em julho passado para salvar o time do rebaixamento e planejar com calma 2012, está prestes a jogar todo o planejamento pelo ralo. A agilidade para contratar e o poder de observação são suas duas principais qualidades como dirigente. Mas esta agilidade, neste caso, está se confundindo com ansiedade e precipitação. Será um pensamento mágico de que Caio Júnior é o novo Vagner Mancini, e 2012 pode ser como 2008 se for salvo ainda no começo? Com um mês de resultados ruins a convicção vai por água abaixo, assim, sem mais nem menos?
E o substituto? Adílson Batista, que nunca conseguiu ajeitar uma defesa como técnico, embora tenha sido grande zagueiro, conseguiria mais que Caio com Naldo, Grolli e Saimon? Vanderlei Luxemburgo, que há horas não apresenta um bom trabalho, custa caríssimo. Se vier, será a confirmação de que o Grêmio age por impulso e não tem planejamento algum. Afinal, ele é a antítese do que sempre pregaram Odone e Pelaipe em termos de concepção de futebol. Roger, que deve ser o técnico no clássico, deveria ser efetivado em caso de mudança. Tem potencial para ser técnico, estuda para isso, conhece o elenco e o clube e custa muito mais barato que muito "professor" que não mostra nada de novo por aí.
A hora era de prestigiar o treinador, dar confiança, apostar em seu trabalho e na continuidade, que é sempre amiga dos bons resultados. A impaciência da instituição Grêmio pela falta de títulos importantes prejudica seriamente o planejamento do clube. O Tricolor só voltará a ser vencedor se pensar além do dia de hoje. Enquanto a ansiedade por vitórias predominar, mais longe o Grêmio estará de voltar ao lugar que todos os gremistas exigem e tanto anseiam.
Claro que não. O Grêmio começou a jogar oficialmente com Caio Júnior há apenas quatro semanas. São 28 dias desde aquela má estreia no Gauchão, contra o Lajeadense. São oito jogos. É muito pouco tempo, ao menos para diagnosticar que o problema das más exibições e pífios resultados é o treinador, por mais que ele esteja mal neste começo de temporada.
É possível elencar vários erros de Caio Júnior neste mês à frente do Tricolor: não define a escalação do time, nem sequer seu esquema tático; insiste em colocar Leandro numa função que ele não rende, quando em sua posição original ele já é contestável; mexeu mal no time contra o São José; bradou publicamente contra o desempenho do time após o primeiro tempo do jogo com o Ypiranga. Mas se é verdade que o começo tem sido complicado, ainda é pouco para dizer que ele é o problema de tudo.
Por exemplo: que culpa tem Caio Júnior se o Grêmio não tem sequer um zagueiro confiável em seu elenco? Se para a articulação ele teve à disposição nestes primeiros jogos Marquinhos (bom jogador, mas sempre cansado) e Marco Antônio? E principalmente: que culpa tem Caio Júnior se o Grêmio não ganha nada de relevância há 11 anos? Porque é evidente que ele sairá por conta de um imediatismo causado pela impaciência de uma torcida e de dirigentes que querem ver o time ganhar algo importante logo. A ansiedade é o principal fator para sua provável queda. Só que não se transforma um time novo em um time confiável sem tempo e sem planejamento.
Paulo Pelaipe, contratado em julho passado para salvar o time do rebaixamento e planejar com calma 2012, está prestes a jogar todo o planejamento pelo ralo. A agilidade para contratar e o poder de observação são suas duas principais qualidades como dirigente. Mas esta agilidade, neste caso, está se confundindo com ansiedade e precipitação. Será um pensamento mágico de que Caio Júnior é o novo Vagner Mancini, e 2012 pode ser como 2008 se for salvo ainda no começo? Com um mês de resultados ruins a convicção vai por água abaixo, assim, sem mais nem menos?
E o substituto? Adílson Batista, que nunca conseguiu ajeitar uma defesa como técnico, embora tenha sido grande zagueiro, conseguiria mais que Caio com Naldo, Grolli e Saimon? Vanderlei Luxemburgo, que há horas não apresenta um bom trabalho, custa caríssimo. Se vier, será a confirmação de que o Grêmio age por impulso e não tem planejamento algum. Afinal, ele é a antítese do que sempre pregaram Odone e Pelaipe em termos de concepção de futebol. Roger, que deve ser o técnico no clássico, deveria ser efetivado em caso de mudança. Tem potencial para ser técnico, estuda para isso, conhece o elenco e o clube e custa muito mais barato que muito "professor" que não mostra nada de novo por aí.
A hora era de prestigiar o treinador, dar confiança, apostar em seu trabalho e na continuidade, que é sempre amiga dos bons resultados. A impaciência da instituição Grêmio pela falta de títulos importantes prejudica seriamente o planejamento do clube. O Tricolor só voltará a ser vencedor se pensar além do dia de hoje. Enquanto a ansiedade por vitórias predominar, mais longe o Grêmio estará de voltar ao lugar que todos os gremistas exigem e tanto anseiam.
Comentários
Dizem que Caio Jr é mau treinador, que nunca acertou em time algum, que não consegue montar um esquema de jogo, que está fazendo menos do que pode. Mas quem recita essas frases para justificar mais esse possível atropelo deixa de acrescentar que não temos zagueiros confiáveis, que ainda estamos contratando gente para o meio-campo, que o time mudou quase completamente e nenhuma equipe surge do nada.
Dos cogitados, Adilson Batista seria o menos pior - e digo menos pior MESMO, porque não creio de forma alguma que seja boa opção. A própria ausência de boas opções, aliás, mostra que a mudança a essa altura não é a melhor ideia.
Eu concordo até com as vírgulas do texto.
Falta muito para 2013?
Abraço.
um ex-ídolo do clube que, caso desse certo, poderia apagar das costas de odone a demissão do maior ídolo gremista com ações de marketing e tudo mais.
ao menos acho que foi mais por isso do que pelas idéias de futebol do caiojr.
já pensava nisso antes e essa eliminação precoce (bbb gremista?) me parece demonstrar isso, pois se acreditassem no trabalho do treinador, o manteriam.
além disso, caiojr queimava a boleirada ao não assumir a culpa pelos maus resultados, o que ocasiona uma má vontade do elenco para com ele e, principalmente, raiva de quem contratou o grupo de jogadores e se vê posto em check pela mídia.
E a rivalidade pesa mesmo, Felipe, sem dúvida alguma. Mas o Inter começou a se organizar mesmo antes do Carvalho, com o Fernando Miranda, numa época em que o Grêmio era bem mais forte e ganhava todos os Gre-Nais - ainda pior que a situação gremista hoje, por exemplo. Tem que haver um dirigente que faça o "trabalho sujo" no Grêmio, como fez o Miranda. Talvez até esse trabalho sujo já tenha sido feito, mas o clube tem dado passos maiores que as pernas, em vez de seguir na toada mais serena de 2006 a 2008, por exemplo.
total sei disso
mas adílson era da época do koff e felipão, além de empregado, também.
o caio foi jogador DO odone.
mas é só um achismo meu.