A respeito de Miralles e Elifoot

O coletivo gremista da manhã de sábado colocou Miralles e Brandão no ataque gremista. Embora ainda me pareça que André Lima seria uma opção melhor ao lado do argentino, considero uma boa decisão de Celso Roth, caso ela seja confirmada no difícil jogo de domingo contra o Atlético-GO. Partida que já era complicada depois do fiasquento 3 a 0 sofrido pelo Grêmio diante do Ceará e que ganhou contornos ainda mais preocupantes depois do estrondoso 4 a 1 do Dragão, fora de casa, diante do até então invicto Flamengo.

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A primeira opção ofensiva testada por Roth, com André Lima e Brandão, me parece um absurdo completo. Não só pela óbvia inadequação de escalar dois centroavantes, mas porque isso não faz nenhum sentido em uma equipe que não está montada para fazer bom uso de um atacante fincado na área que seja, que dirá dois. Muito das críticas a André Lima, na minha opinião, são consequência disso. Jogador de conclusão, André Lima tem recebido poucos cruzamentos e quase sempre é forçado a receber a bola fora da área, de costas para os zagueiros, distante do gol e sem ninguém com quem tabelar ou fazer a parede. Brandão não será esse jogador - que não existe no Olímpico desde a saída de Jonas, aliás. Pela primeira amostragem, pareceu lento e de pouco traquejo com a bola no pé, exatamente o oposto do que o Grêmio precisa no momento.

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Miralles e Brandão é uma dupla que dá contornos mais realistas ao ataque gremista. Miralles não chega a ser um sucesso estrondoso no Grêmio, mas dá sinais de ter sido uma boa contratação: tem o ímpeto ofensivo necessário e movimenta-se bastante e com considerável rapidez. Será um complemento muito mais interessante para uma equipe de centroavante mais fincado, seja ele quem for. Ainda que seja curioso constatar que, contra o Ceará, Celso Roth usou Leandro e depois Diego Clementino, nenhum dos dois sequer cogitado para o jogo de domingo.

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No caso, o Grêmio atuaria em um 4-3-1-2, com Adílson robustecendo a marcação no meio, Gabriel de volta à lateral direita e Douglas recebendo constante apoio de Fábio Rochemback na criação. Não é um time para dar show de futebol, mas já parece melhor do que o estranho arremedo com dois centroavantes e dois armadores (Douglas e Marquinhos) que treinou na sexta-feira. Afinal de contas, reforçar o ataque empilhando centroavantes é algo que só dava certo no Elifoot, e olhe lá.