Uma volta para casa
Caio Júnior e o Grêmio se conhecem bem. Revelação tricolor nos anos 80, o ex-centroavante e agora treinador tricolor reiterou várias vezes se sentir em casa em sua primeira coletiva como comandante gremista. Foi, inclusive, jogador no primeiro mandato de Paulo Odone, em 1987. Daí, possivelmente, venha a simpatia do presidente por ele, mesmo que não possua o estilo sanguíneo que a atual direção tanto aprecia.
Mesmo que tenha sido apenas um primeiro contato, já temos algumas pistas de como será o Grêmio de 2012, ao menos o que está na cabeça do recém contratado técnico: um time veloz, e que buscará o gol com apetite. Caio Júnior falou em equilíbrio, mas ressaltou que seus times criam muitas chances e atacam o adversário. Mais ou menos o discurso de Renato Portaluppi. Bem diferente de Celso Roth. Sobre Douglas, disse que o quer no time por sua qualidade diferenciada, mas que sua lentidão pode ser compensada com um outro meia rápido a seu lado. Marquinhos pode estar com os dias contados, ao menos em nível de titularidade.
Caio Júnior, já externei esta opinião mais de uma vez (inclusive no Carta na Mesa), é uma boa aposta que faz o Grêmio. Um técnico com experiência em clubes grandes de Rio e São Paulo, sempre com bons trabalhos, e ainda com muito apetite por títulos, por não ter alcançado nenhum significativo em sua relativamente curta carreira. É identificado com o clube, conhece tudo no Estádio Olímpico. Em um ambiente que precisa de tranquilidade para começar uma temporada que será de pressão, tem um discurso polido e equilibrado. Ao mesmo tempo, é confiante: se disse preparado para assumir o Grêmio num momento de necessidade de títulos. "Ele jamais diria o contrário", bradarão alguns. Mas podia ter se omitido, o que é bem mais conveniente.
A temporada 2012 será a de maior pressão por títulos do Grêmio nos últimos anos. Em 2006, tudo era festa após a volta à Série A. Em 2007, se queria muito a Libertadores, mas houve tolerância após o vice-campeonato, pelo esforço da equipe e pela reduzida capacidade de investimento que o clube dispunha. Em 2008, com um time barato, o vice brasileiro foi comemorado, embora frustrante. Em 2009, começaram as pressões: um time caro, que fracassou na Libertadores. Em 2010 os gremistas já estavam sedentos por uma conquista, mas o time parou no Santos. Neste ano, foi insuportável: 10 anos de aniversário do último grande título é simbólico. Fora que 2010, que terminou promissor, trouxe uma expectativa imensa, que foi frustrada dia após dia.
Em 2012, um dos três títulos entre Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro ou Sul-Americana, ao menos, terá que parar no Olímpico. Algo menos que isso será considerado um fracasso. Caio Júnior precisa, realmente, estar bem preparado para o desafio.
Começo errado
Nesta segunda foi sinalizada a possibilidade de o Internacional atuar nos primeiros jogos do Gauchão 2012 com reservas. A temporada nem começou e o Colorado já começa errando, caso isso se confirme. Ano após ano, repito minha opinião sobre este assunto, e não a mudarei até que os fatos provem o contrário. O Inter não precisa entrar com titulares em todos os primeiros jogos do estadual, mas ao menos em alguns deveria. Não só porque já dará ao Grêmio uma evidente vantagem logo de saída, mas porque há um Gre-Nal já no dia 5 de fevereiro e, principalmente, dois duelos da fase preliminar da Libertadores em 25 de janeiro e 1º de fevereiro. Enfrentar os colombianos sem ritmo de jogo, voltando das férias, é péssimo negócio. O Gauchão pode ser um estorvo no calendário, mas ajuda neste sentido.
Lista de dispensas
Quem fica e quem sai de Porto Alegre para o ano que vem?
