Escrita mantida

No Beira-Rio, não vi como surpresa o empate entre Internacional e Atlético-GO. O Colorado entrou extremamente desfalcado, de ressaca. Era bem possível que perdesse pontos, como acabou perdendo. Aliás, é importante lembrar que, nas quatro vezes em que um clube gaúcho foi campeão da Libertadores, em todas jogou a partida seguinte à conquista em casa. E em nenhuma delas venceu.

Em 1983, o Grêmio jogou um Gre-Nal (!), utilizando time descaracterizado, dois dias após a vitória sobre o Peñarol. Perdeu por 1 a 0, no Olímpico. Em 1995, empate em 1 a 1 com o Paysandu. Em 2006, o Inter ficou no 1 a 1 com o Palmeiras. E agora, novamente, 1 a 1, só que com o Atlético-GO, cada vez mais afundado na lama do rebaixamento.

O Inter não tem muito o que fazer no campeonato. É quase impossível pensar que vai se mobilizar a ponto de tirar 12 pontos do Fluminense e 10 do Corinthians. O negócio é jogar bem, ganhar sempre que puder e ir ajeitando o time para o Mundial. Já será de extrema valia, desde que saiba fazê-lo.

Clássicos
O pouco que vi de fato deste domingo foi o excelente clássico carioca entre Vasco e Fluminense. Grande jogo, placar bem movimentado, Maracanã lotado. E dois bons times. Sim, o Vasco, apesar de tudo, vem muito bem desde que a Copa acabou. Tem alguns jogadores acima da média, mesmo que extremamente irregulares. Hoje justificou a boa campanha.

No Pacaembu, mais uma vitória do Corinthians sobre o São Paulo, 3 a 0. Já são 10 jogos sem perder para o Tricolor, após ficar 13 sem vencê-lo. Encostou no Fluminense e deixou o time de Sérgio Baresi num impensável 15º lugar na tabela. Baresi que, aliás, não ficará por muito tempo como interino. Ou não deveria, ao menos.

Grêmio
Resultados de domingo põem o time da Azenha novamente entre os quatro últimos. Os próximos dois jogos são contra Santos (em casa) e Atlético-PR (fora), nada fáceis. Encerra o turno contra Guarani (em casa) e Botafogo (fora). Já que a conta atual é contra o descenso, seria bom fazer mais 29 pontos em 23 jogos (42,0% de aproveitamento). Encerrando o turno com 20 pontos (ganhar uma e empatar duas destas próximas quartas) obrigaria o time a fazer 24 no returno.

Matemática macabra, impensável, mas já necessária.

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