Algumas melhoras

Grêmio, de Borges, foi superior na Arena (Hederson Alves)

O Grêmio até podia mais do que o empate, pelo que apresentou dentro do jogo. Mas o importante, mesmo, era não perder. Por isso, e pela atuação, o 1 a 1 contra o Atlético-PR deve ser saudado. Embora represente mais um jogo sem vitória fora de casa e, além disso, seja a 17ª partida do Tricolor no Brasileiro, e o time segue com ínfimas três vitórias na competição.

Mesmo com um meio muito aberto, o Grêmio foi melhor na maior parte do primeiro tempo. Gílson não acertou quase nada, mas Fábio Rochemback desdobrava-se, com muito vigor e imposição física. Apesar do gol de Maikon Leite ser falha direta dele (e de Rafael Marques, que estranhamente desistiu da jogada), foi um dos destaques do jogo.

Até sofrer o gol, era o time de Renato Portaluppi quem tinha as melhores chances, sempre em bolas de Souza para Jonas. Discordo dos que viram Souza ter péssima atuação. Foi um dos melhores do time até sair o gol do Atlético-PR. Depois, sim, caiu muito e foi bem substituído por Leandro. E aí brilhou a estrela de Renato. Nada justifica que Maylson ficasse de fora do banco por causa de Leandro, mas foi ele entrar no jogo que saiu o gol de Vilson, um belo cruzamento da direita. O crescimento de Gabriel no segundo tempo se deve em função disso também.

Se Jonas foi o principal nome ofensivo do primeiro tempo, Borges foi no segundo. Nos 45 finais, o Grêmio ganhou em consistência com a entrada de Adilson. Dominou o jogo e pouco foi acossado. Entretanto, se Renato diz estar perto de alcançar sua equipe ideal, há problemas. Vilson, apesar do gol, foi muito estabanado. Escorregou várias vezes e fez outro pênalti, que desta vez (ao contrário de quarta-feira e de 26/11/2005), Beltrami não marcou. Douglas, mais uma vez, jogou contra si mesmo ao tentar enfeitar sem sentido jogadas que, com um simples toque, teriam muito mais resultado. Foi o pior gremista em cancha.

O Grêmio melhorou, tanto em desempenho como em resultado. Entretanto, é cedo para determinar que o time viverá novo momento no campeonato. Vencer o Guarani, com uma justificável promoção de ingressos, pode ser esta confirmação de que as coisas, enfim, vão voltar aos eixos.

Série C
O empate no Ca-Ju foi emocionante e tenso, mas péssimo para ambos. Especialmente para o Juventude, que vencia por 2 a 0 até 33 minutos do segundo tempo e se via na esperança de deixar o terror de cair mais uma vez. O 2 a 2 foi trágico. Há dois jogos pela frente, e só duas vitórias livram o time do maior fiasco de sua história. Em 22 partidas no ano, o Papo só ganhou duas, pelo Gauchão.

Brasil e Chapecoense ficaram no 0 a 0. Todo o resto está embolado. Para o Caxias, dadas as circunstâncias, o empate não ficou tão ruim. Perdeu a chance de chegar à liderança com um jogo a menos e afundar o rival, mas segue na briga.

Comentários

vine disse…
Alguém salve o Juventude!

E os gremistas reclamam da sua situação...