A pergunta é capciosa. Certamente, Grêmio e Internacional precisam renovar seus elencos, ainda que por motivos diferentes: o Tricolor porque precisa acrescentar qualidade e mudar a figura de um elenco que fracassou este ano; o Colorado porque tem um time cheio de medalhões, envelhecido, e que clama por renovação.
É claro que muitos podem ficar, até para compor grupo. Mas nomes como Rodolfo, Gabriel, Edcarlos, Rafael Marques, Diego Clementino, Lúcio, Lauro, Renan, Índio, Sorondo, Bolívar, Sandro Silva, Jô e Zé Roberto deveriam procurar outros ares. Outros, como Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Marquinhos, André Lima, Kleber, Andrezinho, Tinga e Guiñazu poderiam entrar em negociação ou, no mínimo, ter suas titularidades repensadas.
Seleções
Boa a seleção da Bola de Prata da Placar. Sempre há algumas discordâncias, ainda que seja muito do lado pessoal: não vi essa bola toda nos desempenhos de Marcos Assunção, Paulo André e Montillo, mas é do jogo. Neymar, na média, foi realmente fantástico, e não digo que seja injusta sua Bola de Ouro - embora meu craque do campeonato seja outro. Vocês ouvirão no Carta na Mesa desta quinta, quando elegeremos a nossa seleção do Brasileirão 2011.
A da CBF foi um fiasco completo, especialmente pela péssima produção, erros bisonhos e constrangimentos de todo o tipo. O Carta na Mesa, garanto, não fará fiasco - e nosso orçamento é bem menor que o deles. GESTÃO, meus amigos.
Mesmo que tenha sido apenas um primeiro contato, já temos algumas pistas de como será o Grêmio de 2012, ao menos o que está na cabeça do recém contratado técnico: um time veloz, e que buscará o gol com apetite. Caio Júnior falou em equilíbrio, mas ressaltou que seus times criam muitas chances e atacam o adversário. Mais ou menos o discurso de Renato Portaluppi. Bem diferente de Celso Roth. Sobre Douglas, disse que o quer no time por sua qualidade diferenciada, mas que sua lentidão pode ser compensada com um outro meia rápido a seu lado. Marquinhos pode estar com os dias contados, ao menos em nível de titularidade.
Caio Júnior, já externei esta opinião mais de uma vez (inclusive no Carta na Mesa), é uma boa aposta que faz o Grêmio. Um técnico com experiência em clubes grandes de Rio e São Paulo, sempre com bons trabalhos, e ainda com muito apetite por títulos, por não ter alcançado nenhum significativo em sua relativamente curta carreira. É identificado com o clube, conhece tudo no Estádio Olímpico. Em um ambiente que precisa de tranquilidade para começar uma temporada que será de pressão, tem um discurso polido e equilibrado. Ao mesmo tempo, é confiante: se disse preparado para assumir o Grêmio num momento de necessidade de títulos. "Ele jamais diria o contrário", bradarão alguns. Mas podia ter se omitido, o que é bem mais conveniente.
A temporada 2012 será a de maior pressão por títulos do Grêmio nos últimos anos. Em 2006, tudo era festa após a volta à Série A. Em 2007, se queria muito a Libertadores, mas houve tolerância após o vice-campeonato, pelo esforço da equipe e pela reduzida capacidade de investimento que o clube dispunha. Em 2008, com um time barato, o vice brasileiro foi comemorado, embora frustrante. Em 2009, começaram as pressões: um time caro, que fracassou na Libertadores. Em 2010 os gremistas já estavam sedentos por uma conquista, mas o time parou no Santos. Neste ano, foi insuportável: 10 anos de aniversário do último grande título é simbólico. Fora que 2010, que terminou promissor, trouxe uma expectativa imensa, que foi frustrada dia após dia.
Em 2012, um dos três títulos entre Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro ou Sul-Americana, ao menos, terá que parar no Olímpico. Algo menos que isso será considerado um fracasso. Caio Júnior precisa, realmente, estar bem preparado para o desafio.
