Os desafios de Dorival Júnior
Dorival Júnior, enfim, foi anunciado pelo Internacional. A má campanha no Atlético/MG serve como fator de repúdio à contratação por alguns colorados, mas não pode ser o principal parâmetro. Nos últimos 8 anos, o único técnico que conseguiu tirar alguma coisa do Galo foi Celso Roth, em 2009. É um problema muito mais do clube do que de qualquer treinador especificamente.
Dorival tem no cartel bons trabalhos. O primeiro com algum destaque foi no primeiro semestre de 2007, quando levou o São Caetano à final do Paulistão goleando o São Paulo, com Douglas (o do Grêmio) e Glaydson no time. Os mais conhecidos são os recentes: a subida com o Coritiba e Vasco desde a Série B, em 2008 e 2009, e o fantástico Santos campeão da Copa do Brasil, em 2010. O time era recheado de craques, mas ele conseguiu montá-lo com todos juntos, algo que raramente se consegue hoje em dia. É um mérito seu. Caiu porque bateu de frente com Neymar, mas logo em seguida assumiu o Atlético/MG e o livrou de uma queda que parecia certa para a Segunda Divisão. O ruim no Galo foi o 2011, não o 2010.
No Santos, em seu melhor trabalho, Dorival Júnior curiosamente mostrou duas limitações que não poderá ter no Beira-Rio. A primeira é a tolerância com os líderes de grupo que se adonam do vestiário. Antes de deixar Neymar na reserva, permitiu dezenas de desmandos dele e de Ganso, cujo absurdo maior foi a postura passiva ao ver o camisa 10 se recusar a ser substituído na final do Campeonato Paulista, contra o Santo André.
A outra, claro, é a dificuldade em montar defesas sólidas. Pegar o Santos de 2010 como exemplo é complicado, pois era um time sem parâmetros, que levava 3 gols por jogo e fazia 4 ou 5. O grave é que isso se repetiu no Atlético/MG deste ano e no seu bom trabalho de 2007 no Cruzeiro, quando o time chegou à Libertadores sofrendo nada menos que 58 gols durante a competição, a 5ª pior defesa daquele Brasileirão. Isto, para um dirigente como Fernando Carvalho, que tem como filosofia o "arrumar a cozinha" antes de tudo, pode ser um ponto de conflito futuro.
A tendência, no entanto, é boa. O Inter traz um bom técnico, que pode montar um time interessante, de futebol bem jogado. O curioso é saber se dois dos grandes problemas atuais (ajeitar a defesa e enfrentar os coronelismos no vestiário) serão resolvidos. Seu passado não indica isso. O Beira-Rio será um grande desafio para Dorival Júnior.
Júlio César
É um bom lateral esquerdo, 29 anos, apoiador acima de tudo. Lembra Jadílson não só por ter jogado no Goiás, mas pelo estilo de jogo e por só ter dado certo de fato no Serra Dourada. Encorpar o elenco é sempre interessante, mas duvido que venha para não ser titular ou disputar posição. Neste caso, estará se freando o avanço de Bruno Collaço, jogador de potencial, que precisa de chances, pois parece ter futuro. Mas pode acrescentar.
Dorival tem no cartel bons trabalhos. O primeiro com algum destaque foi no primeiro semestre de 2007, quando levou o São Caetano à final do Paulistão goleando o São Paulo, com Douglas (o do Grêmio) e Glaydson no time. Os mais conhecidos são os recentes: a subida com o Coritiba e Vasco desde a Série B, em 2008 e 2009, e o fantástico Santos campeão da Copa do Brasil, em 2010. O time era recheado de craques, mas ele conseguiu montá-lo com todos juntos, algo que raramente se consegue hoje em dia. É um mérito seu. Caiu porque bateu de frente com Neymar, mas logo em seguida assumiu o Atlético/MG e o livrou de uma queda que parecia certa para a Segunda Divisão. O ruim no Galo foi o 2011, não o 2010.
No Santos, em seu melhor trabalho, Dorival Júnior curiosamente mostrou duas limitações que não poderá ter no Beira-Rio. A primeira é a tolerância com os líderes de grupo que se adonam do vestiário. Antes de deixar Neymar na reserva, permitiu dezenas de desmandos dele e de Ganso, cujo absurdo maior foi a postura passiva ao ver o camisa 10 se recusar a ser substituído na final do Campeonato Paulista, contra o Santo André.
A outra, claro, é a dificuldade em montar defesas sólidas. Pegar o Santos de 2010 como exemplo é complicado, pois era um time sem parâmetros, que levava 3 gols por jogo e fazia 4 ou 5. O grave é que isso se repetiu no Atlético/MG deste ano e no seu bom trabalho de 2007 no Cruzeiro, quando o time chegou à Libertadores sofrendo nada menos que 58 gols durante a competição, a 5ª pior defesa daquele Brasileirão. Isto, para um dirigente como Fernando Carvalho, que tem como filosofia o "arrumar a cozinha" antes de tudo, pode ser um ponto de conflito futuro.
A tendência, no entanto, é boa. O Inter traz um bom técnico, que pode montar um time interessante, de futebol bem jogado. O curioso é saber se dois dos grandes problemas atuais (ajeitar a defesa e enfrentar os coronelismos no vestiário) serão resolvidos. Seu passado não indica isso. O Beira-Rio será um grande desafio para Dorival Júnior.
Júlio César
É um bom lateral esquerdo, 29 anos, apoiador acima de tudo. Lembra Jadílson não só por ter jogado no Goiás, mas pelo estilo de jogo e por só ter dado certo de fato no Serra Dourada. Encorpar o elenco é sempre interessante, mas duvido que venha para não ser titular ou disputar posição. Neste caso, estará se freando o avanço de Bruno Collaço, jogador de potencial, que precisa de chances, pois parece ter futuro. Mas pode acrescentar.
Comentários
De fato, Dorival treinou o time em 2008, quando foi Campeão Paranaense dentro da Arena da Baixada
Dorival Jr pegou o Coxa já na Série A. Eu tenho uma relação dúbia com o trabalho dele no meu time.
Às vezes penso que ele tirou bastante de um elenco limitado - o Coritiba terminou em 10° mas ficou a maior parte do ano próximo do G4.
Mas ele escalava o Coritiba sempre sem atacante de área. A escalação dele era tipo um 3-6-1-0. O melhor volante jogava como terceiro zagueiro (Rodrigo Mancha), o melhor meia jogava como volante (Carlinhos Paraíba), e por aí vai.
Só comecei a achar ele bom depois que o Coritiba ficou sem ele, e 2009 foi a tragédia que foi.
Não tenho dúvida que no Internacional ele será muito pior do que o Falcão.
Em relação ao Dorival Jr, repito minha opinião: é um treinador supervalorizado. Tem bons trabalhos e inegável qualidade, mas não vale a pequena fortuna que ganhará por mês. E tem problemas no trato com os jogadores, o que pode ser complicado em um elenco cheio de egos como o do Inter. Mas enfim, longe está de ser um mau nome - melhor que Cuca e Autuori certamente é. E é também, de certa maneira, um treinador "novo", algo que falta no futebol brasileiro, onde muito treinador ganha centenas de milhares de reais por mês em cima de uma fama, muitas vezes, imerecida.
Quanto ao Grêmio, só tenho uma ordem, vinda direto do VdeP: RALAI, Celso Roth!