Cuidado com as palavras
Gilberto Silva, Miralles, Marquinhos. Todos são ou podem vier a ser bons reforços. A direção do Grêmio tem agido bem, ainda que de modo tardio, para reforçar a equipe para o restante desta temporada. A busca por jogadores experientes é extremamente saudável, e realmente tem faltado um pouco mais de cancha ao time atual.
No entanto, fala-se tanto em jogadores "cascudos" que a impressão que passa é que os jogadores jovens são um problema, ou a causa do mau momento gremista dentro de campo. Na verdade, o Grêmio está sendo obrigado a apelar para estes guris por absoluta falta de opções válidas em seu plantel. Pode-se culpar, portanto, a direção, a preparação física, mas é preciso ter mais cuidado com jogadores que são promissores (casos de Mário Fernandes, Leandro, Pessalli, até mesmo Neuton).
As recentes entrevistas de Renato dão a entender que a culpa pelas derrotas é da extrema juventude da equipe. Há boa dose de razão, mas há de se ter cautela para não queimar ninguém. É preciso protegê-los, encaixá-los no time num momento melhor, com gente mais experiente. Aí sim, haverá boa política de utilização da prata da casa. Colocá-los na hora decisiva do semestre não foi uma escolha do Grêmio, foi necessidade. Neste sentido, todos no Olímpico estão certos em reforçar o time com gente de bagagem no futebol, mas repetir a cada entrevista que o problema é a falta de experiência dá margem para interpretações que podem ser maléficas para a gurizada.
Até porque, apesar da falta de cancha ter prejudicado o Grêmio nos momentos decisivos do primeiro semestre, não foram Leandro, Mário Fernandes, Júnior Viçosa e companhia que tiveram atuações comprometedoras. Muita gente bem mais cascuda - alguns porque talvez a casca seja de ferida - teve desempenho altamente constrangedor. Muitos destes ou já saíram ou estão por sair de Porto Alegre, medida acertada. Mas um pouco mais de cuidado com as palavras não faria mal nenhum.
No entanto, fala-se tanto em jogadores "cascudos" que a impressão que passa é que os jogadores jovens são um problema, ou a causa do mau momento gremista dentro de campo. Na verdade, o Grêmio está sendo obrigado a apelar para estes guris por absoluta falta de opções válidas em seu plantel. Pode-se culpar, portanto, a direção, a preparação física, mas é preciso ter mais cuidado com jogadores que são promissores (casos de Mário Fernandes, Leandro, Pessalli, até mesmo Neuton).
As recentes entrevistas de Renato dão a entender que a culpa pelas derrotas é da extrema juventude da equipe. Há boa dose de razão, mas há de se ter cautela para não queimar ninguém. É preciso protegê-los, encaixá-los no time num momento melhor, com gente mais experiente. Aí sim, haverá boa política de utilização da prata da casa. Colocá-los na hora decisiva do semestre não foi uma escolha do Grêmio, foi necessidade. Neste sentido, todos no Olímpico estão certos em reforçar o time com gente de bagagem no futebol, mas repetir a cada entrevista que o problema é a falta de experiência dá margem para interpretações que podem ser maléficas para a gurizada.
Até porque, apesar da falta de cancha ter prejudicado o Grêmio nos momentos decisivos do primeiro semestre, não foram Leandro, Mário Fernandes, Júnior Viçosa e companhia que tiveram atuações comprometedoras. Muita gente bem mais cascuda - alguns porque talvez a casca seja de ferida - teve desempenho altamente constrangedor. Muitos destes ou já saíram ou estão por sair de Porto Alegre, medida acertada. Mas um pouco mais de cuidado com as palavras não faria mal nenhum.
Comentários
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Quanto a jogadores cascudos, lembro que em 2008 o Grêmio enfrentou e venceu, de virada, o Botafogo, usando 7 pratas-da-casa como titulares: Leo, Thiego, Felipe Matiioni, Rafael Carioca, William Magrão, Helder e Douglas Costa.
Foi um jogo nervosos, mas os guris souberam dar conta do recado. Quatro dias depois, o Grêmio venceu o Santos por 2x0, outra vez utilizando-se de um meio-campo exclusivamente formado por guris. No entanto, foi uma "vitória perigosa", como bem definiu o Roth à épooca, foi após fazer 1x0 com Morales no começo do jogo, o Tricolor passou o jogo inteiro a perigo, até fazer 2x0 com Soares, nos descontos.
Essa perigo se deu muito em razão do ímpeto da gurizada, que queria partir pra cima do Santos, mas pouca cadenciava a bola. Se o time é formado por jovens pode vencer, desde que haja qualidade técnica. A casca vem com o tempo e a convivência com outros atletas mais vividos.
Esse Grêmio tem tido dificuldade em segurar o resultado não por ser composto por muitos jovens, mas por falta de liderança, matreirice e orientação tática