Uma quarta frustrante
Gabriel e Diogo, personagens de um bom jogo no Olímpico |
Foi frustrante pelo jogo em si, não tanto pela tabela do campeonato. O Grêmio dificilmente alcançará algo de relevante, pagando o preço da péssima volta pós-Copa do Mundo, e tampouco cairá para a Série B, pois já acumulou gordura quase suficiente para isso. Entretanto, aquela sequência de vitórias, tão pedida por Duda Kroeff, não consegue vir, agora por motivo diferente do que semanas atrás: o time vence fora de casa, mas não consegue ganhar no Olímpico.
Hoje, quase deu. O Grêmio fez 1 a 0 cedo, com Douglas, o que, incrivelmente, desmotivou o time. Foi um primeiro tempo extremamente preguiçoso, o que deixava Renato visivelmente irritado. O Flamengo não impôs um ritmo forte, como reclamou Adilson ao intervalo: veio para cima quase que obrigado pela postura retraída precocemente do Tricolor. Chegou ao empate e terminou o primeiro tempo melhor.
No segundo tempo, o Grêmio foi um pouco superior. Fez um gol cedo, novamente obra de Douglas, que bateu bem escanteio na cabeça de André Lima, e deste para o oportunista Jonas, melhor homem em campo mais uma vez. A equipe ficou com o jogo à feição: o Flamengo ameaçava e levava perigo (Victor lembrou Banks em cabeçada de David), mas as melhores chances do segundo tempo foram do Grêmio. O time pecou por não matar o jogo, e por fazer a linha burra no gol quase acidental de Petkovic. Dois erros salientados, e bem, por Renato.
Foi um resultado frustrante por ser empate, em casa, e com o time deixando os três pontos escaparem a cinco minutos do fim, depois de tantas chances perdidas. O Grêmio mostrou algumas de sua velhas deficiências: erros de passe na saída de bola e vulnerabilidade pelo lado esquerdo de defesa, onde Fábio Santos, primeiro, e Lúcio, depois, foram completamente envolvidos por Léo Moura, melhor nome rubro-negro. Adilson, mais uma vez, foi muito seguro.
A vitória deixaria o time um pouco mais perto da parte de cima da tabela, mas é sempre bom lembrar que o Grêmio esteve em situação muito difícil neste campeonato, e ainda é precipitado exigir demais de um time que ainda busca afirmação, apesar dos recentes bons resultados. Hoje, assim como na derrota contra o Palmeiras, o Tricolor não jogou mal, mas não fez o resultado em casa.
Ficou difícil
O Inter também teve uma noite frustrante, só que, pelo que ouvi, com mau futebol. Esteve em 2005 nesta mesma situação, vários pontos atrás do Corinthians. Entretanto, àquela altura, o Colorado era só Brasileirão, ao contrário de agora. Além disso, não é apenas o Timão, mas também o Cruzeiro que precisa ser superado. Isso sem falar em Fluminense e Botafogo, um pouco mais alcançáveis. A derrota em Curitiba praticamente sepulta o sonho do título. A última chance é domingo, contra o próprio Corinthians. Depois disso, dependendo do resultado, talvez seja conveniente o Beira-Rio fazer como o Olímpico: esquecer grandes ambições no discurso e pensar jogo a jogo.
Argentinas Gerais
Montillo e Farías deram uma grande vitória ao Cruzeiro sobre o Ceará. Grande porque sofrida, difícil, contra um time de muito boa defesa, mas que não ficou só lá atrás. O Cruzeiro mostrou muita força. Segue três pontos atrás do Corinthians, com um jogo a mais, mas parece ser o concorrente mais perigoso para o penta do Timão.
Clássicos
Uma grande virada do Corinthians sobre o Santos, resultado que também compromete as pretensões santistas de buscar o troféu. No Rio, um inexplicável pênalti cometido pelo Vasco deu ao Botafogo um 2 a 2 com sabor de vitória, como o do Flamengo em Porto Alegre.
Foto: Jefferson Bernardes.
Comentários
Mas no segundo tempo a atuação foi ruim. Teve alguns bons momentos, mas foi mal. Roth mexeu muito mal e piorou o time, ainda por cima.