Um adversário nada auspicioso
Coritiba 2 x 0 Inter, em 2009, último jogo de Tite pelo Inter |
Paulo Autuori, 01/08/1999: o ambicioso projeto de Paulo Rogério Amoretty no primeiro semestre esvaiu-se na goleada de 4 a 0 para o Juventude, pelas semifinais da Copa do Brasil. Logo a seguir, o Inter perdeu o Gauchão para o Grêmio e entrou no Brasileiro com um time fraco e abatido. Após levar 2 a 1 do Guarani na estreia (sofreu a virada no final do jogo), o Colorado apanhou por 2 a 0 do Coritiba em pleno Beira-Rio (gols de Betinho e Reginaldo Araújo) na segunda rodada. Paulo Autuori pediu as contas após o jogo. Walmir Louruz, algoz colorado na Copa do Brasil com o Papo, o substituiu. Não durou dois meses no cargo.
Celso Roth, 02/11/2002: o Inter ia de mal a pior e já começava a namorar a zona do rebaixamento. Uma semana após perder um Gre-Nal em casa, Celso Roth foi golpeado em definitivo com uma derrota ao apagar das luzes, novamente no Beira-Rio: 1 a 0, gol de Lima - jogada de Tcheco. Detalhe: o Coritiba tinha dez homens em campo. Cláudio Duarte chegou e, em 15 dias, livrou o time da queda na última rodada, na histórica partida contra o Paysandu, em Belém.
Muricy Ramalho, 04/12/2005: não foi um caso de demissão, mas de fim de ciclo. O Inter disputava o título com o Corinthians, mas precisaria golear o ameaçado Coritiba no Paraná e torcer por goleada do Goiás sobre o Timão. Perdeu por 1 a 0, após pênalti cometido por Élder Granja, e ficou com o vice-campeonato. O Coritiba foi rebaixado, mesmo vencendo.
Tite, 04/10/2009: o Coritiba foi um adversário marcante do Inter de Tite naquele ano. Na partida da semifinal da Copa do Brasil, o Inter viveu seu auge técnico, embalado por Taison, vencendo por 3 a 1. Na volta, a derrota de 1 a 0 classificou o time à decisão com o Corinthians, mas iniciou também meses complicados e irregulares para Tite, que caiu justamente após um 2 a 0 para o Coxa, no Couto Pereira. Mário Sérgio foi o substituto.
De Paulo Autuori para cá, o Inter trocou de técnico 21 vezes. Quase 20% destas trocas ocorreram contra o Coxa. Veja o último jogo de cada um pelo Colorado:
Paulo Autuori (Inter 0 x 2 Coritiba, 01/08/1999)
Walmir Louruz (Inter 1 x 2 Santos, 02/10/1999)
Emerson Leão (Atlético/PR 2 x 1 Inter, 04/12/1999)
Zé Mário (Inter 0 x 0 São José, 04/04/2001)
Cláudio Duarte (São José 1 x 1 Inter, 20/05/2001)
Carlos Alberto Parreira (Cruzeiro 4 x 2 Inter, 02/12/2001)
Ivo Wortmann (Inter 0 x 0 Esportivo, 22/05/2002)
Guto Ferreira (Inter 2 x 2 São Paulo, 24/08/2002)
Celso Roth (Inter 0 x 1 Coritiba, 02/11/2002)
Cláudio Duarte (Paysandu 0 x 2 Inter, 17/11/2002)
Muricy Ramalho (São Caetano 5 x 0 Inter, 13/12/2003)
Lori Sandri (Inter 1 x 3 Vasco, 27/06/2004)
Joel Santana (Fluminense 3 x 1 Inter, 01/09/2004)
Muricy Ramalho (Coritiba 1 x 0 Inter, 04/12/2005)
Abel Braga (Inter 1 x 0 Nacional, 19/04/2007)
Alexandre Gallo (Palmeiras 1 x 1 Inter, 09/08/2007)
Abel Braga (Inter 1 x 1 Sport, 31/05/2008)
Tite (Coritiba 2 x 0 Inter, 04/10/2009)
Mário Sérgio (Inter 4 x 1 Santo André, 06/12/2009)
Jorge Fossati (Vasco 3 x 2 Inter, 27/05/2010)
Celso Roth (Jaguares 1 x 0 Inter, 06/04/2011)
Foto: Ole Ole.
Comentários
Outro levantamento: em 12 anos, o Inter trocou 21 vezes de técnico. É muito, quase dois por ano. O Grêmio, que pouco ganhou neste período, mexeu "só" 16 vezes no comando do time. Uma das poucas coisas em que o Colorado não conseguiu evoluir nesta década estupenda.
Sobre o excesso de mudança de treinadores por parte do Inter: realmente é um número alto, mas tv, numa comparação com os grandes do RJ e SP, ainda seja um número baixo.
E vale lembrar que, de junho de 2009 até julho de 2011, período em q o inter venceu uma liber, trocou 5 vezes o seu comandante. No fim das contas, ainda assim conseguiu um título de enorme grandeza.
Esse dado, somado aos títulos dos grandes cariocas, me leva a concluir q futebol e organização, de fato, não combinam!
Falcão não concordaria, asuhashdasuhd