O pênalti do destino

ATLÉTICO PR 0 x 2 BAHIA
A saída de Adílson Batista do comando técnico do Atlético-PR é plenamente justificada, muito além dos resultados. E isso é dito sem maldade ou ironia: o fato é que não só o treinador não consegue tirar nada do time, como as suas últimas campanhas mostram que talvez seja hora de uma reciclada nas ideias, digamos assim. Cinco derrotas em seis jogos é sinal suficientemente assustador em si mesmo; depois de um sapeca-neném do Bahia, em casa, a coisa ganha contornos ainda mais dramáticos. De fato, o Atlético-PR foi sempre inferior ao adversário vindo da Boa Terra - mesmo com três zagueiros, não conseguia se defender, e depender da criatividade do venerando Paulo Baier é certeza de lentidão mortal na saída de jogo. A coisa melhorou no segundo tempo, com a entrada de Kléberson e uma participação mais intensa de Mádson no ataque, mas aí foi a defesa que fraquejou, para a alegria de Marcone e Lulinha, autores dos gols para o Bahia.
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De qualquer modo, o trabalho de Adílson Batista parece ter chegado em uma espécie de beco sem saída. OK, o plantel do Furacão longe está de ser apreciável, mas a impressão que ficou na partida contra o Grêmio reforçou-se hoje, nas breves espiadas que dei no jogo: dava para escalar melhor esse time. Parecendo refém das próprias ideias, Adílson deixava de fora peças capazes de dinamizar o time, em nome de uma formatação tática das mais engessadas. Só entre 2010 e 2011, fracassou em três clubes - Corinthians, Santos e o próprio Atlético-PR. Não ganha títulos desde 2009, quando levantou o campeonato mineiro pelo Cruzeiro. Parece mesmo o momento para Adilson Batista - que não é mau treinador, diga-se - reciclar-se, tirar um sabático e dar uma renovada nas ideias.
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GOIÁS 1 x 4 PORTUGUESA
Outro que anda sofrendo o pênalti do destino é o Goiás. Penando nas agruras da Série B, levou 4 a 1 da Portuguesa, em casa, após terminar a primeira etapa vencendo por 1 a 0. Flerta descaradamente com o grupo da degola da série C, deve ficar sem técnico (Artur Neto balança e dá toda a pinta de que vai cair) e a torcida já perdeu a paciência, como a briga com a polícia ao fim do jogo mostra com clareza. Não pude ver o jogo, mas os relatos são de um jogo no qual o Goiás foi um time na primeira etapa - ousado, corajoso e dominante - e outro totalmente diferente na segunda - perturbado, confuso ao ponto de sucumbir estrondosamente diante do adversário. Aliás, mesmo sendo cedo, já dá para ver na Lusa um candidato forte ao ascenso - time organizado, de bom toque de bola, dotado de frieza elogiável e, pelo menos no jogo de sábado, com a forte presença de Edno. Vi ele jogar pela Portuguesa enquanto estive em SP e era um outro jogador, em relação ao Corinthians: interessado, impetuoso e capaz de fazer muitos gols. Hoje, foi esse Edno que entrou em campo. Aparentemente, o Canindé tem forte efeito sobre o jogador - bom para a Lusa, e para os gaúchos que torcem contra goianos, conhecidas "toucas" para nosso futebol.
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FLAMENGO 4 x 1 ATLÉTICO-MG
Dizem que Ronaldinho jogou muito contra o Atlético-MG. Não vi nada do jogo, apenas sei que a dilatada vitória rubro-negra foi construída no segundo tempo. De qualquer modo, resta aos torcedores flamenguistas (que, aliás, botaram pressão durante toda a semana para tirar Ronaldinho das baladas) esperar que a atuação do atleta não seja filha única nesse semestre.
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Foto: Divulgação-Atlético-PR / Globoesporte

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