Drama de Libertadores

Foi mais difícil do que muitos pensavam, mas bem dentro do que eu imaginava a estreia colorada na Libertadores. O Emelec mostrou ser um time bem organizado, de toque de bola bem razoável, alguns jogadores de qualidade (Quiroz e Rojas, principalmente) e por pouco não manteve a escrita do Internacional de nunca vencer em estreias na principal competição do continente. Fossati mais uma vez demonstrou que seus três zagueiros são questão de Estado: não mexe no sistema de jeito nenhum. Troca peças iguais, raramente mexe no esquema. Desta vez, entretanto, foram as substituições dele que salvaram o time do primeiro tropeço em casa: Taison pouco contribuiu efetivamente, mas ao menos fez uma correria pelo lado esquerdo. Andrezinho e Walter, sim, participaram da jogada do gol da vitória, marcado pelo inexplicavelmente odiado Alecsandro. Mesmo assim, seria errado supor que foram estes dois ingressos que melhoraram o Inter e o fizeram bater o Emelec. O jogo inteiro foi muito parecido, e em momento algum o colorado amassou o adversário ou qualquer coisa do tipo. Atacou mais, sempre teve a iniciativa, perdeu alguns gols, mas era bem marcado e, por vezes, controlado. O principal problema do esquema de Fossati é que, estando o articulador num dia infeliz ou muito bem marcado, o ataque pena. E Giuliano fez uma das piores partidas nos últimos meses. Como Kleber esteve sempre controlado, agredir o Emelec era tarefa complicada. O grande mérito (e sorte) do Inter foi ter empatado cedo. Levou o gol no início do segundo tempo, quando os equatorianos jogavam melhor, mas empatou poucos minutos depois, em belo chute de Nei, quase acidental. Justamente no momento em que o Beira-Rio se calava e ensaiava vaiar o time, veio o empate que reanimou a todos. Não melhorou a atuação, mas foi o desafogo que faltava. Foi o instante mais importante da partida, que pode ter evitado, inclusive, uma indigesta derrota. Um dos destaques do time hoje foi Danilo Silva, que melhorou seus desempenhos desde que foi puxado para a zaga. Deve ser vendido à Ucrânia nesta semana, por incríveis 4 milhões de euros. Guiñazu demonstrou a vontade habitual e Sandro foi apenas regular. Portanto, o resultado foi melhor que a atuação, esta cheia de problemas, ofensivos e até mesmo defensivos. Claro, o Emelec foi o responsável por boa parte deles, e algum mérito deve ir para a equipe equatoriana. Mas todas aquelas contestações que se pode fazer ao modelo de jogo e sistema tático que Fossati tem posto em prática no Campeonato Gaúcho puderam ser facilmente verificadas na chuvosa noite à beira do Guaíba. Stuttgart 1 x 1 Barcelona Pude ver o jogo, que teve um bom primeiro tempo. Domínio completo dos alemães sobre um irreconhecível time de Guardiola. Hleb, ex-Arsenal, foi um dos melhores, ao lado de Cacau (autor do gol) e do centroavante de nome impronunciável, Progebnyak (VER). No segundo, com o empate cedo de Ibrahimovic, o Barça foi pragmático e só segurou o jogo, tornando a partida lenta e chata. Vantagem catalã para o jogo da volta. Deportivo Itália 0 x 1 Vélez Mais uma boa vitória do time argentino, esta fora de casa. O Vélez Sarsfield já soma 6 pontos a obriga o Cruzeiro a vencer o Colo Colo hoje no Mineirão.

Foto: Nei comemora com Sandro e Bolívar o primeiro gol colorado na Libertadores (Lucas Uebel/Vipcomm/Divulgação).