Pelo deja-vu

A estreia do Internacional na vitoriosa campanha de 2010 começou pelo Emelec. Vitória difícil, de virada, no finzinho, no Beira-Rio. Naquela oportunidade, tratava-se do mais fraco adversário do grupo. Desta vez, porém, a história tende a ser outra. O jogo é em Guayaquil, e o Emelec tem reais chances de se classificar numa chave fraquíssima, que tem o boliviano rebaixado Jorge Wilstermann como figurante e o Jaguares, do México, este sim um rival dos equatorianos.

O argentino Omar Assad, técnico do Emelec, adverte que o Colorado é um grande time, mas lembra que não brilha como em 2010. Na verdade, o Inter do ano passado não brilhou na primeira fase, nem nas oitavas, nem nas quartas. Sobressaiu-se, mesmo, nas fases mais agudas, contra São Paulo e Chivas. E o Inter de 2011 mal jogou ainda. Mantém um elenco fortíssimo, fez reposições importantes com Bolatti, Zé Roberto e Cavenaghi, mas todas que precisam de ajustes e adaptações. Isto pode levar tempo, e as atuações iniciais podem continuar sendo as até aqui medianas ou pobres do Gauchão. Nada que deva pôr em risco a classificação, devido à fraqueza dos rivais de chave.

Curiosamente, Bolatti e Cavenaghi não devem começar o jogo. O volante, lesionado, pode ficar fora até do banco. O atacante, porém, poderia compor um interessante ataque com Leandro Damião, afirmação deste início de ano. Mas Celso Roth prefere manter-se no 4-5-1 que só deu certo em agosto do ano passado, com Tinga, D'Alessandro e Zé Roberto articulando - este último fazendo as vezes de segundo atacante em determinados momentos.

O jogo aéreo do Emelec preocupa. Sem Bolatti, o Inter fica um time baixinho. De estatura, mesmo, além de Lauro, só Índio, Sorondo, Wilson Matias e Damião. Há razões para perder o sono.

Clássico em Sete Lagoas
Cruzeiro e Estudiantes decidiram a Libertadores de 2009 após se enfrentarem na fase de grupos. Como naquele ano, é o jogo de estreia, e em Minas Gerais. Coincidências tão fortes quanto as de Emelec x Inter. Jogaço, imperdível, pena que no mesmo horário da partida de Guayaquil. O Carta na Manga se desdobrará para dar conta de ambos.

Ah, o Estudiantes, hoje, é melhor que o Cruzeiro. Mas, como o jogo é em Minas, não pode ser considerado favorito.

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