A vitória, nada importa mais que ela

Em jogo fraco, Grêmio consegue primeira vitória no Brasileiro
ATLÉTICO/PR 0 x 1 GRÊMIO
Júnior Viçosa pode ser um bom atacante, mas desde que tenha um companheiro de bom nível a seu lado. Com Leandro, viveu bons momentos. Mas na Arena da Baixada, com o fraquíssimo Lins, afundou junto, foi nulo, não ofereceu perigo. E assim, sem ataque, o Grêmio só poderia marcar gols no Atlético/PR por conta da bola parada ou do acaso. A segunda opção acabou sendo a que ocorreu.

O grande mérito do Grêmio no jogo de hoje não foi o gol marcado por sorte, mas finalmente ter sabido sustentar um resultado positivo. Na maioria de seus fracassos recentes, o tricolor saiu à frente e cedeu a virada. Hoje não: achou um gol e conseguiu manter a vantagem. Penou uma barbaridade, teve que jogar como time pequeno. E não há problema algum nisso: o Grêmio de hoje, sem mais de meio time titular, estava bastante diminuído mesmo.

O gol contra de Rafael Santos, aquele mesmo fraco zagueiro que jogou com Ediglê em Nacional 3 x 1 Inter (2007), caiu do céu para o time de Renato. O Grêmio pôde se dedicar a segurar o resultado, para o que estava preparado, sem precisar partir para o ataque, sua principal fragilidade de hoje. O Atlético/PR entrou pressionado. Lento, tropeçava nas próprias pernas. O primeiro tempo foi perfeito para os gaúchos, que obtinham sucesso em se fechar sem serem acossados pelo time da casa, incapaz de furar o bloqueio. No segundo tempo a história foi outra: com Madson e Branquinho (por que são reservas?) em campo, o Furacão pressionou demais e só não saiu com resultado melhor porque Victor estava em tarde de Victor. Foram ao menos três grandes defesas.

Mesmo sendo encurralado e jogando pouco futebol, o Grêmio conseguiu o principal: uma vitória fora de casa no momento mais difícil da equipe desde que Renato chegou a Porto Alegre. O resultado positivo caiu no colo, mas foi mantido com alguns méritos (além de Victor, Saimon e Fábio Rochemback foram destaques). O principal, num momento como este, não é uma atuação boa, mas sim o resultado. O próprio Portaluppi tem repetido: a ideia é manter-se entre os 10 primeiros até que cheguem os reforços, pois aí o nível será outro. Uma vitória fora de casa, com a volta da chiripa e pitadas de heroísmo, só pode ser muito comemorada.

Foto: Robertson Luz/Agência Estado.

Comentários

Igor Natusch disse…
Victor voltando a ser Victor. A defesa no cabeceio de Nieto, à queima-roupa, é simplesmente espetacular.

Grêmio jogou feio, retrancou, apanhou defensivamente, foi ridículo no ataque... Mas ganhou, e era justamente essa a urgência do momento. Não dá para enxergar nada muito promissor na vitória (não mesmo), mas esses 3 pontos serão úteis, com certeza.
Rodrigo Aguiar disse…
O time jogou sem 6 titulares. Fora de casa. Paranaense, a gente sabe, luta até ao fim para ganhar de time gaúcho. Historicamente, é uma dureza jogar contra o Atlético na Baixada. Isso não esconde nenhum problema (o maior deles, já citei lá em cima). Mas a vitória foi fundamental.
E, enfim, que falta fará Victor quando estiver na Seleção... A defesa ao cabeceio à queima-roupa foi daquelas que valem mais que um gol.
Grande abraço!
Chico disse…
Mesmo com dois jogadores a menos (Viçosa e Lins), o Imortal conseguiu uma vitória espetacular.

Victor salvador.