Há vida sem Leandro Damião?

Segundo o médico Paulo Rabello, a lesão de Leandro Damião não é das mais leves. Estima-se como mínimo de recuperação para problemas deste tipo no posterior da coxa algo em torno de 20 dias. No caso do centroavante colorado, será necessário o dobro de tempo para voltar aos gramados: de 35 a 40.

Significa que o melhor centroavante brasileiro da temporada, 39 gols, autor de quase 40% dos tentos marcados pelo time em 2011, desfalcará a equipe em 7 compromissos: Atlético/MG, Atlético/PR, São Paulo, Vasco, Avaí, Corinthians e Atlético/GO estão poupados de ter de enfrentá-lo. Ele retornaria dia 6 de novembro, apenas na longínqua 33ª rodada, contra o Fluminense.

Ao contrário de muitos, não acho que seja a hora de cobrar Jô a assumir as rédeas e tentar ser Damião. É, sim, a hora de Dorival Júnior. Veremos agora, na escassez de bons atacantes porque passa o elenco do Inter, o que ele será capaz de montar para diminuir o tamanho deste problema. O primeiro passo é esquecer Leandro Damião. O segundo é colocar um atacante para jogar ao lado de Jô. Damião cria chances sozinho, Jô não tem essa capacidade. Se os meias não participarem e o abastecerem, sucumbirá e parecerá um jogador muito pior - é bom atacante, mas não o comparemos com o atual titular, por fineza.

O Inter, neste caso, corre o risco de marcar pouquíssimos gols durante sua ausência. Damião é o resquício de objetividade em um time que, há tempos, toca muito e chuta pouco. É tão fora de série que faz de um time com esta característica o melhor ataque do campeonato. O problema é saber quem será este segundo atacante. Dellatorre, para não cometermos a precipitação de dizer que é insuficiente, no mínimo não está pronto. Talvez seja o caso de improvisar algum dos meias. Seja o que for, não há muito tempo a perder. Afinal, domingo, já haverá um Atlético/MG jogando a vida no Beira-Rio.

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