Começo errado
Nesta segunda foi sinalizada a possibilidade de o Internacional atuar nos primeiros jogos do Gauchão 2012 com reservas. A temporada nem começou e o Colorado já começa errando, caso isso se confirme. Ano após ano, repito minha opinião sobre este assunto, e não a mudarei até que os fatos provem o contrário. O Inter não precisa entrar com titulares em todos os primeiros jogos do estadual, mas ao menos em alguns deveria. Não só porque já dará ao Grêmio uma evidente vantagem logo de saída, mas porque há um Gre-Nal já no dia 5 de fevereiro e, principalmente, dois duelos da fase preliminar da Libertadores em 25 de janeiro e 1º de fevereiro. Enfrentar os colombianos sem ritmo de jogo, voltando das férias, é péssimo negócio. O Gauchão pode ser um estorvo no calendário, mas ajuda neste sentido.
Lista de dispensas
Quem fica e quem sai de Porto Alegre para o ano que vem?
A pergunta é capciosa. Certamente, Grêmio e Internacional precisam renovar seus elencos, ainda que por motivos diferentes: o Tricolor porque precisa acrescentar qualidade e mudar a figura de um elenco que fracassou este ano; o Colorado porque tem um time cheio de medalhões, envelhecido, e que clama por renovação.
É claro que muitos podem ficar, até para compor grupo. Mas nomes como Rodolfo, Gabriel, Edcarlos, Rafael Marques, Diego Clementino, Lúcio, Lauro, Renan, Índio, Sorondo, Bolívar, Sandro Silva, Jô e Zé Roberto deveriam procurar outros ares. Outros, como Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Marquinhos, André Lima, Kleber, Andrezinho, Tinga e Guiñazu poderiam entrar em negociação ou, no mínimo, ter suas titularidades repensadas.
Seleções
Boa a seleção da Bola de Prata da Placar. Sempre há algumas discordâncias, ainda que seja muito do lado pessoal: não vi essa bola toda nos desempenhos de Marcos Assunção, Paulo André e Montillo, mas é do jogo. Neymar, na média, foi realmente fantástico, e não digo que seja injusta sua Bola de Ouro - embora meu craque do campeonato seja outro. Vocês ouvirão no Carta na Mesa desta quinta, quando elegeremos a nossa seleção do Brasileirão 2011.
A da CBF foi um fiasco completo, especialmente pela péssima produção, erros bisonhos e constrangimentos de todo o tipo. O Carta na Mesa, garanto, não fará fiasco - e nosso orçamento é bem menor que o deles. GESTÃO, meus amigos.
Comentários
No caso do Kleber, talvez ele já esteja de saída mesmo. O Inter deve renovar com o Fabrício mas deveria voltar a dar chances ao promissor guri Zé Mário.
E quanto ao Juan? O Inter vai ou não vai vender esse moleque pra Inter de Milão? Outros nessa lista de dispensas: Mathias, Glaydson, Lauro
De resto, quinta nossa seleção será melhor do que qquer CBF ou Placar da vida!
E foi mesmo ridícula a premiação da CBF. Não apenas nos vencedores como na cerimônia, nunca a vi tão bagunçada e desorganizada como foi a desse ano!
Minha seleção do campeonato, baseado nos indicados desse ano, seria: Fernando Prass (VAS); Bruno (FIG), Dedé (VAS), Emerson (CTB) e Kléber (INT); Paulinho (COR), Arouca (SAN), T. Neves (FLA) e D. Souza (VAS); Fred (FLU) e L. Damião (INT). Técnico: Jorginho (FIG)
Mas para mim nada foi pior que a fritada que o Marco Maia deu no Vuaden, único representante do futebol gaúcho premiado.
Henrique, do Palmeiras, é um bom zagueiro, Gustavo. Embora não tenha ido bem no Campeonato Brasileiro. Caso semelhante ao do Gilberto Silva. Em 2012, depois de pré-temporada, pode ser outra história.
Alguém mais viu esse programa?