O primeiro candidato ao título
CORINTHIANS 4 x 2 SANTOS
O Corinthians explicou ao país hoje porque é o melhor time deste começo de Campeonato Brasileiro. Impôs-se ao temível Santos com grande autoridade e mereceu a vitória, que por pouco não foi de goleada.
Não foi a primeira vez que Mano Menezes se viu obrigado a fazer uma escalação emergencial para um clássico – e também não é inédito seu sucesso nesse tipo de situação. Antes do jogo, o técnico corintiano falou o que muito tem se repetido: atacar é o caminho para bater o time de Dorival Júnior. Jorge Henrique, voltando a seus melhores tempos, fez o gol cedo, logo a um minuto de jogo. Seu time cumpriu à risca o planejado nos primeiros 10 minutos, mas o Santos foi, aos poucos, se impondo. Adiantou a linha de zagueiros, ocupou o campo do Corinthians e, não fosse Felipe, poderia ter empatado o jogo. Para o time da casa, a vantagem garantida para o intervalo era lucro.
Foi só depois do empate santista, com André, no início do segundo tempo, que o Corinthians apresentou seu melhor futebol. O gol de Bruno César, uma revelação que se afirma a cada dia no Parque São Jorge, foi dois minutos depois do 1 a 1, o que favoreceu muito o aspecto anímico dos comandados de Mano. O Corinthians se adonou do jogo completamente. Ralf seguiu anulando Ganso, como fez durante os 90 minutos; Danilo, ao contrário do que dizem, foi extremamente veloz na condução e organização das jogadas de ataque; Bruno César era um perigo constante; e Roberto Carlos foi sempre um toque de classe na frente e segurança atrás. Vem bem o ex-camisa 6 da seleção. Seu cruzamento para o quarto gol, de Paulinho, não se vê há muito tempo em gramados brasileiros. E ainda há quem diga que ele não sabe cruzar, que chega na linha de fundo e só dá bico para a área.
Eis o que aguarda o Internacional na quinta que vem. Com 13 pontos, o Corinthians destaca-se do equilíbrio forte que marca estas cinco primeiras rodadas do Brasileirão. Do lado do Santos, o sucesso parece subir à cabeça dos mais jovens. Depois das constantes insubordinações de Ganso, Neymar mostrou-se muito irritado ao ser substituído. Edu Dracena reclamou que tudo tem estourado na defesa. Dancinhas à parte, o ambiente na Vila Belmiro já foi mais pacífico e alegre.
INTERNACIONAL 4 x 1 ATLÉTICO-PR
O Inter precisava de uma vitória como esta: firme, categórica. A larga margem era até dispensável, o importante eram os três pontos. O primeiro tempo já foi de domínio, um ensaio para os gols da segunda etapa. O Atlético-PR, com este time, terá dificuldades de escapar da Série B. Ao lado de Goiás, Prudente e Atlético-GO, desponta como um dos favoritos para compor a inglória lista de quem troca de divisão no fim do ano.
BOTAFOGO 1 x 1 VASCO
Boa partida, sobretudo no primeiro tempo. Se não um primor de técnica, ao menos bem movimentada. Nenhum dos dois times promete um grande Brasileirão, mas o Botafogo de Joel é correto e sabedor de suas limitações, enquanto o Vasco de Roth começa a ganhar, aos poucos, a cara de seu treinador. O gol vascaíno, aliás, foi lindíssimo: grande jogada e finalização de Ernani, jogador que cavou o pênalti no jogo contra o Inter e mostrou, naquela partida, sérias limitações técnicas.
Ceará
PC Gusmão nunca deu certo em clube grande algum, mas segue a tradição de bons trabalhos com equipes médias. Seu Ceará não só é vice-líder como tem a melhor defesa do campeonato, com apenas 1 gol sofrido. E vem fazendo como manda a tradição: ganha de 1 a 0 em casa, empata fora. A vítima de hoje foi o poderoso Cruzeiro e Adilson Batista.
Foto: Paulinho marca o quarto gol do Corinthians sobre o Santos (Rafael Falavigna/Terra).
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2003 - Cruzeiro (Cruzeiro)
2004 - São Paulo (Santos)
2005 - Santos (Corinthians)
2006 - Santos (São Paulo)
2007 - Vasco (São Paulo)
2008 - Flamengo (São Paulo)
2009 - Internacional (Flamengo)
2010 - Corinthians (???)