Até 2011!

Geralmente eu escrevo este texto após o dia 25, mas isso quando há assuntos relevantes a se tratar. Como viajarei na manhã deste sábado para uma merecida semana de repouso no litoral, e o que temos visto no noticiário é um festival de chatices (as tradicionais especulações se juntam a comemorações por homologação de títulos antigos), vejo que é hora de encerrar os trabalhos por 2010.

Foi um ano diferente para o Carta. Trabalhar em uma cobertura extensa da Copa do Mundo foi algo sensacional, um sonho de infância. Superou as expectativas iniciais, sem qualquer dúvida. Foi extremamente gratificante deixar o pessoal no clima da Copa já por março ou abril, trazendo, com Igor, Fred e Prestes, as retrospectivas de jogos históricos, craques dos Mundiais, a saga brasileira de 1930 a 2006 e histórias de seleções que perderam, mas fizeram história. A análise do Mundial em si, então, nem se fala. Ficamos extremamente orgulhosos do resultado.

Até por isso mantive uma linha com menos posts diários no começo do ano. Seria impossível manter este ritmo fortíssimo de atualização no pré-Copa com as competições de clubes. No segundo semestre, não aguentei a coceira nos dedos: era hora de voltar à linha editorial frenética. O Carta na Manga, lá em agosto de 2006, não pretendia ser uma coluna, um veículo estritamente opinativo a respeito de futebol, mas um espaço onde eu pudesse falar sobre tudo aquilo que eu via do futebol, sempre trazendo minhas impressões, algo bem pessoal. Não me arrependo de ter feito uma mudança de rumos entre novembro do ano passado e outubro deste ano, mas me sinto bem melhor no modo atual, o da velha escola. Acho que isto sempre foi um diferencial do trabalho feito aqui, e não valia mais à pena deixar de lado.

Foi a linha antiga e apaixonada que retomei no segundo semestre, com a volta das gloriosas fichas técnicas. Prefiro ser obsessivo que apenas opinativo. Descobri que preciso viver este blog intensamente, e foi o que fiz quando o movimento ameaçava diminuir. Não à toa, os últimos meses do ano foram ótimos, superando um pós-Copa de natural ressaca – tanto para mim como para quem lê sobre futebol. As colaborações periódicas de Igor, Samir e Fred complementam muito bem este espírito e nos enchem de orgulho.

Foram 50 mil acessos, o mesmo que em 2009, o que é até um bom sinal, levando em conta que o movimento em blogs caiu a partir da explosão do Twitter. Além disso, mais 42 gravações do Carta na Mesa, como no ano passado. Em 2011, ano de Libertadores para Grêmio e Inter, seguiremos com tudo isso: linha editorial frenética, Carta na Mesa, fichas técnicas e tudo mais. Espero rever os amigos a partir do dia 3, nesta mesma hora e neste mesmo canal.

Um grande abraço a todos, feliz Natal e um ano novo repleto de felicidades.