Não Caio

Caio fez três gols e livrou o Avaí do rebaixamento

O meia Caio entrou para a história do Avaí (14º, 43). Com uma atuação impressionante, marcando três golaços, foi o grande nome de uma virada impressionante do time catarinense para cima do Santos (7º, 55), que começou vencendo por 2 a 0. Primeiro, driblou meio time santista e parou dentro do gol; depois, chutou no cantinho, com precisão cirúrgica; no final do jogo, um balaço no ângulo. Fora outras grandes jogadas.

Por esta virada histórica, o Avaí mostrou que merece permanecer na Primeira Divisão. E fará o clássico de Florianópolis contra o Figueirense, o que não ocorria há muito tempo no Campeonato Brasileiro. Quando precisou, o Leão mostrou a força da Ressacada: em dois jogos seguidos, 18 mil pessoas abarrotaram o estádio no sul da Ilha de Santa Catarina. Justíssimo.

Barueri: torcer contra o seu time, na boa, com bom humor, é até folclórico. Mas secar a ponto de xingar o goleiro a cada defesa é lamentável. O Fluminense (1º, 68) fez 2 a 1 e deve ser um justo campeão brasileiro no domingo que vem, em mais um excelente trabalho do monstro Muricy Ramalho, que comandou um time desfalcadíssimo por várias rodadas e sempre se manteve na briga, na maioria das vezes na liderança. E, embora seja triste a situação, nem mesmo a truculência de uns pobres de espírito manchará este provável grande título. 11 mil em Barueri, a nova casa tricolor, embora ontem oficialmente do Palmeiras (10º, 50).

São Paulo: os 33 mil pagantes que encheram o Pacaembu chegaram a ficar eufóricos com aquela derrota parcial do Flu, mas saíram resignados. O Corinthians (2º, 67) sufocou o Vasco (12º, 46) o jogo todo e mereceu o resultado de 2 a 0. Grande atuação de Danilo, boas participações de Roberto Carlos, que, aos 37 anos, foi um dos poucos bons laterais-esquerdos do Campeonato Brasileiro.

Volta Redonda: grande vitória do Cruzeiro (3º, 66), que virou para cima do Flamengo (15º, 43) e se mantém vivo, embora dificilmente possa ser o campeão. Montillo gastou a bola mais uma vez. 15 mil torcedores viram o atual campeão brasileiro ser salvo do rebaixamento não por suas forças, mas pela ruindade dos rivais.

Fortaleza: mais um show da torcida do Ceará (11º, 47), que pôs 45 mil pessoas no Castelão. O empate em 1 a 1 com o Atlético/PR (6º, 57) devolve o Vozão a uma competição continental desde a Conmebol de 1995. E elimina o Furacão de suas chances de Libertadores.

Rio de Janeiro: pensei o que faria apenas 6 mil pessoas saírem de casa para apoiar o Botafogo (5º, 59) em sua luta pela Libertadores, até que alguns amigos me salvaram, lembrando dos graves problemas por que passa o Rio de Janeiro, que absurdamente não levei em conta. O 3 a 1 sobre o Prudente (20º, 28) mantém o Fogão vivo. Golaço de Edno no segundo: uma bomba no ângulo.

Porto Alegre: o martírio acabou. Ao contrário de 2006, quando quis disputar o título, o Internacional (8º, 55) fecha o Brasileiro de 2010 comemorando o fim da disputa e o medo de lesionar seu time, típica postura de seu covarde treinador. O 1 a 1 com o Vitória (17º, 41) encaminha Rafael Sobis como único titular do ataque para o Mundial, outra alteração característica de Roth: nunca treinada ou jogada, e às vésperas da competição mais importante da história do clube. 22 mil torcedores se despediram do time e viram o Rubro Negro permanecer vivo, precisando ganhar do Dragão para se livrar da queda e brindar o Brasil com um Ba-Vi em 2011.

Goiânia: 28 mil pessoas foram ao Serra Dourada assistir a um empate que complica o Atlético/GO (16º, 41): só empatando em Salvador, no caldeirão do Barradão, o Dragão permanece na elite. Para o São Paulo (9º, 52), foi um bom treino para a Copa do Brasil.

Sete Lagoas: um trabalho excepcional de Dorival Júnior: com uma rodada de antecedência, o então rebaixadíssimo Atlético/MG (13º, 45) não só confirma que escapou da queda como praticamente assegurou vaga na Copa Sul-Americana: 3 a 1 sobre os reservas do Goiás (19º, 32), cujos titulares já são fraquíssimos. 17 mil na Arena do Jacaré.

Foto: Heuller Andrey/Agif/Gazeta Press.

Comentários

Lourenço disse…
Gostei do título.

3 golaços. Pouco herói esse Caio.