Os fogos e a foto
A rodada de domingo revelava um sentimento incomum. Uma esperança compulsória. O torcedor não queria acreditar no título para não sofrer. Mas e se ganhasse? Quem é ia querer perder essa festa? Como deixar o time na mão numa hora dessa? Ou, como disse o PVC, “todo mundo diz que o Flamengo já é campeão, eu ofereço então um sítio sem acesso a energia elétrica no domingo para os torcedores dos outros candidatos”.
A foto acima registra uma cena que não chamou atenção da imprensa, mas que representa bem esse sentimento. Saía do estádio com amigos quando avistei, num dos campos suplementares, várias caixas pretas de papelão, mais de uma dezena delas. E um funcionário do clube recolhendo elas. Era uma bateria de fogos de artifício.
Pedi para o meu camarada Rodrigo Silveira tirar a foto que aí está, de celular, e que mostra só uma parte dos fogos, havia muito mais. Achei dessas cenas emblemáticas, dessas que dizem muito por si só (embora a imagem seja singela e careça de explicação).
A direção do Internacional certamente sentiu o mesmo que o torcedor. Não vamos ganhar. Mas, e se ganharmos? Não vai ter festa? E ficou nesse beco sem saída. Ninguém quer dar arma pro adversário, mostrando que acreditou. Mentira, tinha uns poucos torcedores que choravam, um até levou uma camisa do Grêmio vi na televisão. E o clube teve que preparar uma bateria de foguetes, mesmo que só para o funcionário lacônico retirá-la no fim da partida.
Foi um domingo bastante peculiar.
Comentários
Só eu acho pornográfico a VdP BUTICIES?
Campeonato maluco mesmo. Deve ser o aquecimento global.