A vitória começa por um gol

O Grêmio quer a vitória. Um objetivo legítimo, de quem ainda precisa se recuperar na tabela, está atrás dos concorrentes e tem pontuação abaixo do que deve. Mas não será nada fácil. O Ceará, desde a volta da Copa, não ganhou uma partida sequer. Porém, no Castelão, também não perdeu. Empatou as três em 0 a 0. Incrivelmente, em sete partidas jogadas em casa, não levou gols ainda. A primeira façanha Tricolor terá de ser justamente furar este bloqueio.

É um jogo bom para contra-atacar. O problema é que o Grêmio tem apenas Souza como um jogador veloz para puxar contra-golpes. O Ceará sempre se deu bem esperando os adversários, mesmo jogando em Fortaleza. Tendo de propor o jogo, pode oferecer espaços. A ausência dos velozes Oziel e Misael é um ponto a favor do Grêmio. São jogadores fundamentais para o modo com joga o Vovô.

Renato insiste que a produção escala o time. É justo, ninguém deve jogar no nome. Foi um problema da Era Silas a titularidade por fama. Só isso explicou jogos com Hugo e Fábio Rochemback em detrimento de Maylson, por exemplo. Mas um time como o Grêmio, que busca ajuste e afirmação, não pode prescindir da qualidade e do oportunismo de um jogador como Borges. É hora de inseri-lo no time, pensando no futuro.

Segunda-feira chegarão Gabriel e Gílson, possíveis titulares para as laterais. O primeiro é conhecido, sabidamente qualificado; o segundo, uma promessa, vem fazendo grande temporada e despertou o interesse de outros clubes grandes. O elenco começa a ganhar opções. Mesmo que o momento ainda seja de cautela, esquemas emergenciais, como o 3-6-1 do domingo passado, não se justificam por muito tempo.

Prioridade, mas com reservas
Não deixa de ser curioso que o Inter, 24 horas depois de anunciar foco total na busca do título brasileiro, voltar à competição utilizando apenas um titular contra o Atlético-GO. O time que vai a campo é completamente descaracterizado. Corre risco de perder pontos para o lanterna do campeonato – que, no papel, não é tão ruim quanto a pontuação indica. Tem alguns jogadores rodadas e experientes.

Mas, claro, é normal poupar quem se desgastou. Mais normal – e correto – é a possível negociação de jogadores que ainda têm mercado, mas pouco jogam e muito ganham no Beira-Rio. Casos de Edu, Bruno Silva e Sorondo, todos escalados para domingo e com possível saída de Porto Alegre marcada.

Ainda quinta
Só para não deixar passar a sensacional classificação do Palmeiras na Copa Sul-Americana. Felipão mostrou que ainda sabe mexer com o clima de um estádio. Pediu à diretoria ingressos mais baratos e avisou à torcida, pedindo em troca apoio total e irrestrito para virar os 2 a 0 contrários de Salvador. Tática manjada, mas que funcionou bem demais. Os palmeirenses gritavam como não se via desde a Série B de 2003. E o time, no jogo 500 de Marcos, fez 3 a 0. No finzinho. De bola parada.

Mais Felipão, impossível. 

Comentários

Lique disse…
"de bola parada", apenas? um golaço milimétrico do careca cabeção. a coruja tá até agora tentando descobrir daonde veio aquela pelota.
Vicente Fonseca disse…
Hehe, verdade. Foi só pra ressaltar a copeirice do gringo.

Lembro que esse Marcos Assunção deixou o Brasil há uns 10 anos, ainda jovem, e sempre me recordava dele como um excepcional batedor de faltas. Segue sendo.
vine disse…
No Pro Evolution a pontaria nas faltas dele, de 1 a 99, é de 98...
Vicente Fonseca disse…
hsdhdsadhsa

Grande definição, Vine.

No Championship Manager, teria "Bolas Paradas" 20 de 20.